Desenhos de Jorge Queiroz da Silva
sábado, 26 de junho de 2010
O brasileiro, o povo mais político do mundo!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Dr. Francisco Pinto Junior
Ele ocupava na mesma empresa em que eu trabalhava, um lugar de destaque; era o Gerente do Planejamento Comercial do Setor Sul do Brasil e cabia a ele projetar as vendas anuais daquela área comercial,que envolvia desde as campanhas comerciais até o estudo de lançamento de novos produtos, que naquela época já alcançava a casa de 228 tipos diferentes, entre a linha de farmácia e a linha de produtos de beleza e toucador.
Num determinado dia, convidou-me para fazer parte do seu quadro de funcionários, e simplesmente deixou em minhas mãos todos os mapas de projeção de vendas, orientando-me para que não tivesse medo,pois, como dizia, venda era sonho.
Disse-me então: -vou te ensinar a sonhar, e para você será muito simples, eu já vi que você é um otimista, jamais irá errar num sonho de vendas.
E assim, fui me especializando e levando todas a informações ao Diretor Industrial, com quem viria a trabalhar futuramente no planejamento industrial.
Lamentei profundamente, quando o amigo Francisco foi convidado para trabalho em outro grupo pois o nosso convívio foi apenas de um ano, mas fiquei feliz em saber do seu progresso profissional, pois ele já tinha rapidamente se tornado uma das pessoas de prestígio junto ao governo do Dr. Juscelino.
Somente uns anos depois, quando surgiu uma chance de termos um encontro, eu tentei reservar junto a sua secretária, um horário para conversarmos, e na realidade ele pela sua grande ocupação, marcou um determinado dia, quando estivesse em trânsito entre o Rio e Recife, mas não fui feliz. O pneu do meu carro furou na Avenida Brasil, e não tive como chegar ao encontro. Tendo ficado constrangido, não tentei marcar nova data, mas fiquei na esperança de um dia futuro sentarmos para conversar, mas pelo visto, acho que ele saiu do país.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Outro papo sobre empresários...
O que primeiro me lembro desse tipo, é que era um homem dinâmico e de raciocínio rápido, voltado inteiramente para a construção civil. Não fosse ele um eterno garanhão e bon vivant teria ficado marcado nesse mercado, como o gênio da nova dimensão do mercado imobiliário. Como administrador de empresa era um péssimo profissional,pois só se fazia presente em sua mesa de trabalho, após às l8 horas e normalmente acompanhado de uma equipe que mantinha o seu equilíbrio emocional: uma manicure permanente, um cabeleireiro, um amigo e empresário e a sua gatinha e amante, que não saía do seu pé.
A parte da noite era eternamente o horário preferido desse profissional. Normalmente, atendia aos seus diretores após uma sessão de massagem, corte e pintura das unhas de mãos e pés e uma descoloração nos cabelos para manter a sua lourice.
Gostava de saber das coisas da empresa, falando ao telefone, recebendo massagem nos cabelos e com os pés encima da sua manicure.
Mas no entanto, para fazer contas de dois mais um, sempre me chamava para ajudá-lo, e para se desculpar, me dizia que já estava muito além dessas somas, pois não sabia mais fazê-las.
Não será necessário dizer que a sua empresa passou a ser concordatária e logo após, teve a sua falência decretada.
Foi uma pena, porque uma construtora que tinha todas as bases técnicas para se fixar naquele mercado, não poderia ter sido levada a uma situação de falência pela mão infantil do seu proprietário.
P.S. Este relato é verídico, mas deixo aqui de publicar nomes, por questões óbvias.
Que sirva de alerta para os jovens empresários de hoje.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Brasil dos executivos que conheci, admirei e odiei
terça-feira, 15 de junho de 2010
As viúvas investidoras
domingo, 13 de junho de 2010
O Brasil tem jeito !
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Não vamos usar nossa preguiça
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A falsa busca e apreensão de um automóvel já transferido !
