Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

domingo, 13 de novembro de 2011

OS MARAVILHOSOS HOMENS INVISÍVEIS DOS BRICS DO MUNDO

Uma grande parte dos brics está sendo hoje homenageada, em algum lugar do mundo.
Não importam seus nomes, nem as empresas onde trabalham, porque todos esses homens labutam na inversão contrária à falta de proteção terrestre.
Eles buscam nos sub-solos a industrialização e a perfeição, em áreas de diferentes valores e de sentido crescente na segurança dos negócios do Universo.
Esses homens governam dentro dos mercados dos negócios mais valiosos, que seguram a base econômica do nosso planeta.
Atuam em seu trabalho, com máquinas perfuratrizes, com caminhões gigantes fora de estradas que chegam a atingir seis metros de altura, com vagões térmicos de trens, com a utilização do monitoramento de gruas para o transporte de toneladas de materiais e com a regulagem constante de seus fornos que em momento algum poderão deixar cair suas calorias.
Eles assim, dão comando ao aproveitamento do sub-solo nos formatos econômicos, tais como: o ouro que é de valor idêntico em todas as partes do mundo, o ferro e os aços transformados desde o minério de ferro ao aço doce e ao aço inox já coberto de níquel. E, sem falarmos de outros tipos de minérios na área de quartzo e minérios especiais.
Vejam vocês a extensão do trabalho desses homens.
Hoje, eu abraço e cumprimento um jovem engenheiro, meu cunhado, por completar vinte e cinco anos de trabalho numa dessas indústrias, trabalho esse, imbuído em grande parte do mundo pelas suas constantes viagens de aplicações de novas tecnologias.
Finalizando, digo e afirmo que esses são os homens que solidificam os nossos solos, garantindo assim a presença da importante segurança nas áreas de todas as construções inerentes a vida humana.
Digo ainda que os chamo de homens invisíveis, pois eles além de rodarem o mundo em busca dessas novas aplicações, estão sempre em locais de difícil acesso ao nosso olhar, como dentro de fornos ou a seis metros de altura conduzindo cargas de minérios para fusão ou distribuição nos embarques marítimos.
Parabéns a esses homens que hoje são homenageados.
(Jorge Queiroz, 15/12/10, em ditado)
Fonte da imagem:mgamineracao.com.br

sábado, 29 de outubro de 2011

OS AVIÕES ERAM OS MIRAGE FRANCESES, MAS O LUBRIFICANTE DE SUAS TURBINAS ERA BRASILEIRO

Em meados dos anos cinqüenta, a Esquadrilha da Fumaça Brasileira, no após-guerra, iniciava seus trabalhos de patrulhamento dos nossos litorais.
Os aviões Mirage eram objeto de compra para reforçar a nossa tecnologia habitual.
Estava eu naquele momento exatamente lendo aquela notícia sobre os Mirage, quando se aproximou de mim o Dr. Amaro Henrique de Sousa. Era ele um químico de grande importância para o Ministério da Agricultura.
A manchete do jornal deixou-o assustado e ele comentou que estava se relacionando dentro de um estudo para descobrir um óleo lubrificante compatível com as altas temperaturas do litoral brasileiro, pois o Brasil estava prestes a adquirir aqueles aviões para a Esquadrilha da Fumaça e pelos primeiros exames técnicos daquele tipo de avião tinham verificado que o óleo lubrificante indicado não resistiria às altas temperaturas do litoral brasileiro a ser patrulhado.
O Dr. Amaro era o autor de um livro sobre a castanha do Pará e estava empenhado naquela descoberta e nos finais de resultado que indicavam com certeza o óleo da castanha do Pará como o lubrificante ideal que deixaria as turbinas daqueles aviões resistentes, impedindo o super-aquecimento.
O Dr. Amaro estava certo de que indicando aquele óleo como lubrificante, abriria dois novos mercados comerciais no mundo:a castanha do Pará, já tão negociada e seu óleo que passaria a ser utilizado pela Força Aérea das maiores nações.
E assim, tempos depois, com a descoberta do Dr. Amaro, a compra dos Mirage foi realizada.
(Jorge Queiroz da Silva - janeiro de 2011)Fonte da imagem:pbrasil.wordpress.com

