Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

domingo, 28 de agosto de 2011

Cuidados com a saúde, um desafio diário!

Ser saudável será sempre o maior desafio do homem, porque a cada novo século, instalam-se novas doenças.Para quem, normalmente, só consegue viver a duras penas, no máximo cem anos, não terá condição portanto, de acompanhar as mudanças, que a ciência faz, no sentido de controlar as epidemias, que assustam a humanidade. Não devemos esquecer, que o século que terminamos agora, o nosso século vinte, foi um período clássico, em descoberta de novas doenças, e juntamente com o avanço da tecnologia, o homem fez de tudo para enfrentar, os efeitos predadores da saúde humana. Devemos lembrar, que neste século, tivemos a instalação de diferentes epidemias, que trouxeram o surgimento de novas descobertas, na área da medicina clínica, que em razão deste veloz, crescimento, provocou um rápido desenvolvimento, na modernização dos diferentes equipamentos, que hoje podem, analisar e acompanhar com muito mais critério, cada caso médico.Quisera eu, que o meu pai, conhecesse as mudanças na área médica, mas foi pena, que elas, só se processaram após a Segunda guerra mundial. Exatamente o período em que um colapso cardíaco lhe sacou a vida, precisamente aos trinta e sete anos, e que me deixou angustiado com uma perda remota, de um ser humano, que nunca havia se lamentado sequer, de uma leve dor de cabeça. E hoje, eu um adulto, já amadurecido, paro para pensar na primeira profissão, que se criou no mundo, o médico, que além de tudo deveria ser naquela época, um astrólogo ou um profeta, assim como, os pajés das tribos indígenas. As doenças sempre se instalam, nas crises da humanidade, sejam elas, durante as guerras, durante ao progresso tecnológico, durante as grandes concentrações dos projetos sociais, musicais ou culturais. Eu ouvia falar na minha infância , da febre “espanhola”, da morféia ou a hanseníase, a comumente chamada de “lepra”, e depois então, do temido câncer. Sem falar, daquelas mais comuns, como a febre amarela, a cólera, a elefantíase, e a mais comum delas todas a tuberculose. Eu sou do tempo em que ao espetar um prego enferrujado no pé, a providência a ser tomada, era aquela, em que o prego, deveria ser imediatamente, espetado em uma cebola, para que todo o mal do acidente, passasse para a cebola e não trouxesse a febre do tifo, ao acidentado, assim como, que toda hemorragia causada por um corte, deveria ser estancada, com aplicação de açúcar, misturado a teia de aranhas. Parece ridículo, mas era a pura verdade, e não é que surtia efeito?Acredito eu, que todas estas doenças, e outras tantas já mais modernas, já deveriam existir, mas as mazelas dos equipamentos, daquela época, não deixavam que a ciência avançasse nas novas descobertas da cura. Mas hoje em dia, vivemos cercado de informações, que mesmo assim me fazem pensar que cada caso é um caso. Eu canso de ouvir dizer, que o uso indiscriminado da aspirina , levam a morte, e eu no entanto, pela informação eu me arrisco muito , pois sou um abusado consumidor deste produto, e faço uso dele há mais de 25 anos, tomando uma diariamente, serei eu, um superdotado, ou serei um protegido pelos deuses, confesso que às vezes, tenho medo de tomar, mas acho que meus hábitos alimentares, por serem diferentes, com muito sal e com muito açúcar e com muita água, me protegem de qualquer agressão do ácido acetíl salicílico. Sei que normalmente eu posso cometer excessos, e não posso esquecer do tempo em que operava, com o mercado financeiro, onde era o encarregado de aplicações financeiras, de grande vulto, e que este mercado tinha inicio exatamente às nove horas da manhã. Antes de chegar ao trabalho, passava habitualmente numa lanchonete, e pedia ao garçom um choque bem forte de colesterol, por eu ser um freqüentador diário naquele horário, ele já sabia o que preparava para mim, um copo duplo de leite batido, e reforçava com o acompanhado de dois ovos quentes mexidos e salgado, que por ser tão forte, imediatamente após a ingestão, me transportava para um estado de calma total, que me daria condições, para encarar aquele trabalho nervoso, e excitante e eu ainda era bem sádico com a minha saúde, naquele momento, eu gostava de ouvir o Bum! nos meus ouvidos, provocados pela ingestão de tanto colesterol reunido, mas que loucura!E não é que dava certo? Só assim, eu podia ficar imunizado diante da loucura do mercado financeiro, pois a minha responsabilidade de aplicar milhões de dólares seria bem tranqüila... Hoje, acho até que fui protegido pelos deuses dos grandes negócios financeiros!
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem:paranavainet.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Educação sexual, um jogo perigoso!

