Tinha eu dezoito anos ainda e minha mãe já plantava em meus ouvidos o interesse pelo mundo público e pelo mundo político.
Tentava justificar em suas conversas, o porque de manter logo na entrada de nossa sala principal, o retrato do Presidente Getúlio Vargas.
Eu procurava entender as afirmações de minha mãe de que se eu me interessasse pelo Serviço Público estaria garantindo a segurança do meu futuro.
Por mais que eu quisesse acreditar, sentia em mim uma grande descrença, pois nesses momentos lembrava-me das palavras de meu falecido pai que equiparava o serviço público ao privado, enfatizando que a ânsia do brasileiro em prestar um bom serviço é que determinaria seus caminhos profissionais futuros.
Tendo sempre em mente os conselhos de meu pai, nesse campo, mais fortes para mim do que os de minha mãe, pois desde os quatorze anos já trabalhava em empresa privada, fui prestar vestibular aos dezoito anos, consciente de que eu deveria atualizar os meus conhecimentos e complementar minha cultura geral, pela leitura diária dos jornais mais populares.
Desejando exercer meu papel de cidadania no campo político, busquei os dois caminhos do jornalismo. O da direita e o da esquerda.
Nessa busca elegi como meu jornal da direita, a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda e como meu jornal da esquerda, o jornal do povo, a Última Hora de Samuel Wainer.
Diariamente, pelos artigos publicados nesses dois órgãos da imprensa, eu tirava minhas conclusões, à parte de qualquer envolvimento político, para formar minha real opinião e identificar o que se tratava de verdade ou golpes de marketing.
Essa minha análise fluente não se deu à toa, embora estivesse eu ainda na tenra idade de participar desses entremeios políticos. O fato é que eu já havia trabalhado durante um bom tempo no Jornal do Commercio, um periódico secular de grande valor na mídia, o que me assegurou grande experiência nessa identificação.
O que movimentava a busca do povo por notícias políticas naquele momento de Brasil, era a grande rixa profissional entre os jornalistas Samuel Wainer e Helio Fernandes.
Veiculava-se nessa mídia, pelo próprio Helio Fernandes que o Presidente Getúlio Vargas teria se utilizado de dinheiro público para presentear o Samuel Wainer com o Jornal Última Hora, com o fim de defendê-lo perante o povo, contra as acusações constantes do Carlos Lacerda.
No entanto, essa rixa servia para colocar o povo, diariamente a par de tudo o que ocorria na política brasileira, exercendo assim, o papel real da imprensa.
Como seria bom se nos dias atuais, jornalistas daquele gabarito, cumprissem seu papel com fidelidade de posicionamento e mantivessem assim, o povo ciente da qualidade dos políticos.
Nesse caso, será que a Dilma teria sido eleita?
(Jorge Queiroz - 11/11/10, em ditado)
Fonte da imagem:quinarimanchete.blogspot.com
Tentava justificar em suas conversas, o porque de manter logo na entrada de nossa sala principal, o retrato do Presidente Getúlio Vargas.
Eu procurava entender as afirmações de minha mãe de que se eu me interessasse pelo Serviço Público estaria garantindo a segurança do meu futuro.
Por mais que eu quisesse acreditar, sentia em mim uma grande descrença, pois nesses momentos lembrava-me das palavras de meu falecido pai que equiparava o serviço público ao privado, enfatizando que a ânsia do brasileiro em prestar um bom serviço é que determinaria seus caminhos profissionais futuros.
Tendo sempre em mente os conselhos de meu pai, nesse campo, mais fortes para mim do que os de minha mãe, pois desde os quatorze anos já trabalhava em empresa privada, fui prestar vestibular aos dezoito anos, consciente de que eu deveria atualizar os meus conhecimentos e complementar minha cultura geral, pela leitura diária dos jornais mais populares.
Desejando exercer meu papel de cidadania no campo político, busquei os dois caminhos do jornalismo. O da direita e o da esquerda.
Nessa busca elegi como meu jornal da direita, a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda e como meu jornal da esquerda, o jornal do povo, a Última Hora de Samuel Wainer.
Diariamente, pelos artigos publicados nesses dois órgãos da imprensa, eu tirava minhas conclusões, à parte de qualquer envolvimento político, para formar minha real opinião e identificar o que se tratava de verdade ou golpes de marketing.
Essa minha análise fluente não se deu à toa, embora estivesse eu ainda na tenra idade de participar desses entremeios políticos. O fato é que eu já havia trabalhado durante um bom tempo no Jornal do Commercio, um periódico secular de grande valor na mídia, o que me assegurou grande experiência nessa identificação.
O que movimentava a busca do povo por notícias políticas naquele momento de Brasil, era a grande rixa profissional entre os jornalistas Samuel Wainer e Helio Fernandes.
Veiculava-se nessa mídia, pelo próprio Helio Fernandes que o Presidente Getúlio Vargas teria se utilizado de dinheiro público para presentear o Samuel Wainer com o Jornal Última Hora, com o fim de defendê-lo perante o povo, contra as acusações constantes do Carlos Lacerda.
No entanto, essa rixa servia para colocar o povo, diariamente a par de tudo o que ocorria na política brasileira, exercendo assim, o papel real da imprensa.
Como seria bom se nos dias atuais, jornalistas daquele gabarito, cumprissem seu papel com fidelidade de posicionamento e mantivessem assim, o povo ciente da qualidade dos políticos.
Nesse caso, será que a Dilma teria sido eleita?
(Jorge Queiroz - 11/11/10, em ditado)
Fonte da imagem:quinarimanchete.blogspot.com
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