Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre a morte do meu pai, Jorge Queiroz da Silva...

Como dizer ao nosso Deus que Ele foi injusto? Como mover o coração na direção contrária? Em muitos momentos de nossas vidas perguntamos: onde está esse Deus? A resposta é simples: Deus está no mesmo lugar desde a criação do Universo, no seu Santo e Sublime Trono. Nós, personagens de sua criação, é que esquecemos onde Ele está e do que Ele já fez, e lhe damos as costas.
Deus perguntou a Jô, em seu livro, onde estavas tu quando Eu criei todas as coisas?
Sabe, Deus é infinitamente misericordioso e não consigo ficar triste pelas suas decisões. Não cai uma folha de uma árvore sem seu consentimento e Ele sabe exatamente quantos fios de cabelo tem em sua cabeça.
Na Bíblia se lê que Deus fez a terra com suas mãos, medindo cada palmo com precisão. E eu, na minha humilde imaginação, vejo esse Deus fazendo os montes com suas próprias mãos, removendo terras e pedras de um local para o outro e assim, fazendo profundos vales que Ele mesmo encheu de águas limpas, que o homem sujou. Esse mesmo Deus rasgou a terra com seu dedo indicador e fez os rios. Deu calor ao planeta, acendendo seu interior que, com o tempo, necessitaria de alguns escapes. Aí esse Deus, com o seu dedo indicador, perfurou a terra e criou os vulcões. Está escrito também que esse mesmo Deus repousa seus pés sobre as nuvens.
Imagine agora o tamanho deste Deus. A sua grandeza e majestade. Estamos aqui por causa da sua infinita misericórdia que se renova a cada manhã.
Então, como me revoltar contra este Deus? Como me entristecer, sabendo que Ele cuida de mim e de você.
Temos que olhar sempre na direção do seu Trono e que nada possa mudar o nosso amor por Ele, aceitando suas decisões e revendo nossos conceitos. Através de Jesus, Ele se fez libertador e através de nós Ele se faz presente.
Que Deus seja presente sempre em nossas vidas, para aceitarmos tranqüilos aquilo que está decidido nos céus. Receba as bênçãos sem medida que vem do Trono de Deus. Amém!
(Luiz Claudio Queiroz da Silva - 28/06/11)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Oi, amigos

Como vocês já devem ter percebido, nosso querido Jorge Queiroz da Silva, nos deixou, sùbitamente no dia 05 de junho.
A riqueza dos seus escritos, diários, vai fazer com que eu , sua esposa e seus filhos, dêem seguimento ao blog, da forma pela qual formos guiados.
Hoje, é o vigésimo primeiro dia sem ele e confesso que minha dor não me permitia voltar à rotina, sem amarguras.
Tentando me reerguer dessa profunda dor, volto hoje, como sei  que era o seu desejo, a publicar.
Registro aqui, um depoimento do querido blogueiro Agostinho Lopes (Salada Brasileira):
Jorge... Vamos inverter a frase do "Pai Noss": Assim no céu, como na terra. Que agora, do céu, tu possas continuar nos dando forças para seguir em frente com tudo o que acreditavas, sempre permeado pelos valores que você cultivou "do lado de cá da vida". Estejas com Deus!
(Adir Machado Vieira Queiroz da Silva - 26/06/11)

domingo, 5 de junho de 2011

O curso de matemática financeira da Fundação Getúlio Vargas, que eu não teria se não fossem os meus colegas de turma !


Era final dos anos sessenta e eu funcionava como empregado no quadro de uma construtora, como assessor administrativo e financeiro do Diretor daquela mesma área.Como formação profissional, eu era ainda cheio de vícios, pois era um remanescente de trabalhos em planejamento industrial, bem diferente daquele novo tipo de serviços.A minha função anteriormente, se destinava a análise dentro do saber planejar os passos de uma indústria química e farmacêutica. Assim, naquele momento era eu, na indústria da construção civil, um verdadeiro calouro, pois até então, só lidava com químicos e farmacêuticos, que discutiam fórmulas, conservadores e testes.E como as indústrias,quaisquer que sejam, estão sempre desejosas de um crescimento imediato, impõem como primeiro passo no seu objetivo a realização de um melhor caminho na sua produtividade.Assim sendo em conseqüência, buscariam um melhor desempenho financeiro e, com isso, acreditava que para mim, tudo seria igual, nada mudaria na minha forma de trabalhar. Somente o meu campo de atuação mudaria, pela grande diferença entre construir prédios e fabricar remédios.Mas a lógica do ensino técnico, me faria levar Isto com calma e até uma certa tranqüilidade, pois sou e serei sempre confiante nos meus conhecimentos básicos e na minha experiência em planejamento, que já era acima de dez anos de trabalho.Eis que, num belo dia, o meu diretor, o Francelino, me chama e me diz -gostei do estudo inicial que você fez de nossas obras terminadas e também das que estão em andamento, e por este motivo, tomei a liberdade de te matricular num curso na fundação Getulio Vargas, de pós graduação, em administração financeira, para agregar você em novos estudos e novos conhecimentos. O curso começa na próxima segunda-feira. - Na Fundação, o primeiro dia foi o de apresentação ao quadro de professores de cada matéria, e eu observei que todos eram na sua maioria, professores que, simultaneamente, ocupavam cargos de Gerência e Diretoria em grandes empresas, como General Eletric, Petrobrás, Hoctife do Brasil, Supergasbras, CPRM, Embratel e outras.Vem então o meu primeiro dia de aula, e pego de cara a aula de matemática financeira, e o professor que não vou citar nome, se apresenta, e diz que vai fazer uma explanação inicial, e focaliza no quadro negro, os caminhos que ira tomar em relação ao desenvolvimento daquela matéria, e faz a alguns alunos perguntas inerentes as origens de cada um.Chega então a minha vez e ele me pede que fale da minha empresa, e eu afirmo, sou novo admitido há três meses, e fui colocado aqui para ajudar a empresa a sair do buraco, ela tem qualidade e boas obras, mas está em dificuldades de controle, com a mudança e a retirada das letras imobiliárias do nosso mercado financeiro, o que está prejudicando minha empresa nas suas novas operações, tudo graças ao BNH recém- instalado em função do FGTS.Foi então que de imediato ele disse, não vim pra cá pra ensinar a ninguém a sair do buraco, eu vim única e exclusivamente para elucidar aos alunos que são executivos a utilizarem o processo mais útil a aplicar na sua firma, e complementou - o senhor se retire da sala de aula, pois a minha aula jamais servirá para o senhor utilizar no quadro que me apresentou -Aí então o inesperado aconteceu, o restante da turma do quarenta e cinco alunos se levantou dizendo para ele: - calma, muita calma professor, se êle tiver que se retirar da sala, nós todos o acompanharemos , entendeu MESTRE? –E assim eu permaneci no curso até o final, e sempre preocupado que ele poderia sabotar as minhas provas para que eu não chegasse a diplomação. Mas ao final do curso êle me pediu desculpas, por tudo o que aconteceu e fiz e por isso o maior agradecimento a todos os meus corajosos e valentes colegas turma.
(Jorge Queiroz - julho/2010)
Fonte da imagem: intrometendo.com