Até os dias de hoje, o tema em questão sempre foi e será, um jogo perigoso. Que bom seria, se todo o homem do mundo, fosse heterossexual, mas a diversidade de vida e os conceitos de educação moderna , os hábitos de família e os segredos do corpo, juntam-se à curiosidade da mente do ser humano, modificam os caminhos de vida e obrigam as pessoas a se identificarem, dentro dos seus mistérios e a sair em busca da sua boa forma de relacionamento.Por este motivo, nunca devemos contestar, nem tentar alterar os diferentes tipos de grupos, sejam eles, homossexual, heterossexual, bissexual, ou qualquer um outro tipo, que venha a surgir na humanidade futura.Devemos sim, aceitar as diferentes formas de vida e escolher sem nenhum trauma, a nossa forma ideal de relacionamento, buscando sempre um entendimento e um relacionamento normal. Só assim estaremos contribuindo para que a vida caminhe para um mundo melhor, sem medos e traumas. O normal de uma vida, seria aceitarmos as indicações das nossas origens, ou sejam, de pai e mãe. Mas infelizmente, nem todas as pessoas tem a oportunidade de conhecer seus pais e tem que ser moldados, em suas buscas de personalidade, por aquelas que o mundo lhe apresenta.Eu por exemplo, quando mais a presença de meu pai, seria importante em minha vida, sofri um duro golpe, o perdi aos onze anos de idade, e pela forma como se conduziam as mães daquela época, eu teria de entender, que a busca da minha formação, seria sempre um mistério, o que me levaria com certeza, a observar os diferentes tipos de vida, que me cercavam, e assim, retirar daqueles exemplos, um caminho para mim. E hoje tenho absolutacerteza de que as personalidades se formam individualmente, e jamais seguem outras indicações para formarem a personalidade ideal.Isto se passa de pai para filho, e este entendimento de busca do caminho, será sempre difícil, haja vista, que tenho três filhos, e acompanhei o crescimento, e todas as associações de vida, das quais eles participaram, mas jamais interferi, na rotina normal de suas buscas de personalidade.Creio que isto é , na realidade, um peso genético e em grau muito forte, tornando-se o principal elemento de formação de qualquer grupo familiar.Como exemplo, cito a história, de uma pessoa da minha família, que muito preocupada com seu filho, que julgava já estar em idade de conhecer, o que seria realmente uma relação sexual , me pediu que o levasse para sua primeira experiência.Muito melindrado com aquela história, ainda argumentei, que nem aos meus filhos, eu tinha mostrado aquele caminho, mas a familiar insistiu muito, e disse que precisava de ajuda, pois seu filho era problemático e não tinha pai. Relutei em atender a seu pedido, pois não conhecendo a Cidade onde moravam, eu teria muita dificuldade em levá-lo a um lugar calmo e seguro.Mesmo assim, aceitei. Em direção ao Centro da Cidade, ainda sem nenhuma idéia, pensei em abordar um rapaz do local , para que nos ajudasse na indicação. E assim fiz, crendo que ele seria o guia ideal para tal evento. Seguindo as suas indicações, chegamos a um bairro distante, local pouco iluminado e cheio de casas decoradas por luzes vermelhas, com dezenas de carros estacionados nas redondezas. Parei o meu carro e observei tudo, pedindo a Deus que nos ajudasse naquela perigosa empreitada. Descemos e nos dirigimos a uma daquelas casas, e ao entrar observei, que o “calango” comia solto, e as pessoas ficavam no salão, como se estivesse ali para dançar. Enquanto lá estavam, faziam refeições ligeiras, que eram servidas por garçonetes, que faziam o papel das mulheres, que completariam os destinos dos homens que ali estavam na realidade para transar. Eu então, com o intuito de facilitar as coisas, fui logo dizendo para uma das garçonetes que o objetivo da nossa estada lá, era trazer o rapaz para conhecer de perto uma mulher. A garçonete respondeu, informando que tudo lá era cobrado junto, a alimentação, a bebida, o quarto e a mulher. Pedi que fizesse a conta da comida, mais duas mulheres, e o aluguel do quarto, pois somente os dois rapazes iriam participar , enquanto eu ficaria no salão aguardando e bebendo uma cerveja. Assustei-me com uma conta astronômica,que todo o meu dinheiro do bolso, não dava para pagar. Bastante nervoso, disse à garçonete, se ela estava pensando que eu era um boboca ignorante. Frizei que era do Rio de Janeiro, e nem o melhor restaurante de lá, cobraria tanto por um serviço daquele tipo. A garçonete entrou em contato com a gerência, e voltou acompanhada de dois policiais, devidamente armados até os dentes, que mais pareciam dois cães danados. Com a fisionomia pronta para me assustar, os dois me convidaram para entrar e, lá no escritório, conversar com a dona fulana, a tal cafetina, que apressou-se a perguntar-me se eu iria ou não pagar. Muito atrevido e sem qualquer espécie de medo, respondi que iria pagar o justo valor, pois conhecia os preços de comida, e como não havia ocorrido sexo, iria pagar o que achava correto, sem antes dizer em voz alta, olhando firme no olho da madame e no dos policiais, que era carioca da gema, conhecedor de samba, de comida e de bebida, e que as minhas credenciais eram ser brasileiro com carteira de reservista número tal, oficial da reserva do exército, carteira profissional, vacinado e outras coisas mais, e que não iriam me intimidar nunca, e o preço certo, para a comida e a bebida que havíamos consumido era o que eu estava jogando encima da mesa. Voltei a olhar severamente para os policiais. Em seguida chamei os meninos e fomos embora.Observemos que o risco de uma operação como aquela, é trazer à tona a vontade de uma mãe para identificar as características, que vão definir somente o sentido de que o seu filho será um homem normal, faltando, no entanto, a consideração principal, aquela que nos avisa que as coisas comuns ao sexo, devem se manifestar naturalmente, pois os nossos caminhos já estão marcados em nossa vida.
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem:zelmar.blogspot.com

