
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Crises, crises, saídas e saídas ...

domingo, 30 de janeiro de 2011
O difícil caminho de um histórico profissional

Vivia eu, a alternativa da busca do emprego ideal, aquele que colocaria à prova todos os meus conhecimentos adquiridos ao longo dos anos.Aquele que iria confirmar, se realmente eu estava preparado para assumir todos os desafios de uma grande Empresa.Com esse objetivo, participei do processo de seleção que, por sinal, considerei o mais complicado de todos os que eu já havia até então, disputado.Naquela época desconhecia o mecanismo desses processos e transitei por uma longa estrada em várias entrevistas.A primeira delas foi com um funcionário federal lotado na Sup. de Marinha Mercante, como Diretor da Divisão de Auditoria, e que por via política, assessorava um grande industrial europeu.Foi bastante desgastante. Atendi a cinco convocações, em dias diferentes e a cada uma delas, eu respondia a perguntas do meu entrevistador, que sempre afirmava que dispunha de pouco tempo e não poderia me entrevistar como desejava.Dessas cinco convocações,a primeira durou cinco minutos em uma das salas, a segunda, com outro entrevistador, aconteceu na recepção da Empresa, a terceira dentro de um elevador no trajeto entre a cobertura e o andar térreo, a quarta andando pela Av. Rio Branco e finalmente a derradeira e quinta entrevista, já dentro da sua sala, onde me anunciou que eu seria admitido após a apresentação dos exames e documentos necessários.Lembro-me bem do seu sorriso quando me deu os parabéns por ter sido escolhido entre quase vinte candidatos.Completou que por aquele motivo iam inicialmente pagar-me o mesmo salário do antigo emprego e após trinta dias de experiência, teria um reajuste de vinte por cento. Julguei, naquele dia, que o referido senhor, pensava estar admitindo o mais fraco dos candidatos, para garantir-se , sem medo de perder o lugar.Talvez pensasse ele, que eu não tivesse os conhecimentos necessários para comandar um Departamento Financeiro de um grande grupo internacional, que envolvia, importação e exportação, câmbio, dívida externa, BancosNacionais e Internacionais, contas caucionadas, balancetes, cobrança a nível nacional, além das aplicações financeiras.Quis fazer de mim um mero assistente do trabalho que desenvolvia. Colocou-me ao seu lado na mesa e pediu-me que ficasse observando como trabalhava.Assim eu fiz, fiquei calmo e atento. Após o primeiro expediente, ele me disse que era um assessor somente de meio expediente,pois tinha um emprego público e por aquele motivo, os Diretores estavam com a idéia de substituí-lo.Convidou-me para um lanche,com o propósito, como disse, de me passar algumas “dicas”.Já na lanchonete, fiquei surpreso, pois o prato a mim oferecido era simplesmente uma cilada, para que eu ficasse impedido de assumir aquela posição. “O meu lanche era composto de lingüiça frita com cachaça!”Foi problemático estar novo no emprego, numa função de responsabilidade, trabalhando com finanças, e durante o período experimental, ter que conviver com bebida alcoólica e comidas perigosas oferecidas por aquele senhor. Mas, aquela posição falsificada de assistente, foi modificada quando o presidente do grupo, muito inteligente, observou o que se passava e determinou que as posições deveriam estar invertidas, pois eu assumiria a mesa de trabalho e ele observaria a minha desenvoltura.Aquela ordem modificou seus planos, e no dia seguinte, ele não mais compareceu ao serviço.A justiça então se fez e eu, sòzinho, conduzi todo o trabalho e segurei a posição, graças a Deus!
(Jorge Queiroz - outubro/2009)
Fonte da imagem:vinoblok.blogspot.com
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
A dinastia das tias

Eu confesso que a vida segue dinastias, mas a principal delas, é por certo, a que se relaciona com as “Tias”. Aqui com meus botões, eu fico admirado de nem sempre ter prestado atenção a um detalhe, como esse, tão predominante em minha vida.Até bem pouco tempo atrás, eu não conseguia fazer qualquer afirmação a respeito desse assunto, talvez pelo fato de não ter sido contemplado com uma tia, pois os irmãos de minha mãe eram todos homens, e por conseguinte, só me forneceram “tias postiças”, ou seja, como se diz no contrabando, “tias do Paraguai”.Ainda pelo motivo de residir no Rio de Janeiro, eu não pude conhecer a família oriunda de meu pai, que me contemplou com seis maravilhosas “tias”. Como nunca viajei para o Recife, não cheguei a conhecer nenhuma delas, visto que meu pai faleceu prematuramente, aqui no Rio de Janeiro..Assim sendo, só me resta lembrar a relação carinhosa que mantive ao longo da minha vida, com as tias de minha mãe e com as tias “do Paraguai”.Acrescento aqui também as famosas tias de aluguel, que pela minha observação, são aquelas que andam buscando crianças bonitas e engraçadinhas, que as chamem de “tias” para a perfeita satisfação do seu ego.Já falei aqui neste espaço de algumas tias e hoje, enfatizo que elas são as principais peças de equilíbrio numa família, servindo de exemplos variados de afeição.Vejam vocês, eu passei por todas essas existências de “tias”, na minha infância e juventude, e nunca admitiria o peso de uma tia numa sociedade, mas só agora, com o passar do tempo, após ter me ramificado em várias famílias, eu vejo que todas as tias são atuantes e politicamente situadas.Socialmente uma grande nação não se constrói sem “tias”, haja vista, que há bem pouco tempo atrás, as professoras passaram a ser chamadas assim, pelos seus alunos.Mas quero aqui deixar bem claro, que eu acredito firmemente na “ dinastias das tias” , mas, para que o mundo fique mais calmo e mais tranqüilo, peço que todas aquelas que pertençam realmente a essa dinastia, não sufoquem os outros membros da sociedade, como mães, pais, tios, avós, cunhados.Que façam o seu trabalho social, mas sem exageros que comprometam a personalidade dos seus valorosos e competentes sobrinhos, que na realidade serão o futuro da nação.