Decorriam os anos 80 e eu atravessava um momento difícil no campo profissional e empresarial, era o governo do Presidente Sarney.Meu filho mais velho, recentemente formado em engenharia mecânica me acendia um alerta de que eu deveria ajudar no congraçamento da sua empreitada profissional.Como eu já havia participado de três anteriores projetos de vida, nunca corri da raia e disse pra ele um sim, me fazendo um pai presente e que daria tudo para formalizar esse seu novo pedido, que me mostrava ter uma base das suas idéias, pela minha participação nos outros já acontecidos, desde seu tempo de estagiário na empresa FICAP.Quando investia nele, eu aprofundava o desejo de proteção aos dois outros filhos mais novos, que poderiam participar das coisas futuras relacionadas ao sucesso de qualquer outro empreendimento que eu fizesse junto a ele.E esta seria assim a introdução, para iniciar a historia decorrida que puxou o título dessa leitura.Inicialmente, como no momento eu precisava de um carro mais barato, pois era, possuidor de uma Elba Fiat, modelo 86 que havia sido retirada num consorcio, pensei que poderia vendê-lo e passar as prestações que estão faltando para o novo dono.E assim pensando, me dirigi a uma agência de automóveis perto de minha casa, e realizei formalmente a troca do carro por uma Brasília, ano 1981, e ainda tive um pequeno troco, que por certo me ajudaria no novo empreendimento do meu filho. Tomei os devidos cuidados de fazer um instrumento de transferência em cartório para minha segurança em dias futuros e assim esqueci o assunto.Iniciei o novo negócio do meu filho, uma empresa de Usinagem para fabricação de peças e apaguei da memória que tivesse feito um negócio perigoso com o tal comerciante.Decorrem novos dias e mais adiante, eu recebo em casa um instrumento da justiça que me diz e me avisa de que o tal carro que transferi estaria na lista de busca e apreensão, e que eu deveria devolver a empresa consorciada, que constava um atraso de pagamento de mais de seis meses nas mensalidades do consórcio.Decidi ficar tranqüilo, pois tinha em mãos um instrumento de cartório, no qual a agencia, a tal da troca pela Brasília , assumia as mensalidades, e assim, mesmo que transferisse o carro a um novo comprador, deveria comunicar ao novo proprietário a tal pendência. Fiz tentativas em vão procurando para onde teria se mudado, a tal agencia de automóveis, e nesse processo de busca, aumentava a minha dor de cabeça. Num determinado dia, mesmo com todos os documentos a meu favor,após ter sido ameaçado de prisão, o nosso bondoso Deus, colocou no meu caminho a solução de todos esses problemas. Eu me dirigia para Cascadura e a viagem era feita de ônibus. Sentado próximo à na janela, observava a av. Dom Helder Câmara, e lá na altura do bairro da Abolição, me surpreendo com o que eu vejo. Estacionado numa calçada em frente a uma churrascaria, estava o pivô de minhas preocupações - o danado do carro Elba! Para minha salvação, dei sinal de descida no ônibus e saltei no primeiro ponto. Aproximei-me de uma dupla de policiais militares e narrei a tal historia, a da busca e apreensão de que tinha sido ameaçado, e pela forma de atendimento atencioso dos policiais, fiz o convite para me acompanharem até a tal churrascaria.O pedido foi aceito e fomos até lá. Para minha surpresa, perguntamos na gerência quem seria o dono do carro estacionado na porta e nos foi mostrado o aniversariante do dia, que fornecia, na maior alegria o tal churrasco à família e aos amigos.Por incrível que pareça chegávamos na hora dos parabéns “pra você”.Olhei para os policiais e apontei o aniversariante. Eles olharam para mim e disseram - vamos lá, participar desta festa.Vocês já podem imaginar o que aconteceu. Fomos todos para a delegacia da Piedade, a 24ª.Pude então provar que o carro era meu, pois ainda estava em meu nome. O aniversariante chiou e não queria ir até o distrito policial, mas acabou se rendendo, ao pedido dos policiais, que verificaram que eu era inocente e estava coberto de razoes.Devidamente documentado e sendo ameaçado de busca e apreensão. Por isso digo e repito, acreditem sempre nas coisas de Deus, que diante de um problema tão grande me colocou naquela hora, naquele lugar.