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O máximo do otimismo

Meu pai me contou que existia no interior de Pernambuco uma família de lavradores assentados, cuja prole era por demais desenvolvida e a todo momento, nascia uma nova criança, para o patriarca-chefe, que tinha como rótulo, o nome de Crescêncio da Vida no Campo.Era um homem forte, de muita fé, pouca cultura, muita saúde e dono da maior dose de otimismo.Segundo soube, buscava sempre novos motivos para dar o nome de batismo aos seus filhos, dentro dos seus preceitos de crença, para transferir a cada filho com otimismo, a nova vida que ali desabrochava.Ele era um cidadão muito conhecido e respeitado e observado pela maneira simples e sadia que avaliava a sua vida.Excelente trabalhador, homem de pulso forte, tinha por única distração, ouvir um pequeno rádio de pilha, para se atualizar com as notícias do campo e que por certo, reciclariam as novas alternativas do seu trabalho na agricultura.Só assim, acreditava, poderia enfrentar os males das doenças comuns, na sua pequena roça, pobre de recursos hídricos e sem nenhum apoio governamental.Era possuidor de uma prole altamente otimista, com nomes bem caracterizados.Mesmo não sendo conhecedor de numerologia, que hoje em dia, se faz presente na vida de muitos famosos artistas, empresários e políticos, o Crescêncio sabia aplicar os prognósticos da boa-sorte aos seus filhos,através dos nomes de batismo.À primogênita, chamou ESPERANÇA!,À segunda,CONQUISTA!,À terceira,SEGURANÇA!,À quarta,FLORESCIDA!,Ao quinto,CHUVISCO!,Ao sexto,BROTADO!,Ao sétimo,COLHIDO!,Ao oitavo,ENSACADO!,Ao nono, VENDIDO!,Ao décimo,COBRADO!,Ao décimo primeiro, RECEBIDO! eAo décimo segundo, DEPOSITADO!Fiquei surpreendido com o otimismo daquele brasileiro que teve esperança e usou todos os critérios de nomes,para que o levasse e aos filhos, ao sucesso no seu trabalho no campo.Acredito eu que nos dias de hoje, ele deve estar cercado apenas dos nomes otimistas do seus filhos, mas deve viver amargurado e preocupado, pois o nosso Governo destruiu o sonho dos otimistas, a esperança da conquista, a segurança florescida, o chuvisco do brotado, apodrecendo o colhido e ensacado, o vendido e não cobrado, e que do jeito que vai indo, nunca deverá ser depositado.Pobre homem, otimista, num país sem clima de conquistas, num país de governo do papofurado, que só faz com que pensemos em usar apenas a nossa preguiça.
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem:blogalize.net

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sonhe sempre, mas sonhe e busque a vontade de Deus

Não de canso de afirmar que nossos desejos se realizam no nosso tempo. Na verdade, o tempo de Deus é outro.