(Jorge Queiroz - dezembro/2009)
Fonte da imagem:flickr.com
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
As cauções que nos protegem e que nos assustam...

As cauções são instrumentos que nos dão apoio e que nos protegem, sejam elas de ordem moral, financeira ou profissional, desde que saibamos usá-las no momento certo.
Com esta absoluta certeza, eu me recordo de que resolvi dois processos profissionais de caução.
O primeiro deles foi representado pela custódia de títulos bancários, que serviam de caução da obra, na fase de construção do complexo cimenteiro onde eu trabalhava.
Existia um consórcio de empresas que quando contratadas, foram obrigadas em cláusula contratual, a dar garantias através de CDBs num valor altíssimo, que levariam o projeto de construção até o seu final.
Como negócios em terras inflacionárias jamais terão segurança, o consórcio alemão envolvido, não deixou por menos, exigiu que se fizessem reajustes nos termos das faturas de mão de obra na construção da fábrica.Ameaçaram desativar as obras e assim o fizeram, interrompendo os trabalhos no canteiro de obras, deixando mais de setecentos homens sem salário, alimentação e moradia.
Foi então que o presidente do grupo empresarial em que eu trabalhava, chamou-me e disse que tínhamos que assumir a vida daqueles empregados abandonados e darmos continuidade às obras, defendendo-nos financeira e juridicamente, perante aquele grupo de gananciosos.
Com isso, acalmaríamos as manifestações que já haviam se iniciado, inclusive com ameaças de destruição da fábrica pelos trabalhadores revoltados.
Assim fizemos e conseguimos finalizar as obras, deixando de lado as imposições do grupo construtor.
Nós já estávamos trabalhando e produzindo há mais de oito anos, quando tive a lembrança de que dentro do meu cofre, existiam os tais títulos que caucionavam e garantiam a construção da fábrica até o seu final. Tomei em mãos aqueles títulos e observei que eles tinham sido emitidos por um Banco já liquidado.
Ao mesmo tempo pensei que como aquele Banco tinha sido comprado por outro, só restava a alternativa de trocá-los nesse novo Banco.
Caso isso pudesse ser concretizado, faturaríamos com o valor devidamente corrigido financeiramente.
Por sorte o Diretor Regional desse novo Banco que comprou o que emitiu as ações, era um meu amigo antigo. Expus ao mesmo toda a história, pedindo que interferisse diretamente na renovação daqueles títulos, com os valores atualizados. Assim ele fez, e conseguiu renovar por duas vezes tais garantias, porque guardava esperanças de abrirmos a Conta da Empresa no seu Banco.
Aquele valor que se quadruplicou, continuou sob a minha guarda no cofre, já que era um valor fora do caixa da Empresa.
Todo esse processo transformou-se numa ação ordinária em juízo, com tentativas até de busca e apreensão dos CDBs.
Para a satisfação de toda a Empresa, ganhamos juridicamente e sacamos, em verdade, a tal garantia, antes esquecida no fundo do meu cofre.
No entanto, para variar em questões empresariais, recebi da minha Diretoria simplesmente, o famoso “ Meus parabéns!” , pois, nem de longe, pensaram em qualquer compensação financeira, pela idéia brilhante que tive, para aumentar os recursos financeiros do Grupo.
Fonte da imagem: migalhas.com.br
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O jogo pai e a madrasta sorte

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
E o inacreditável se repete naquele mesmo lugar !

terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Um testemunho internacional e de valor nacional!
Trabalhava eu, no Departamento Financeiro, como Gerente das Tesourarias de um Grupo Empresarial e jamais passaria pela minha cabeça, ser algum dia convocado, para depor diante da nossa Justiça Federal.Mas na verdade, isso aconteceu....
Nos idos do ano de l981, estava eu em casa,num domingo, gozando do meu final de semana, quando o telefone tocou.
Para minha surpresa, estava na linha o Presidente do tal Grupo.
