Ainda falando aqui sobre a minha vida de estagiário do Exército brasileiro, vou contar mais uma das participações, em minha prestação de serviços. Essa realmente com intervenção obrigatória na área pública.
Vamos então ao fato em si. Era uma noite fria e eu estava na minha segunda fase de estágio e naquela noite eu era o Oficial de dia ao Regimento e como era o primeiro serviço que prestava daquele tipo, não poderia estar aberto a grandes acontecimentos, pois planejava passar o meu plantão como um de serviço normal, sem nenhuma causa de difícil solução.
Mas qual nada, o que eu pensava foi para o brejo! E como no regimento tinham mais de três mil e quinhentos soldados, pois era o maior regimento da América Latina, estávamos sempre sujeitos a coisas raras, com acontecimentos fora da normalidade,
Por todos esses motivos, o oficial encarregado deste tipo de trabalho, era auxiliado por quatro aspirantes a oficial. Escala essa, que forçava a se programar um quadro de horários para cada um dos envolvidos, sendo que o principal comandante, era o tenente do grupo e esse teria que, por certo, pegar a escala de 2200 horas até 2400 horas, pois ele necessitaria estar plenamente liberado e descansado na parte da manhã às 6.00 horas, quando aconteceria a troca da guarda ao regimento.
Isso envolvia, em primeiro plano, a troca da guarda ao xadrez, por ser um dos locais que exigiam a maior segurança, pois devido aos tipos de diferentes crimes, levava a se ter presos a disposição da justiça militar e justiça civil.
Antes da entrega de todos os presidiários se fazia uma revista em cada cela, pela dupla de oficiais - o que se retirava do serviço e o novo que assumia o seu lugar de oficial de dia ao Regimento - .
E assim portanto, eu já havia elaborado as escalas do quadro de oficiais e ficava à vontade, pois a escala dos soldados era sempre do encargo do Sargento comandante da guarda.
Quando pensei em dormir tranqüilo, para acordar no dia seguinte descansado, pensando que o meu feito naquele preparo me proporcionaria uma noite sem problemas, qual nada, eu não sabia o que me aguardava pela madrugada afora...
Por volta de duas horas da manhã, o Sargento, comandante da guarda, me despertou dizendo claramente que estavam chamando ao telefone o oficial de dia ao regimento e sonolento, fui atender.
Sem demoras, o homem foi logo dizendo que era um dos responsáveis de um Centro Espírita localizado no Jacarezinho, e que estava com um problema muito grande dentro salão, pois um soldado do nosso regimento tinha ido assistir a uma sessão e tentado o suicídio. Naquele momento estava caído e tinha sangue no pescoço. Estavam ligando, porque não sabiam o que fazer.
Eu de imediato, pedi que o tal senhor o mantivesse lá, não o deixando sair, pois eu estava enviando uma viatura com um aspirante e soldados da guarda, para resgatá-lo.Pedi que se ele tentasse sair, diga que não o faça pois estamos a caminho.
Aquilo me causou um grande transtorno em toda a escala de serviços e eu que pensava que o meu primeiro dia de serviços seria uma moleza, vi que virou uma coisa completamente fora de lógica.
Aquela medida de última hora, levava a uma nova condição de mudança de horários, pelo menos de sete homens - um oficial, um cabo, e quatro soldados -sem considerar que eu também ficaria acordado à espera da volta da viatura.
Daí para a frente, eu fiquei acordado o resto da noite, pois a viatura levou mais de duas horas e meia, para ir e voltar da Vila Militar na Zona Oeste do Rio, para apanhá-lo na Zona Norte no Jacarezinho.
O dia já amanhecia, quando a viatura, chegou com o Aspirante e a guarda escoltando o soldado que tentara o suicídio, e ele me foi levado a minha presença, e eu fiz um rápido exame visual em torno do pescoço dele, e verifiquei que existiam os tais arranhões provocados pela lâmina de barbear, mas o sangue já estava seco, e naquele mesmo momento, o sargento da guarda chegou junto ao meu ouvido e me confidenciou que aquele soldado era da sua companhia de serviços e o que ele tinha feito devia ser um golpe, pois estaria envolvido no desaparecimento de um revólver que vinha sendo apurado por processo instaurado em um inquérito da nossa unidade de serviços.
Agradeci ao Sargento pela dica, e resolvi mandá-lo para um exame lá no HGVM (Hospital Geral da Vila Militar).
E fiquei a espera do resultado apurado no exame pelo hospital, e resolvi assim então denunciá-lo sobre aquela tentativa de obter um álibi , depois tudo que conseguiu armar, e que causou uma grande bagunça, no meu primeiro serviço de Oficial de dia ao Regimento.