Recebi o Salmo 23, via e-mail, e ao fim do texto, afirmava que meu pedido seria atendido... Será que determinar para Deus quando Ele deve agir está correto? Será que, se for atendido, não seria satanás atendendo para que sua desobediência a Deus permaneça? Determinar a Deus quando Ele deve agir é um engano que satanás tenta colocar em nossas mentes.

É uma tentação receber bençãos conforme a nossa vontade e quando a nossa vontade se manifesta. Seria muito bom se tudo pudesse ser simples assim como a leitura de um texto, principalmente sem usar de FÉ...

Se tudo fosse simples assim, não haveria fome nem dor. A fé é o fator fundamental que realiza nossos sonhos, mas apenas quando estes sonhos se confirmam na vontade de Deus.

Cuidado, nunca determine quando nem como Deus deve agir na sua vida!

Sonhe sempre, mas sonho e busque a vontade de Deus. Só assim seus sonhos estarão de pé...

(Luiz Claudio Queiroz da Silva - 19/08/11)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Siga com fé...

Siga com fé...

Muitos dizem que Deus tem sempre o melhor pra mim e pra você. Mas quando ficamos doentes? E quando perdemos o emprego? E quando perdemos alguém que muito amamos de forma prematura? O que dizer? Neste momento, gostaria de dizer algo.

Todas as coisas contribuem para o crescimento daqueles que amam a Deus, diz a sua palavra. Necessitamos de um renovo em nossas vidas por muitas vezes. Mas esse renovo nem sempre é da forma que desejamos e sempre se cumpre a vontade d’Ele. Mas como entender essa vontade?

Quando somos contrariados, achamos que nada está dando certo, mas esse é o momento de Deus saber aquele que é ou não é forte para reagir, mudar, suportar ou mesmo desistir. Deus deseja o melhor e quando estamos fora da Sua vontade, Ele nos mostra o caminho, mas insistimos naquilo que é o nosso desejo. Então algo vai acontecer para que mudemos a nossa direção e aí ficamos tristes com Deus.

Buscar a Sua vontade é sempre o mais difícil, mas com força e coragem, creio ser possível. Levando em conta que sem fé é impossível agradar a Deus, vá em frente e lute. O melhor caminho é aquele que Deus tem para nós nas suas promessas. Siga com fé...

(Luiz Claudio Queiroz da Silva em 19/08/11)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Papo de botequim