Atendi e notei que ele estava um pouco cuidadoso com as palavras que a mim dirigia. Como eu o conhecia muito bem , já sabia que ele não era homem de ficar dando voltas nas palavras, e que, por certo, o assunto era de suma importância para ele e para o grupo de empresas.
Lembro-me que foi taxativo, ao dizer que queria solicitar um favor, um testemunho preciso diante da Justiça Federal.
Tratava-se de um processo, que o Grupo de uma Indústria em Portugal, moveu contra a Empresa em que eu trabalhava através da Câmara de Justiça da Suíça.
Perguntou-me se aceitava ou não prestar meu testemunho, em favor da nossa Empresa. Respondi que aceitava, pois era empregado deles e vivia do salário que me pagavam ao final de cada mês, não tendo nenhum motivo para negar um pedido daqueles.
Notei que estava feliz quando me agradeceu pedindo que fizesse contato com o Departamento Jurídico no dia seguinte. Frisou ainda que o processo era complicado e teria que ser previamente estudado, alegando que o meu depoimento seria muito importante, pois a causa envolvida, tinha o seu valor inicial estimado em torno de seiscentos e cinquenta milhões de dólares. Foi bastante firme quando salientou que precisávamos ter os cuidados necessários para não perdermos aquela causa, pois ela era de vida ou de morte, para o Grupo.
Ao retornar ao trabalho, eu procurei o Departamento Jurídico, e, de posse das informações, iniciei o estudo do processo, que envolveria na Justiça Federal, detalhes sobre remessa de dinheiro externo, abono de cauções de ações ao portador junto ao Banco do Rio de Janeiro e associação de capital, junto as outras empresas do grupo.
Como se não bastasse toda aquela complicação, os advogados da empresa me entregaram um roteiro de perguntas, com cinquenta e quatro itens, que por certo, seriam feitas pelos juízes da Justiça Federal, e que deveriam ser por mim respondidas em plenário.
Eu seria a testemunha chave, uma vez que, pelo meu trabalho lá, tinha sido o autor intelectual de toda a transferência de dinheiro externo e interno do Grupo, e com o agravante, de ter sido também, o portador das cautelas de ações entre as pessoas jurídicas e físicas do Grupo, para o abono bancário. Daí em diante a minha expectativa aumentava, a cada dia, pois teria que aguardar a convocação do Superior Tribunal de Justiça Federal, indicando a data certa para prestar o meu depoimento.
E enquanto isso, a minha grande preocupação, era de convencer a Gerência do Banco Estadual a se fazer presente naquele processo, que iriam reforçar as minhas palavras em juízo.
Finalmente, eu recebi a intimação, e iniciei o estudo das perguntas que fariam parte do dossiê do Departamento Jurídico para o meu depoimento, o que realmente aconteceu, com muita naturalidade e que causou espanto aos advogados do Grupo, pela precisão e certeza, diante da banca de juízes, brasileiros e suíços, que me ouviram com muita segurança e uma aparente calma interior, com a certeza de que cada palavra ali, pronunciada, seria o espelho da verdade.
Saí do Tribunal, com a convicção de um dever cumprido e sabia de antemão, que a Empresa não perderia, e continuaria dona exclusiva do Grupo.
No entanto,depois de todo aquele sucesso, após cinco anos, eu já não era mais um funcionário da Empresa e nas vésperas do Natal do ano de l985, recebi em minha casa, uma caixa de vinhos “Periquita”, com vinte e quatro garrafas, e uma carta de agradecimentos, assinada pelo Presidente mor,que me cumprimentava pela minha interferência como testemunha do maior processo judicial, que ele tinha enfrentado no mundo inteiro.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Um nome extenso, uma sorte na vida e um grande enigma!

Ele desembarcou no Brasil em 1976, vindo de Moçambique onde ocupava a posição de Administrador Geral dos negócios de um empresário que investia em vários ramos de atividades comerciais e industriais. Era considerado no Grupo dessa empresa portuguesa, como um dos homens mais importantes, ou seja, o braço direito do seu importante patrão. Seu nome era de impressionar a qualquer brasileiro.
Chamava-se José Luís Bobella Torres de Nogueira de Sampaio Fevereiro.
O meu primeiro encontro com esse famoso mito, foi exatamente no corredor central da administração geral das empresas do grupo.
Já tinha sido avisado da sua presença no Brasil, e de antemão, eu já sabia que viria para ocupar um cargo de destaque na Empresa,uma vez que ele tinha abandonado Moçambique, pois os revolucionários o estavam perseguindo e o ameaçavam de morte.
Fiquei, confesso, impressionadíssimo.
Ele trajava uma calça cinza, uma jaqueta também cinza, uma camisa branca, um jaquetão preto, usava um ”pince-nez” com corrente dourada e na mão direita, portava uma bengala também preta, com cabo de prata , que conforme diziam outros funcionários, era própria para bater nos maus empregados daquela nação africana.
Mas na verdade, era um enigma, teríamos que conhecê-lo aos poucos.
No dia que me fizeram a sua apresentação, êle foi taxativo: -quero ser chamado ”fevereiro” e não ”de fevereiro”,pois nasci em julho!
