Outro dia pela manhã, liguei a televisão. Queria assistir ao jornal de notícias e logo ao primeiro intervalo, para minha surpresa, uma chamada : “a tela quente” iria exibir um filme cujo enredo me deixou preocupado. Pela narrativa, a estória se desenvolveria em torno de um homem que morreu e voltou à vida, reencarnado como um lindo cachorro.Esse cachorro, por acaso, instalou-se na mesma casa de outrora, como o novo membro daquela mesma família, que chefiava há tempos atrás. Esta narrativa me despertou curiosidade, e por certo interessei-me em acompanhar. Pelas primeiras chamadas do filme, observei que o cão era uma figura já bem identificada com as coisas da casa. Vou aqui navegar na imaginação e tentar confirmar quantas vezes já observei em determinadas casas, o comportamento de alguns animais, e pelo visto, o roteirista deste filme deve ter se inspirado em fatos que acontecem na vida real. Na minha lembrança, quando menino, tínhamos um cãozinho, chamado Príncipe, que era muito apegado à toda a família. Era atencioso quando falávamos com êle, adorava ser acariciado e sempre estava a observar as coisas. Num determinado dia, minha mãe saía para o trabalho, e quando estava exatamente próxima à estação do trem, ficou preocupada e muito nervosa,pois quem estava ao lado dela? O nosso amado cãozinho. Como ela não poderia voltar, tinha que embarcar no trem, e assim fêz. O bichinho, quieto, não saia de perto dela. Quando chegou ao final da viagem, desceu do trem, e olhando muito séria para êle , disse muito nervosa: - Não posso perder o meu emprego e nem quero perder você, portanto trate de ser inteligente e volte para casa imediatamente. Esquecendo que eles já estavam a mais de 10 kms da residência, dirigiu-se ao ônibus que a deixaria na porta do seu emprego. E que dia! Trabalhou completamente preocupada. Ao final do dia, chegando à casa, chorou de alegria,pois quem estava alí quietinho era o Príncipe, o nosso grande amigo. Eu, então, sem entender nada, perguntei? – Mamãe, por que você está chorando? Ao que minha mãe respondeu: - meu filho, eu choro é de alegria, eu não esperava encontrar o nosso bichinho aqui; ele me seguiu na minha ida para o trabalho, foi comigo até a Cidade e eu não podia levá-lo comigo, nem poderia voltar à casa, pois tinha a conta certa do dinheiro da passagem. Não me diga, mamãe! Como pensando alto, ela continuou: - meu filho eu só posso achar que o Príncipe é o seu avô reencarnado, por que só êle tinha essa mania de me seguir quando eu saía pra trabalhar! Chego a conclusão de que em cada família deve existir um bichinho, que deve trazer dentro de si, a alma de um ser nosso reencarnado! Portanto, trate sempre bem aos pobrezinhos, êle poderá ser um irmão, um tio, um pai, um avô, ou quem sabe até você mesmo, num futuro proximo!
SANTO ANTÓNIO ou O AMOR SECRETAMENTE PEDIDO
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Instintivamente somos impelidos ao Outro, somos impelidos à comunhão, está
inscrito na nossa constituição como seres humanos que *só somos com o
Outro! *...
Há 5 meses
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