O botequim, não é, sòmente, o lugar de tomar umas “biritas” ou lugar de se provocar o “vizinho da mesa ao lado" ou lugar de chatear o garçom com os pedidos impossíveis, ou mesmo, lugar de pedir ao crooner do conjunto, para repetir a mesma música, pelo menos umas duzentas vezes.Principalmente, nunca deverá ser o lugar, de permanecer na hora que o seu proprietário quiser fechar o estabelecimento, e já tenha insistido por várias vezes, para você não pedir mais nada.Feche sua conta e vá para casa com “Deus”, para que ele tenha o seu descanso, para poder funcionar no dia seguinte.O botequim, na minha observação, tem a sua representação de cultura popular, e é de especial importância, pois ali, se mede a capacidade mental, de cada um dos seus freqüentadores, que no botequim avaliam suas idéias.Ali, ainda se discute política, se derrubam governos, se criticam os chefes, se armam as revoltas, se descobrem os “chifrudos”, se fala de música e futebol, e por fim, se descobre, qual o homem que respeita a sua família, ama os seus filhos e admira a sua mulher, e, sobretudo, sabe limitar a dose do seu copo de bebida, para não prejudicar o bom andamento de sua vida.O botequim tem o seu “charme”, e desde que os portugueses, para cá vieram após o descobrimento, precisamente há mais de 500 anos, eles representam o ponto de encontros de invasores, colonizadores, poetas, jornalistas, militares, legisladores, artistas, cantores, compositores, professores, juízes e aposentados.Dou-lhe assim, o primeiro conselho:Ao freqüentar um “botequim,” por qualquer motivo, seja para dar uma descansada, para tomar um refrigerante, cerveja ou mesmo uma pinga, se acontecer daquele freqüentador assíduo, se aproximar de você, puxando aquele "papo", com os olhos fixos nos teus olhos , e com aquele bafo de onça, não tenha medo.Se ele chegou perto, foi porque confiou em você. Troque com ele, um papo rápido e sadio e seja cortês e nunca não deixe de guardar na memória, tudo o que foi conversado naquele instante.Se por um acaso, num futuro próximo, numa nova visita àquele mesmo botequim, você esbarrar com ele novamente, tome como regra básica, repetir com ele aquele papo, o que vocês tiveram anteriormente, e caso você conclua que ele não se lembrou de nada, disfarce, e vá saindo de fininho, se possível sem ser visto, para que ele não perceba, pois ele demonstrou, ser um beberrão irresponsável, tendo já a bebida destruido os seus neurônios.No futuro, ele poderá prejudicar a convivência, e não existirá mais o papo de bons amigos. Não perca seu tempo, faça tudo discretamente, sem deixar que ele perceba que está sendo um discriminado.Lembro bem, que quando mais jovem, eu assistia com muita indignação, os conhecidos serem retirados de uma mesa de botequim pela mãe ou pela mulher, quase à força, visto que seus familiares os aguardavam , com a macarronada de “domingo”, que por sinal já tinha sido requentada, várias vezes.Insistiam em não largar aquele papo firme, agarrado ao copo de cerveja e todo final de semana, em busca da cultura “botequitineira".Ora, meu povo, vamos pregar a cultura biriteira, mas não tanto assim, não devemos esquecer da família, ela exige a presença, e portanto sempre beba, junto dela.Temos a obrigação de analisarmos as pessoas que se abrigam nos bares, ali por vezes, encontramos os artistas e poetas, que se inspiram sòzinhos acompanhados de um copo de cerveja, e criam coisas maravilhosas, vide o poetinha “Vinícius de Moraes,” e a sua inseparável dose de wisckey, vide “Ferreira Gullar” o poeta do nosso Rio.E para provar isto, à coisa de uma semana, parando em um botequim para me refrescar com um copo de água mineral, deparei -me com um professor, proprietário de Colégio, que me pediu para dar uma olhada no livro de minha autoria que eu folheava enquanto bebia.Com humildade, entreguei meu livro para que ele visse e para surpresa minha, ouvi dele o seguinte comentário, eu também escrevo, já escrevi três peças de teatro, estou hoje aqui, porque me aborreci com meu filho, que não quer saber de estudar, e aqui estou, ao lado desta cerveja revisando os meus conflitos.Pensativo, afirmou gostar do meu estilo de escrever, perguntando-me se eu nunca havia pensado em escrever uma peça de teatro. Prosseguimos conversando aí então eu deixei para ele uma frase:- veja que não adianta ficar mergulhado em conflitos, compreenda a vida. Existem na vida, dois tipos de pessoas, um que nasce para receber e outro que nasce somente para dar. Procure se identificar, se você é aquele que na vida só recebe ou aquele que sempre dá.Respondeu-me ele que tinha valido muito a pena ele ter ido ao botequim tomar umas cervejas, pois, depois de minha afirmação, saia de lá outra pessoa!Portanto, não faça do “Botequim”, um atalho constante em sua vida, mas de vez em quando, dê uma passadinha nele, e eu te garanto que você vai aprender muito, pois vai buscar em outras pessoas, modelos para implantar em sua vida.Não faça do copo de cerveja uma condenação, mas sim, uma satisfação, e procure delimitar o tamanho do seu gole.Eu, por acaso, já assisti serem tratados grandes negócios, em mesas de bares.Na época em que dirigia uma empresa de construção civil, testemunhei em algumas churrascarias, várias associações importantes, para incorporação de grandes investimentos, e lá também já recebi convites para freqüentar igrejas, e participar do quadro de palestras religiosas, para dar exemplos de vida, só que não aceitei a nenhum deles, pois acho que na vida não se dá exemplos, vida simplesmente se vive! 
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009) 
Fonte da imagem:mundopublico-universosparticulares.blogspot.com