Pela sua idoneidade pessoal perante ao Grupo, foi nomeado Gerente Administrativo com autorização para assinar pelas Empresas com todas as características de representá-la nas Instituições Públicas e Privadas, inclusive nas Empresas de Crédito, Bancos privados e oficiais. Veio então daí, a minha primeira grande dúvida,pois como a minha função era de gerenciar todas as Tesourarias do Grupo, fui até seu gabinete e solicitei cópia do instrumento de procuração que o autorizava a assinar cheques, borderaux, requisições, autorizações etc...
Com surpresa, ouvi dele o seguinte: - oh! Sr. Queiroz! Não posso dar cópias da minha procuração. Ela é para uso exclusivo meu. Não vou entregá-la na mão de qualquer um. Lá em Portugal, todo documento fica em nosso bolso. É um documento de confiança do nosso grande Chefe.
Então eu alertei: - Sr. Fevereiro, aqui no Brasil, se não deixarmos uma cópia dessa documentação, todos os negócios financeiros ficarão paralisados. Mas como ele tinha sido muito avisado para tomar cuidado com os brasileiros, teria daí para frente a necessidade de sempre ficar com um pé atrás. E eu ainda nem tinha terminado, a conversa com ele, quando sua sala foi invadida pelo seu filho mais jovem, um menino corado de mais ou menos uns quatorze anos.Imediatamente o ouvi dizer: - até que enfim chegastes! Onde te meteste oh! Gajo?
-oh! Pai! Tu não me mandaste ao dentista? Fui lá na tal Praça Mauá.
-E porque demoraste tanto e estás tão vermelho?
-Ora pai, tu não sabes o que aconteceu? Eu ia a ”andare” pela tal praça, quando dois gajos meteram-se à minha frente com uma faca em minha barriga e tomando-me tudo e ainda por cima me deram umas tapas.
-Ora seu bobo, eu não lhe disse que tomasse cuidado,pois nessa terra, só tem gatunos e vagabundos?
E após proferir esta expressão, lembrou-se de que eu era da terra e estava presente na sala, ouvindo a conversa dele com o filho.
Aí então, foi levantando a cabeça lentamente na minha direção e fitando-me nos olhos, balbuciou entre os dentes: -Desculpe-me Sr. Queiroz, desculpe-me...
domingo, 16 de janeiro de 2011
O primeiro fardão que encontrei na vida

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Curioso, muito curioso, cadê o 2º mundo?

Fonte da imagem: astronomiahoje.blogspot.com
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
O inacreditável
Já faz muitos anos quando eu me deslocava para casa e a noite já avançava para um novo dia. Encontrava-me numa parada de ônibus e aguardava um coletivo para o bairro onde morava. Cansado de um dia desgastante de trabalho, estava atento à chegada do coletivo, quando fui surpreendido por uma voz que perguntava, num tom forte, quem era o espírito de luz que se encontrava próximo a ele. Olhei para o lado direito e verifiquei a presença de um senhor de altura mediana, bem trajado com terno e gravata e que na mão possuía uma bengala de alumínio dobrável. Aí então, percebi ser o referido senhor, um deficiente visual. Tomado de coragem, perguntei se estava falando comigo. Ele respondeu que sim, pois só estávamos os dois naquela parada. Pediu que eu chegasse mais perto. Eu, muito desconfiado, me aproximei quando ele completou que estávamos indo na mesma direção. Confirmava que eu ia para uma estação antes da dele. Muito surpreso, perguntei como ele sabia tudo o que disse, se sequer me conhecia, além de não enxergar, ao que retrucou, dizendo saber e sentir tudo. Prosseguiu, falando que chegou ao Rio naquele mesmo dia pela manhã, para atender a dois “irmãos” , um no bairro do Grajaú, onde já havia estado, e outro no bairro da Penha, para onde estava seguindo naquele momento. Nada melhor do que irmos juntos no mesmo coletivo, conversando, disse ele tranquilamente. Eu então, ainda curioso, concordei. Finalmente o ônibus chegou, e nós dois embarcamos. Deixei que ele sentasse perto da janela e fiquei atento a tudo o que me dizia. Para minha tranqüilidade , ele iniciou a narrativa dizendo ser o mais alto grau da Fraternidade Eclética Rosa Cruz e que estava numa missão de cura. Já tinha realizado a primeira e se deslocava para realizar a segunda. Informou-me também, que residia no Paraná. Eu, muito preocupado, perguntei se ele não desejava que o acompanhasse até à residência daquele irmão na Penha ao que respondeu, prontamente, que não seria necessário , pois estava ligado mentalmente no caminho certo da casa para onde iria, visto que o beneficiado com a sua visita estava em plena sintonia com ele. Reafirmou que não existia nenhum perigo de ir só e chegar até lá. Continuou descrevendo a sua seita e disse, que