Vamos então ao fato em si. Era uma noite fria e eu estava na minha segunda fase de estágio e naquela noite eu era o Oficial de dia ao Regimento e como era o primeiro serviço que prestava daquele tipo, não poderia estar aberto a grandes acontecimentos, pois planejava passar o meu plantão como um de serviço normal, sem nenhuma causa de difícil solução.
Mas qual nada, o que eu pensava foi para o brejo! E como no regimento tinham mais de três mil e quinhentos soldados, pois era o maior regimento da América Latina, estávamos sempre sujeitos a coisas raras, com acontecimentos fora da normalidade,
Por todos esses motivos, o oficial encarregado deste tipo de trabalho, era auxiliado por quatro aspirantes a oficial. Escala essa, que forçava a se programar um quadro de horários para cada um dos envolvidos, sendo que o principal comandante, era o tenente do grupo e esse teria que, por certo, pegar a escala de 2200 horas até 2400 horas, pois ele necessitaria estar plenamente liberado e descansado na parte da manhã às 6.00 horas, quando aconteceria a troca da guarda ao regimento.
Isso envolvia, em primeiro plano, a troca da guarda ao xadrez, por ser um dos locais que exigiam a maior segurança, pois devido aos tipos de diferentes crimes, levava a se ter presos a disposição da justiça militar e justiça civil.
Antes da entrega de todos os presidiários se fazia uma revista em cada cela, pela dupla de oficiais - o que se retirava do serviço e o novo que assumia o seu lugar de oficial de dia ao Regimento - .
E assim portanto, eu já havia elaborado as escalas do quadro de oficiais e ficava à vontade, pois a escala dos soldados era sempre do encargo do Sargento comandante da guarda.
Quando pensei em dormir tranqüilo, para acordar no dia seguinte descansado, pensando que o meu feito naquele preparo me proporcionaria uma noite sem problemas, qual nada, eu não sabia o que me aguardava pela madrugada afora...
Por volta de duas horas da manhã, o Sargento, comandante da guarda, me despertou dizendo claramente que estavam chamando ao telefone o oficial de dia ao regimento e sonolento, fui atender.
Sem demoras, o homem foi logo dizendo que era um dos responsáveis de um Centro Espírita localizado no Jacarezinho, e que estava com um problema muito grande dentro salão, pois um soldado do nosso regimento tinha ido assistir a uma sessão e tentado o suicídio. Naquele momento estava caído e tinha sangue no pescoço. Estavam ligando, porque não sabiam o que fazer.
Eu de imediato, pedi que o tal senhor o mantivesse lá, não o deixando sair, pois eu estava enviando uma viatura com um aspirante e soldados da guarda, para resgatá-lo.Pedi que se ele tentasse sair, diga que não o faça pois estamos a caminho.
Aquilo me causou um grande transtorno em toda a escala de serviços e eu que pensava que o meu primeiro dia de serviços seria uma moleza, vi que virou uma coisa completamente fora de lógica.
Aquela medida de última hora, levava a uma nova condição de mudança de horários, pelo menos de sete homens - um oficial, um cabo, e quatro soldados -sem considerar que eu também ficaria acordado à espera da volta da viatura.
Daí para a frente, eu fiquei acordado o resto da noite, pois a viatura levou mais de duas horas e meia, para ir e voltar da Vila Militar na Zona Oeste do Rio, para apanhá-lo na Zona Norte no Jacarezinho.
O dia já amanhecia, quando a viatura, chegou com o Aspirante e a guarda escoltando o soldado que tentara o suicídio, e ele me foi levado a minha presença, e eu fiz um rápido exame visual em torno do pescoço dele, e verifiquei que existiam os tais arranhões provocados pela lâmina de barbear, mas o sangue já estava seco, e naquele mesmo momento, o sargento da guarda chegou junto ao meu ouvido e me confidenciou que aquele soldado era da sua companhia de serviços e o que ele tinha feito devia ser um golpe, pois estaria envolvido no desaparecimento de um revólver que vinha sendo apurado por processo instaurado em um inquérito da nossa unidade de serviços.
Agradeci ao Sargento pela dica, e resolvi mandá-lo para um exame lá no HGVM (Hospital Geral da Vila Militar).
E fiquei a espera do resultado apurado no exame pelo hospital, e resolvi assim então denunciá-lo sobre aquela tentativa de obter um álibi , depois tudo que conseguiu armar, e que causou uma grande bagunça, no meu primeiro serviço de Oficial de dia ao Regimento.
Um dia pra lá de brabo! E que nunca mais saiu da minha lembrança.
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