
O morro da Providência, mais do que secular, teve como seus fundadores , os ex-escravos liberados pela famosa lei Áurea da brilhante princesa Isabel.
Esse morro, é por sinal, um dos maiores complexos da nossa Cidade, e assim, nunca deixará de ser citado, pois atinge a três freguesias das unidades de bairros, da Praça Mauá, Cais do Porto e Central do Brasil e do morro da Misericórdia, fazendo um giro de 360 graus!
Acho assim, que a UPP pelo seu lado político e cultural, ficará bem instalada.
Aproveito para fazer um alerta , lembrando do pouco, mas importante tempo, em que eu trabalhei ao pé daquela grande comunidade, ali na antiga Rua Barão de São Felix.
Lá, toda a minha semana ficava marcada pelo grande movimento que se acercava daquele morro, todas as quintas-feiras.
As quintas-feiras eram dia de assaltos aos bancos que circundavam o centro da Cidade.
Por isso, o elemento que naquele dia da semana tivesse que transitar pelo morro ou mesmo pelas ruas mais próximas do mesmo, poderia assistir os assaltantes recém-chegados dos assaltos realizados, sentados à beira das calçadas, contando e separando o dinheiro dos malotes.
Bondosos que eram para com o seu pessoal, gritavam para as velhinhas que por ali passavam e que já acostumadas àquela atividade, vinham de encontro aos ladrões, que bradavam em alta voz:- oh vovó! pega aqui esse taco de grana, que é presente nosso!, pagando assim, os segredos do crime.
Isso, sem falar dos pacotões de dinheiro que eram deixados na subida da rua, mais exatamente no bar da esquina, onde sempre mais tarde, duas ou três horas após os assaltos, vinham ser pegos por autoridades que clamavam por sua cota, para não se envolverem no crime.
Vamos pacificar, SIM! Mas nunca devemos deixar de saber que a pacificação, já está implantada e devidamente paga há muitos anos pelo crime diversificado!
(Jorge Queiroz - agosto/2010)
Fonte da imagem:joserenatomoura...
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