talvez eu fosse um dos deles, mas para saber, necessitava levar meu nome para uma reunião entre todos os conselheiros, e submetê-lo a um profundo exame, para posteriormente me informar. Mas mesmo, com uma resposta positiva, disse-me que eu deveria receber uma proposta para preenchimento, mas que só poderia realmente devolvê-la preenchida, no momento em que me achasse absolutamente desobrigado de qualquer tipo de vida material, pois só assim, seria um deles. Nesse momento, quis pegar uma folha de papel para anotar todos os meus dados pessoais, e ele então me surpreendeu mais uma vez, dizendo não haver necessidade, pois gravaria tudo na memória. Assim eu fiz, informando dado a dado, paulatinamente, e me despedi pois já havia chegado a hora de descer do ônibus. Segui para casa quase paralisado , meio que tonto, meio abobalhado, com tudo o que havia vivenciado. Pensei com os meus botões, se aquela resposta chegaria mesmo, pois não passei nada do que disse por escrito. E pasmem! Seis meses depois do ocorrido, recebi em casa a tal proposta para preenchimento, e livros correspondentes a estudo das indicações de todas as personalidades que ao esoterismo estão vinculadas. Confesso que preenchi a tal proposta, mas até hoje, passados mais de trinta anos, não tive coragem de enviá-la. quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Humberto Cidade

terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Carlos Gomes Calcado
Cidadão mineiro de Sete Lagoas, era Diretor de Banco, de fina educação, bem relacionado, filho de fazendeiro que, comigo, mantinha um interesse de relacionamento profissional, como garantia de bom entendimento na conta bancária que eu comandava aqui no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Diariamente me procurava para oferecer serviços do Banco, para manutenção de uma parceria com fundamentos comerciais, uma vez que era a única Instituição Financeira com agência naquela Cidade. Por esse motivo havia sido contemplada com um posto avançado dentro da Fábrica, onde eu trabalhava. O que sempre fez com que eu utilizasse os serviços do Banco, foi a cordialidade de negócios e praticidade que era dada as operações comerciais que a nossa Empresa necessitava, como o financiamento das folhas de pagamento dos funcionários, empréstimos pessoais para os trabalhadores, financiamentos do Finame e encaminhamento de outros negócios através de uma Financeira, dirigida pelo seu irmão. Era um contador de estórias e a mais interessante que me narrou foi, como ele mesmo dizia, a mais importante de sua vida.Mesmo sendo filho de um rico fazendeiro de gado leiteiro, ele construiu sua vida com o seu próprio trabalho e tudo que possuía era fruto de seu esforço pessoal. Seu pai, como ajuda inicial de vida, deu-lhe um caminhão cheio de, aproximadamente, vinte mil quilos de queijo minas frescal, dizendo-lhe: - esta é a ajuda que lhe dou o resto é contigo. Vai em frente! Carlos Calcado estremeceu e pensou que deveria trabalhar com muito cuidado para fazer daquela carga o seu futuro. Juntou mala de roupas, pediu a benção aos pais e partiu em direção ao Rio de Janeiro. No caminho, tentava vender os queijos nos mercados, restaurantes, bares, etc..., pois como era produto perecível tinha que ser vendido rapidamente. A dificuldade era grande, pois só podia vender à vista e ninguém se dispunha a pagar, visto que todo o comércio já tinha seus fornecedores que faturavam a mercadoria. O medo começou a atormentá-lo e tinha a certeza de que perderia todo o queijo. Foi então que uma sábia idéia acercou-se de sua mente: iria trocar o seu queijo por produtos não perecíveis como fumo de rolo, caixas de charuto, cigarros, material escolar, papel para embrulho. A idéia foi totalmente aceitável nos pequenos mercados e, assim, pode continuar sua viagem de mascate sem qualquer receio de perder a sua carga. Quando chegou ao Rio de Janeiro, já havia conseguido vender ou trocar quase todos os produtos , obtendo dinheiro para abrir seu próprio negócio. Hoje, sei que ele voltou a ser fazendeiro em Sete Lagoas, porque o Banco em que era sócio-diretor sofreu intervenção do Banco Central. Sabe-se que, homem criativo, produz “humos” para a agricultura, criadores de minhocas e ainda presta assessoria a diversas empresas de agropecuária.(Jorge Queiroz agosto/2010)
Fonte da imagem:fabioalancerqueira.blogspot.com
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O serviço público, uma incerteza

domingo, 9 de janeiro de 2011
O Brasil que não desenvolve e não deixa desenvolver
