
Por esse motivo, nas épocas das eleições eu costuma praticar uma observação contínua na forma como minha mãe fiscalizava os políticos da imprensa empossados pelo povo.
A cada eleição, eu, como jovem inexperiente, verificava que a minha mãe sempre enviava correspondências aos redatores-chefes e proprietários de jornais, onde deixava claro suas opiniões e sugestões.
Um desses jornais para o qual ela escrevia era o jornal O Dia, cujo diretor e redator-chefe era o Sr. Chagas Freitas e minha mãe, como lhe endereçava cartas com constância, passou a conhecer também sua esposa Dona Zoé. Essa comunicação entre minha mãe e Chagas Freitas ficou tão estabelecida que, se por qualquer motivo, essas cartas rareassem por parte de minha mãe, ele lhe escrevia indagando sobre o que ocorrera. Minha mãe, com sua racionalidade e objetividade sem par, respondia dizendo que naquele momento não tinha nenhum assunto novo a tratar.
Minha mãe sempre lhe garantia fidelidade política e foi seu grande cabo eleitoral junto a família e vizinhança, ajudando a elegê-lo vice-governador e posteriormente governador.
Nessa função que ela mesmo se atribuiu de cabo eleitoral, ajudou a eleger também o Miro Teixeira, por indicação do Chagas Freitas.
Essa forma de ser de minha mãe, deixou-me sempre alerta, obediente até hoje aos seus ensinamentos sobre questionamentos que,como cidadãos brasileiros devemos fazer.
(Jorge Queiroz - 12/11/10, em ditado)
Fonte da imagem:oglobo.globo.com
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