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Chover no molhado

Como estou cansado de ouvir coisas do tipo: “” eu sou do tempo em que as crianças colocavam os seus sapatinhos na janela...”” “”que usar um pé de coelho dava sorte...”” “”que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher...”” “”que duro com duro , não faz bom muro...”” “”que a esperança é a última que morre! ... “”que quem náo gosta de samba bom sujeito não é!...”” “”que aqui se faz , aqui se paga...”” “”que o bom cavalo se conhece pelos dentes...”” “”que Deus ajuda a quem cedo madruga...”” “”que quem conta um conto ganha um ponto... “” “”que quem pagou para ver...”” “”que faça por ti, que eu te ajudarei...”” “”que mais vale um pássaro na mão, do que dois voando...”” “”que o tiro saiu pela culatra...”” “”que de músico , poeta e louco, todos nós temos um pouco...”” “”que a verdade é para ser dita...”” “”que sonhar não custa nada...”” “”que a felicidade é quase nada...”” “”que estou com a pulga atrás da orelha...”” “”que tudo é o destino...”” “”que o bom filho a casa torna...”” “”que poupar é garantir o futuro...”” “”que puleiro de pato é no chão...”” “”que o marinheiro é de primeira viagem ...”” “”que eu estou na sombra do boi...”” “”que onde vai a corda, vai a caçamba...”” “”que quem vê olhos , não vê coração...”” Quantas e quantas linhas eu ainda poderia escrever a respeito dos velhos ditados que pararam no tem po ? Que saudades !!! Que bom tempo aquele em que os ditados ainda valiam alguma coisa... Hoje, se o meu avô ressuscitasse, ia levar um grande susto... Jamais poderia colocar os sapatos na janela por causa dos ladrões. A esperança já faleceu... O louco já matou o poeta e músico... O stress já perturbou o sonho... A felicidade já custa mais de um milhão de dolares... A pulga já não fica mais atrás da orelha... Quem cedo madruga é otário ou pião... A vaidade já tem preço... O boi está dormindo na sua sombra e passou a ser um grande egoísta... O tiro não saiu pela culatra, mas entrou na cabeça de um de nós, pobres coitados... A mentira passou a ser a verdade... A corda não tem mais caçamba; amarraram os donos com ela... E quem deu aos pobres está, hoje, tentando receber de Deus... Quanta patifaria! Que mundo louco! Será mesmo chover no molhado...
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem: campodefloresamarelas.blogspot.com

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O dia em que uma sogra se deu mal


Ser genro é um papel difícil, haja vista as afirmações no cotidiano da vida de certos casais.
As sogras exigentes da época antiga, para fazerem valer o contrato de casamento, exigiam dos pretendentes de suas filhas realizações que caracterizassem um noivado, tais como, jamais estarem a sós com a noiva, um bom emprego que garantisse a noiva melhores condições do que as atuais e, sobretudo, especulações sobre a carreira profissional do futuro genro que deveria aspirar a cargos elevados no comércio ou a uma posição de destaque em qualquer outro ramo.
Durante o noivado do meu primeiro casamento, isso há cerca de quase sessenta anos atrás, eu assisti, com bastante revolta a má-vontade que imbuia a personalidade das sogras daquela época. Para que vocês possam atestar o que eu senti, relato nas próximas linhas, o que ocorreu.
Minha futura sogra havia adquirido uma nova residência e estava com dificuldades de lá alocar todos os seus móveis e utensílios, considerando a disposição espacial do novo local, totalmente diferente do anterior. Eu, então, expert em gráficos e croquis, bastante experimentados na área industrial onde em trabalhava, me ofereci para ajudá-la. Sendo assim, preparei um croqui com desenhos e escalas de medição e orgulhoso do meu trabalho, corri para apresentá-lo, quando com a imponência habitual das sogras, recusou meu trabalho, desmerecendo-o, pois, segundo ela, não iria precisar daquela “porcaria”.
Verdadeiramente acanhado e pressionado por ela, mas orgulhoso da minha obra, não tive a coragem necessária para rasgá-la e a guardei comigo no meu escritório de trabalho.
No entanto, como a justiça tarda mas não falha, no dia da mudança eu estava presente e de posse do croqui.
Presenciei um corre-corre infernal dos carregadores obedecendo as ordens de minha futura sogra. Ali, ninguém se entendia. Os móveis depois de montados tinham que ser desmontados por não caberem no local designado por ela. Após mais de três horas de trabalho ineficaz, ela teve que entregar os pontos e pedir minha ajuda. Saboreei minha vingança, quando ela me perguntou se eu ainda tinha o croqui.
Não deveria, estou certo disso. Mas, mesmo assim, apresentei-o a ela, que o passou ao montador que rindo, respondeu: -“agora vai, madame!”.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 02/06/11)
Fonte da imagem:anuncios-gratis.floy.c...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A liberdade da comunicação