Acredito que as regras do nosso país precisam ser revistas,pois os aspectos do desenvolvimento deveriam ser olhados com mais seriedade.Quem sabe a política da privatização chegou um pouco tarde.O brasileiro não está acostumado as novas regras e não é só o povo que mal orientado fica pessimista, mas também, os nossos dirigentes.Daí vem a minha indignação.Assisti na década de 1980 a um fato muito constrangedor para um industrial muito famoso e bem intencionado e hoje ainda, vivenciamos casos similares.Esse empresário já estava instalado no Brasil como industrial e fazendeiro desde a década de 1970 e como criador de gado leiteiro, queria aumentar a produtividade e diversificar a raça do seu rebanho.Por iniciativa própria, comprou na Inglaterra a peso de ouro, semen de touro girolês, pagando uma alta quantia em libras esterlinas e mandou embalar em cápsulas protegidas por hidrogênio e enviou, via aérea, para o Rio de Janeiro.Para sua estranheza, a carga foi apreendida no aeroporto internacional, pois os despachantes oficiais informaram que o referido semen não poderia ser trazido,pois era contra a lei brasileira. Ele, muito surpreso, solicitou que eu resolvesse o problema.Iniciei então, o processo de normalização para retirada da carga do aeroporto, pois eu era o encarregado das importações e exportações do grupo.Lògicamente, esse processo seria vagaroso, pois existia um impasse diante da lei brasileira.Após decorridos quinze dias, comecei a ter notícias de que as coisas seriam resolvidas. Assim sendo, procurei a chefia e falei dos novos caminhos para desembaraçar a carga.Aí então , ele me falou, que havia passado um fax ao Ministro da Agricultura e estava aguardando uma resposta positiva. Decorridos trinta dias, chegou a resposta do Sr. Ministro: * mandei incinerar a sua carga, pois ela não era compatível com as leis brasileiras *Então só me restou falar:- Viva o Brasil !Ainda, com a idéia fixa em aumentar a expectativa de bom criador, resolveu comprar as ovelhas tipo dolly, que fornecem excelente lã e uma ótima carne.Adquiriu lá na Inglaterra um casal desse tipo de ovelhas e como tudo dele funcionava a toque de caixa, embarcou as bichinhas para o Brasil, devidamente licenciadas e vacinadas.A sua satisfação aumentou, pois não encontrou nenhuma dificuldade nesse processo.Finalmente recebia no aeroporto internacional a liberação das bichinhas para levar para a sua fazenda no Brasil.Ao desembarcar no pasto, foi surpreendido pela ação rápida do seu cão fila brasileiro, que imediatamente atacou o macho do casal de ovelhas e lhe devorou os dois testículos.Que falta de sorte!!!Chego a conclusão de que o Brasil não tem mesmo sorte e até os nossos animais são contrários a nossa globalização...
(Jorge Queiroz - abril/2009)
Fonte da imagem:elacerdapaulo.blogspot.com
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
O “O JORNAL”, um periódico que não sobreviveu às pressões da queda da ditadura de VARGAS.

Tinha leitores expressivos a cada novo final de semana, participava da vida pública e social do Estado do Rio de Janeiro.
Quem não se lembra do famoso O JORNAL, que nos dava boa leitura e entretenimento, mas por ser o diário que se fazia sempre presente nas lutas do nosso povo, foi eliminado e tirado de circulação, por ocasião da revolução de 1964.
Ainda me lembro bem, que por ocasião do nascimento do meu filho mais velho, eu acompanhava com fotos o seu crescimento.
As fotos, naquela época, há uns cinqüenta anos atrás, não eram de boa qualidade.
Devido a diversidade daquele jornal, num determinado dia, eu fiz um pedido a uma de suas colunas especializadas no assunto, que exibia fotos de crianças a cada final de semana, para colocar a foto do meu filho.
Como aquela fotografia, era filha única de uma edição, disputada “a tapas” pelos avós, o fato de eu tê-la mandado para o jornal, gerou uma desagradável discussão em família, pois não tive nenhuma manifestação confirmada pela seção do jornal, onde deveria sair publicada a tal foto.
Minha sogra, que alegava que eu era muito exibido, firmava com bastante convicção, que eu perderia a foto do seu neto.
Lembro-me que diante de tanta polêmica, pude mostrar para ela que o departamento de redação daquele tão importante diário, após meu contato com o redator chefe do jornal, atendeu o meu pedido.
Na semana seguinte, a foto do meu filho foi publicada e eu, vitorioso, pude adquirir dez exemplares e levar bem contente para toda a família.
Fonte da imagem:blogdodepaula.blogspot.com
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O brasileiro, o povo mais político do mundo !