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

UMA REGRA DE CONTAGEM DE PONTOS FARÁ JUSTIÇA AOS CLUBES DE FUTEBOL BRASILEIROS

Há seis anos atrás eu iniciei uma “guerra” nos subterrâneos do jornalismo futebolístico e até os dias de hoje fiquei aguardando opiniões sobre uma idéia que tive sobre regra para contagem de pontos no futebol.
Comecei divulgando minha sugestão por ocasião do acompanhamento das resenhas esportivas que se fazem presentes na mídia televisiva, após as rodadas dos campeonatos regionais brasileiros.
O meu pensamento me fez remeter um e-mail a diferentes programas da televisão, bem como ao presidente do clube para o qual torço, o Fluminense. Estranhei, no entanto, que nenhum dos comentaristas respondesse sequer a minha idéia. Mesmo que por gentileza fosse.
Hoje, depois de tanto tempo, os comentários nas rádios falam abertamente sobre o assunto, no que diz respeito a uma mudança futura nessa contagem.
Ao ouvir a CBN, minha rádio predileta de esportes, o âncora dizia que podíamos pensar em melhorar os problemas que por certo trarão resultados satisfatórios a todos os clubes brasileiros e talvez até do mundo, sem divulgar qual era.
Quero deixar aqui gravada essa minha sugestão com referência a contagem de pontos hoje praticada pelo futebol mundial, pois eu acho que com valores de números e pesos diferentes, poderíamos evitar que as retrancas do futebol no mundo ou os ataques sem dimensão iriam deixar de ter tanto peso, mesmo dentro do campo adversário.
A minha nova configuração da contagem de pontos é a seguinte: o empate que hoje vale um ponto, teria uma dimensão de um a dois pontos. Um ponto seria obtido no empate do jogo realizado em casa. Conseqüentemente, dois pontos, caso o jogo se realizasse fora de casa. Isso, porque se o time se utilizar das retrancas ele será punido com um ponto perdido para o seu aniversário que não foi retranqueiro.
Quanto ao time que for vencedor, daríamos a seguinte valorização: três pontos para o que vencesse em casa e quatro pontos para quem vencesse fora de casa.
A contagem de zero pontos ganhos só seria atribuída em caso das derrotas, fossem elas em casa ou fora de casa.
Assim, nunca seria estendida para o caso de empate, mesmo que fosse zero a zero, pois aí teríamos que atribuir um ponto ao time da casa e dois pontos ao time visitante.
Saliento que essa regra só não poderá ser utilizada nos campeonatos mundiais, haja vista que o terreno é único para todos.
Como não obtive respostas positivas nem negativas a esse respeito, me utilizo hoje deste blog para que meus amigos blogueiros apresentem suas opiniões sobre essa minha idéia.
(Jorge Queiroz 03/12/10, em ditado)
Fonte da imagem:tedio.org

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Ruy Barbosa do futebol

Certamente vocês hão de perguntar: - Ruy Barbosa não teria sido aquele jurista que representou o nosso Brasil na Conferência de Haia ?
Não teria sido o deputado e senador? Não teria sido o acadêmico?
Em resposta as suas possíveis perguntas, eu afirmo que nas manchetes esportivas nos anos de 1938 a 1947 se falava muito em Ruy Barbosa. Não aquele que todos conhecemos.
Deparei-me com ele, quando ainda menino, comecei a aprender a ler jornal, instruído por meu pai.
O Ruy Barbosa de que todos os jornais falavam era meu tio e padrinho, João Batista de Siqueira Lima, o chamado “Carreiro”. Naqueles anos de Brasil ele tinha sido contratado pelo Fluminense Futebol Clube como jogador, após o sucesso alcançado no São Cristóvão de Futebol e Regatas.
Em 1938 foi convocado para fazer parte da Seleção Brasileira de Futebol junto aos craques mais famosos da época, como Perácio, Leônidas, Domingos da Guia, Romeu e Russo, para disputar o campeonato sul americano de futebol, pois, naquele ano não realizamos a Copa do Mundo, como habitualmente acontecia de quatro em quatro anos, haja vista que o mundo estava em guerra.
Foi lendo os jornais que vim a descobrir o porquê da mídia o chamar de Ruy Barbosa do Futebol.
Estranhei aquele apelido e indaguei de minha mãe a razão. Minha mãe não só confirmou, como me explicou a semelhança, dizendo que meu tio, no futebol, fazia o mesmo que o Ruy Barbosa na política, dando os nós jurídicos em defesa do Brasil.
Como aquela confirmação não me satisfez, eu insisti para que ela exemplificasse aqueles “nós”.
Minha mãe citou que um deles eram os movimentos labiais que fazia, sem que ninguém percebesse, imitando o som do apito do juiz, enquanto corria com a bola nos pés, causando um grande reboliço em campo, parando os jogadores e, sabedor de que não tinha sido o juiz que havia apitado, seguir na área em busca do gol. Conseqüentemente, quando os jogadores questionavam o juiz sobre o apito e ele negava e atestava a veracidade do gol, ninguém entendia.
Quando minha mãe me passava essas informações, me alertava que eram segredos do futebol e que eu devia desconhecê-los aos olhos das outras pessoas.
Mais tarde, já quase rapaz, pude constatar a grande variedade de artimanhas criadas por ele para ter sucesso no futebol.
A mais famosa delas foi o ato de prender a camisa do goleiro do Flamengo, o Yustrick, no gancho da rede da baliza, no momento de um corner e outra que ninguém esquece foi quando ele angariou para o Fluminense o título de bi-campeão em 1940/1941, na partida decisiva de um FlaxFlu, junto a Lagoa Rodrigo de Freitas, atrasando o jogo, chutando a bola (única na partida) várias vezes para dentro da Lagoa, impedindo assim que o Flamengo dentro daquele tempo estabelecido, alcançasse a busca da vitória. O fato obrigou o Flamengo a colocar seus remadores dentro da Lagoa para em tempo recorde, devolver a bola para o campo. Embora o juiz tentasse compensar aqueles atrasos na partida, na época não existiam os refletores que possibilitam os jogos à noite e assim, com o escurecer a partida se dava como terminada.
O Ruy Barbosa do futebol, devido aos seus vários truques, às vezes desonestos, sempre foi um jogador amaldiçoado pela torcida dos outros clubes, principalmente a do Flamengo.
Danado aquele meu tio!
(Jorge Queiroz, 30/11/10, em ditado)Fonte da imagem:jornalheiros.blogspot.com/2009/10/recordar-e-...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Atenção gente, vamos zerar o nosso velocímetro!