Eu ainda criança, não compreendia a falta de liberdade na comunicação, que me fazia ficar revoltado, e sem poder entender, como aconteciam a invasão dos carteiros dos “Correios”, nas residências.Eles adentravam, acintosamente, para contar a dedo, quantos aparelhos de rádio, nós possuíamos em nossa casa.Eu , por não aceitar aquela intromissão, sempre perguntava a minha mãe, os motivos daquela invasão do carteiro, e ela sempre me explicava dizendo, que com a invenção e a difusão do rádio no mercado mundial, nos éramos obrigados a pagar uma taxa, para cada rádio adquirido, e teríamos sempre a obrigação, de registrarmos aqueles aparelhos na sede dos Correios, pois o Governo alegava, que os rádios roubavam as notícias internacionais, que até então chegavam, e eram dadas pelos “Correios”.Assim, o Governo se sentia lesado , pois ganhava dinheiro com elas, mas mesmo assim, eu não concordava com aquela invasão!Felizmente, o Governo em razão dos protestos que o povo fazia, resolveu modificar a sua atuação invasora, e deu fim ao projeto que instalou aquela forma ridícula de procedimento.Isto foi, por certo, um dos indicadores, de que vivíamos uma Ditadura, que pesou na vida política do então presidente Getúlio Vargas.
(Jorge Queiroz da Silva - junho/2009)
Fonte da imagem:todaoferta.uol.com.br

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Brasil no campo financeiro

O nosso país, desde a época do seu descobrimento, já foi escravizado durante séculos pelas mais velhas nações européias.
Foi cercado por “pirataria” de grandes criadores de diferentes tipos de negócio. Aqui eles faziam seus ataques e suas infiltrações pelo nosso extenso litoral e ainda buscavam suas vantagens, favorecidos pela falta de segurança brasileira que ainda persiste até hoje, na maior dificuldade de proteção dos bens do nosso Brasil.
Custamos, mais chegamos.
O Brasil continua o mesmo país inocente em relação ao progresso e ao avanço de toda a tecnologia mundial. No entanto, mesmo assim, eu clamo aos brasileiros por calma, pois a nossa moeda devido aos grandes desencaixes da economia mundial européia, já está situada entre as cinco maiores forças financeiras que afirmam que os Brics não chegam neste momento de economia para bancar apenas o camelô de vendas.
Eles chegam sim para ficar na nova cultura de mundo dentro de uma base que, por certo, manterá esses países emergentes na melhor posição de defesa da segurança dos principais fundamentos de vida que são: aproveitamento da terra com cuidado, manutenção do equilíbrio de replantio nessa terra e discussão da oficialização de uma nova moeda de negociação que venha futuramente responsabilizar as grandes quedas de negócios e os grandes riscos financeiros que hoje, os Estados Unidos da América tem sido o causador e acusados de serem os grandes vilões do desfavoreci mento financeiro nacional.
Por que não pensar em instituir o ouro como padrão médio de todos os negócios mundiais, aliviando a responsabilidade americana do dólar tão cobiçado?
(Jorge Queiroz da Silva - 23/05/11, em ditado)
Fonte da imagem:brasil-turismo.com

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Na hora certa invadi um matadouro

Estávamos no final dos anos sessenta. O povo brasileiro se achava enganado pelo cartel da distribuição da carne de boi por todo o Brasil.


Todos sabemos que as crises num país emergente e de terceiro mundo, sobretudo no chamado Brasil, o país do futuro, faz as nações serem dominadas pelo comércio controlado por atravessadores.


Num daqueles dias de final de semana, usei da residência de minha mãe para reunir vizinhos e amigos, no sentido de em conjunto, descobrirmos uma forma de matarmos a saudade de comer carne de boi, produto tão explorado e de difícil obtenção naquele momento.


Ao final da reunião, decidi que naquela mesma noite tentaria comprar uma grande quantidade de carne num matadouro de nossa Cidade. Senti falta de confiança do pessoal na minha afirmativa, mas segui em frente no meu intento.


Peguei mulher e dois filhos menores e dirigi-me para o Matadouro São João, na Baixada Fluminense. Em lá chegando, apontei o carro na direção dos portões da garagem e pisquei os faróis acintosamente, como se fizesse parte daquela empresa. Diante de minha atitude, o vigia imediatamente abriu os portões e entrei rapidamente, indeciso do local onde deveria parar o carro.