Muito bom se pensarmos assim. O brasileiro é bem situado como político, mas infelizmente chegamos à conclusão de que o Brasil, por ser um país continental e litorâneo, custou muito a exercitar a sua forma de fazer política. Até hoje as nossas praias vivem cheias, e sòmente agora, estamos descobrindo que a nossa vocação é o Turismo! O nosso Congresso demonstra esse fato com certeza, pois quase todas as quintas-feiras, as malas dos nossos brasileiros já são embarcadas nos aviões, rumo às praias, haja ou não, algum projeto importante a ser votado. O brasileiro gosta de errar nas eleições, para poder manter sempre aceso o clima das discussões políticas. O mesmo eleitor que se empenhou numa luta diária para a reeleição do FHC, ficou totalmente ligado a campanha que demonstrava a insatisfação com a nova postura do Presidente. Hoje já se diz, que êle escondeu a crise, não cuidou do desemprego, foi submisso ao FMI ( fazia m...internacional), e hoje diz que o Itamar pobre coitado, teve muita razão e que o seu grande erro foi abrir as importações, que assassinaram a nossa produção. Eu confesso, sou eleitor desde 1952 e na minha visão, só assisti a erros de eleição. A única politicamente correta desde então, foi a que levou ao poder o Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Daí para frente, tudo errado. Logo a seguir, colocaram um louco no poder e até sua própria filha, mais tarde, fez inúmeras considerações, e foi tida como louca... Pobre TUTU, foi até internada pelo próprio pai. Conhecido como o homem da vassoura que iria acertar a área pública, teve seus primeiros decretos perturbando o sono dos anjos. Pasmem!... Proibiu a briga de galo, o uso do biquíni, o terno e gravata no palácio, a corrida de cavalos e o uso da mini-saia. Tudo isto, esquecendo do desenvolvimento que havia sido retomado pelo Presidente que saía enaltecido pelas grandes idéias no campo de transformação do país, numa potência industrial. Esse, saiu do governo nove meses depois, alegando a atuação de forças ocultas, até hoje não reveladas. Aí então, entramos no processo que até hoje nos maltrata. A não aceitação do seu substituto, o Dr. João Goulart, trouxe ao poder a ditadura militar, que já pairava na cabeça dos Coronéis, como verifiquei dentro da própria Caserna, quando estagiário,quando antes da posse do Dr. Juscelino, eu recebi um convite para participar dentro do quartel onde servia, de um abaixo assinado, que impedisse a posse da sua eleição, para mim, limpa de critérios. E daí em diante, a luta política se voltou para dar fim a tal ditadura. No entanto, se observarmos bem, a ditadura não terminou aqui no Brasil, ela vestiu uma nova capa, a do socialismo moreno. Os jornais não nos deixam mentir, tudo que se diz hoje, será o mesmo que se dirá amanhã. Vamos orar e pedir a Deus, que ele não deixe o Brasil acabar, porque o nosso País é tão grande, tão futuro, tão passado, que temos que lutar muito, para chegarmos ao presente - o presente com empregos, com saúde, com escolas, com segurança, com projetos, com crescimento, com privatização técnica - e sem mentiras. Com a fidelidade partidária, sem a corrupção, sem o despotismo, sem o contrabando, sem as denúncias infundadas e sem os privilégios, com uma justiça limpa e um poder judiciário que apóie o povo. Única razão da existência da esperança de chegarmos ao topo, na relação dos países considerados de primeiro mundo. Abandonemos a idéia de uma moeda forte, com uma economia fraca. Pensemos que o maior celeiro do mundo, em condições climáticas, é o nosso! Temos a maior disponibilidade de terras, em extensão territorial útil, com hidrovias naturais não aproveitadas e com ferrovias sucateadas. Se pensarmos que o maior país se chama BRASIL, só nos restará consertar isso! O nosso lema de crescimento, vem há muito tempo errado. O princípio básico da economia é capital e trabalho, e não como a maioria dos nossos ministros pensam, o Trabalho do Capital!
Hoje, temos no poder uma mãe e avó. Vamos aguardar!
(Jorge Queiroz - setembro/2009)
Fonte da imagem:baixaki.com.br
O mundo vai virar
Eu sempre pensei que um dia, o mundo ia virar, mas como isso poderia acontecer? A semente da humanidade foi plantada no Oriente, as maiores e mais antigas civilizações estavam alí fixadas, e por alí aconteceram as grandes descobertas. No entanto, o espírito aventureiro do homem, a força da sua ambição em obter além do que possuía, fêz este mesmo homem sair em busca de novos horizontes e novas conquistas. Hoje,decorrente dessa força, acontecem as coisas no Oriente e o restante do mundo se apavora. A Russia, a China e o Japão jogam o desespero nas bolsas internacionais, e nós, pobres cristãos, ficamos sem saber o que poderá ocorrer com o resto do mundo, onde estamos incluidos. Que fantástico o nosso caminho da globalização: ter ciência dos rombos financeiros do mercado mundial via Internet, sentir no rosto de cada operador da Bolsa, o desconforto da perda, sentir o desespero dos financistas e empresários e vê-los com aquele olhar tenso, aquela esperança de uma reviravolta, sem dúvida, é inacreditável... E como devem estar as UTI’S dos principais hospitais que cuidam da saúde desses profissionais, pelo mundo afora ? Trabalhar com dinheiro é terrível! Controlar dívidas caseiras já é um transtorno, muito pior, fazer lances da expressão real da dívida externa de um país, que até poderá atingir uma moratória. A minha experiência na área financeira é exatamente contrária a fase que o brasileiro atravessa hoje. Participei desse mercado, nas décadas de 70 e 80, quando o espírito dos nossos dirigentes era mais otimista. Otimismo talvez gerado pela forma como a política econômica encaminhava as coisas,ou seja, “com a barriga”. Sempre se resolviam dívidas com novas dívidas. Aprendi que o dinheiro tinha um preço a cada dia da semana. Na 2ª feira valia menos, na 3ª feira um pouco mais, na 4ª feira começava a aumentar um pouco mais e na 5ª feira tinha o seu mais alto preço, porque todas as operações financeiras deveriam estar concluídas até 6ª feira. Nesse ponto , o dinheiro barateava, porque iria “dormir” na conta bancária no final da semana. Hoje, fico louco, nosso dinheiro tem sempre o mesmo valor e as coisas não param de subir. De que adianta a moeda ser forte se ela vive trancada nos cofres dos bancos internacionais? Atualmente somos de primeiro mundo em valor de moeda, mas em compensação, somos os últimos do mundo em balança comercial. Nada produzimos e ficamos na expectativa de rever o básico da economia brasileira deslanchar, confirmando que o seu princípio mecânico tem que ser de “capital e trabalho”, e não de “trabalho do capital”. Vamos clamar aos nossos dirigentes que criem trabalho, que ganhem os mercados de exportação, que equilibrem a nossa balança comercial. Temos, necessariamente que ser um país ativo e não um “país passivo”, anterior à era da informática. Naquele tempo, os nossos contabilistas possuiam menos recursos para identificar a futura falência de um negócio. Normalmente êles chegavam até o proprietário e sócio e com um livro de 500 folhas na mão entre débitos e créditos, falavam entre os dentes, quase sussurando que a Empresa tinha falido, o que na maioria das vezes era confirmado pelo empresário. Nos tempos atuais as condições são totalmente diversas, temos como planejar, trabalhar, revisar e poupar. Não podemos esquecer,que o Dr. Enéas podia parecer um louco quando dizia que as nossas reservas eram infinitas,mas nessa hora o nosso presidente deveria fazer das palavras do Dr. Enéas as suas. Sem dúvida, estaria fortalecendo um novo refrão, em substituição aquele já consagrado bordão do nosso povo : -“ Eu tô maluco, ah! Eu tô maluco”, que o brasileiro grita quase diariamente, em busca da solução dos problemas de vida no nosso grande e glorioso país.(Jorge Queiroz - abril/2000)
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Brasil, um país contraditório!

A cada final de semana, principalmente aos domingos, gosto de assistir programas de entrevistas nas TVs a cabo, sob o comando de inteligentes jornalistas.
Ainda assim, dou uma passada por programas da TV aberta que retratam temas idênticos.
Normalmente, por se tratarem de programas previamente gravados, ora sim, ora não, venho verificando que as mesmas pessoas, estão se apresentando simultaneamente em duas entrevistas de televisão diferentes, uma com fundamento de debate e a outra dentro do fundamento de entrevistas, e logicamente em canais diferentes.
Naquele domingo, observei que a entrevista do Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, era feita por uma bancada de personalidades, e entre elas, estava presente o Presidente do Sindicar, que fazia observações precisas do mau desempenho das nossas polícias e analisava com números de estatísticas, que o roubo de veículos oficialmente informado pelas seguradoras, atingia a quarenta mil e tal, levantamento que não incluía os carros roubados e não segurados, e que se assim fosse, a informação seria aumentada em mais cento e quarenta mil unidades.
Lamentável a afirmação, que nos deixa traumatizados com número tão assustador, que serve de alerta ao novo Secretário de Segurança, que se baseando em estudos já feitos, veio a afirmar, que o roubo de veículos, os assaltos, os latrocínios, estão diretamente ligados ao tráfico de drogas.
Mas achei falha uma informação complementar, em que ele dizia que o uso de drogas, tinha se iniciado há vinte anos atrás , no Rio de Janeiro.
Eu devo afirmar com absoluta certeza de que ele já existe, desde a década de 1950, quando passei em estágio pelas Forças Armadas e lá presenciei a prisão de um traficante, que existia no subúrbio de Magalhães Bastos o famoso Genésio! O Genésio respondia a um processo pela morte de dois soldados do regimento, numa birosca, o que com certeza me faz afirmar, que o tráfico já existe há mais de quarenta anos.
Em complemento ainda posso afirmar, que existe uma informação ,em paralelo, de roubos de carros, que na realidade não aconteceram, mas sim o tal roubo, assim classificado, envolve uma outra operação de fraude, que está ligada diretamente a pessoas do ramo segurador, corretores, inspetores etc., aqueles que fazem convites a determinados proprietários de carros, usuários de seguro, para simularem um sumiço do veículo, chegando as vezes às vias de fato, a enterrar o tal veículo para garantir o pagamento da indenização do seguro, assim como também, após o pagamento, ainda desenterram o tal carro e vendem suas peças no desmanche. Achei que nesses programas, as coisas se misturam, pois o mesmo Presidente do Sindicar, promovia um debate em outro canal entrevistando o Secretário de Finanças do Estado. Concordo que esse entrevistador possua gabarito para assuntos diferentes, mas não concordo que ele só tenha aparecido, após a eleição do novo Governo.
Será que o roubo dos cento e noventa mil veículos ocorreram nos sessenta dias do mandato do atual governador,agora empossado ? Claro que não !
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O Brasil tem jeito !