Interpelado por um funcionário do local que quis saber o que eu ali fazia, expliquei que tinha ido averiguar o principal motivo da falta de carne no mercado. Para minha surpresa, ao invés de me mandar sair, ele respondeu-me educadamente que cumpria ordens do cartel, embora estivessem fazendo matanças reduzidas para atender a hospitais, casas de saúde e órgãos do governo.


Mais surpreso ainda fiquei, quando ele se propôs a me vender o produto, para que eu não perdesse a viagem. Aguardei o tempo necessário e pedi meio boi, o que equivalia a trezentos e cinqüenta quilos de carne.Depois de duas horas de espera, forrei com cuidado a mala do meu velho Chevrolet que, acondicionou parte do boi, sem as patas.


Segui de volta para a casa de minha mãe e o pessoal participante da reunião retornou para pegar sua cota de carne. Satisfeitos, comemoramos o feito e eu saí como herói nessa história.

Fonte de imagem:robsonpiresxerife.com

domingo, 7 de agosto de 2011

A tri-tributação

O Brasil continua sendo o país sempre citado pelos seus tributos de sua receita federal, como um dos vilões da maior taxa de juros em todo o tipo de negócio, apesar de já ter embutido em sua lei bancária, um tributo eterno, o conhecido IOF (Imposto sobre operações financeiras).
Mas eis que, já se acercam dos nossos negócios no exterior, pois não podemos viver economicamente simplesmente usurpando a população de trabalhadores brasileiros.
Considerando que a mesa brasileira de negócios cresceu, teremos a maior urgência e necessidade de equacionarmos os nossos negócios em áreas sazonais de fabricação, para atender a todas as nações do mundo.
Estamos agora na grande indecisão, apesar do nosso ministro Mantega já ter afirmado várias vezes que o pior já passou, mas temos que alertar que estamos em plena hora dos grandes motivos brasileiros da decisão: ou estagnamos ou seguimos.
Precisamos ainda avisar ao nossos grandes industriais que não colaborem com a tri-tributação, pois na área de custos das nossas fabricações até uma ração para cachorro, um material de limpeza e até mesmo alguns artigos de decoração destinados ao consumo dos donos de empresa, incorporam o custo industrial. Isso somente para citar alguns ínfimos produtos. A coisa é mais séria quando se trata de bens de valor elevado.
Acredito que devamos mudar esse jogo. Vamos destributar os nossos custos em relação a nossa competência dentro da participação da concorrência mundial.
(Jorge Queiroz da Silva -23/05/11, em ditado)
Fonte da imagem:desabafolandia2.blogsp...

sábado, 6 de agosto de 2011

Coração de mãe não se engana...

Desde muito pequeno, minha mãe não cansava de me dizer:- meu filho, vou te ensinar a crescer, como um ser humano organizado.Você deverá ser um constante observador.Para sair às ruas, duas coisas são essenciais: o sentido do trânsito e as sinalizações dos cruzamentos. Sua observação também deverá ser eficaz com relação às pessoas. Não só as pessoas bem vestidas e com destaque, devem ser observadas, mas principalmente o povo.


Aquelas suas palavras sempre marcavam minha mente e tenho uma lembrança bem forte quanto àquele ensinamento, quando já adulto, indo para o trabalho, fui agredido por dois mendigos, em dois dias diferentes. Eles se atracaram comigo pedindo auxílio. Um deles era um brasileiro e estava alcoolizado. Tinha as vestes enlameadas e quando me envolveu deixou parte daquela lama em minhas roupas. Lembro que meu terno de linho branco ficou preto e o povo nas filas de ônibus, em plena Praça Tiradentes, ria do incidente. Lembro também, que não senti revolta por aquele ataque, pois desde criança fui preparado por minha mãe, quando dizia que se um mendigo se aproximasse de mim,minha primeira observação deveria ser quanto ao seu odor, pois caso cheirasse mal eu deveria fugir dele.


De outra feita, um mendigo argentino me deu “uma gravata”, em plena Presidente Vargas. Portava um saco nas costas, com todos os apetrechos de morador de rua. Agarrado ao meu pescoço, manteve-me paralisado por um bom tempo.Gritava: por Dios, senor, por Dios, senor. Estoy faminto! Avaliei seu cheiro e não senti medo. Soltou-me quando eu fiz menção de pegar dinheiro para lhe dar.


Minha mãe tinha razão quanto ao cheiro. Ambos não tinham cheiro ruim e queriam apenas ajuda.

Fonte da imagem: estiloestilomeu.blogsp...