Está na hora de uma revisão geral, já que começou um novo ano e o nosso velocímetro virou. Precisamos ter cuidado, vamos devagar e com toda a paciência. Lembremos que os bons automóveis são aqueles bem cuidados pelos seus donos e mesmo assim é muito difícil chegarem a cem mil quilômetros. Mesmo que apliquemos a melhor perícia, são poucos aqueles, que atingem esta marca sem um arranhão sequer e sempre precisam de um reparo aqui ou ali. E se usarmos um método de comparação, a vida da gente tem alguma coisa a ver com a vida dos automóveis. Se considerarmos que o motor de um carro, se seccionado ponto a ponto, é muito parecido com a nossa estrutura física e mental, necessitaremos constantemente estar ligados em nossas revisões médicas que nos darão um certificado de garantia no nosso dia a dia. Que pena! Porque poucos somos a ter direito à medicina preventiva, num país sem saúde. Temos um coração, que trabalha abrindo e fechando válvulas e distribuindo o nosso sangue venoso e o nosso sangue arterial. Por necessidade, tem que funcionar com toda a sua liberdade e com a pressão normalizada, sem nenhum coágulo, senão, a circulação sanguínea vai para o brejo. Isto, com certeza, vai afetar o nosso bem estar geral e irá pesar em nossas caminhadas. O carro também faz caminhadas e tem o seu coração. Ou melhor dizendo, o seu carburador que recebe a gasolina pura e faz as injeções necessárias aos comandos das explosões do seu motor, que acionam o seu eixo comando de válvulas e que também não podem estar congestionadas por nenhuma impureza. E comparando, vamos verificar que nós também temos o nosso filtro central, que é representado pelo nosso aparelho renal, responsável direto pela limpeza do nosso sangue, o combustível que move e transporta as vitaminas, distribuindo os aditivos necessários a todo o nosso organismo. O carro também possui um filtro, que tem a mesma função, e que libera um ar puro, necessário a uma boa combustão, para o funcionamento equilibrado, de todas as outras partes mecânicas, responsáveis pelo seu melhor desempenho. Sabemos que um organismo, seja ele de ordem humana ou de ordem mecânica, como o automóvel, tem que estar limpo, puro, bem aditivado e bem lubrificado e só assim vamos encontrar condições de alcançarmos a virada do velocímetro. Mas as coisas estão muito mudadas. Para os carros, lançaram determinados aditivos para aumentarem o seu desempenho; coisa para os jovens motoristas, que normalmente dizem: o meu carro é uma fera, está totalmente envenenado. Estes jovens esquecem que o mau uso, o excesso, só traz a imprudência, e põe em risco vidas, que por certo não irão fazer a virada do velocímetro. Como se não bastasse, além do envenenamento químico que sofrem os automóveis, ficamos por demais preocupados, com o uso indiscriminado da bebida, da maconha e da cocaína pelo homem. Vamos estar atentos, darmos uma olhada nos nossos faróis, ver se as nossas rodas precisam de reparos, se as nossas setas estão funcionando bem, se o nosso cano de descarga não está caindo, se os limpadores de brisa estão funcionando com perfeição, se a água do nosso radiador está sendo trocada corretamente, e se nosso eixo de comando central não está empenado. Depois disso, com certeza, vamos ter todas as garantias de que estaremos preparados para a virada do nosso velocímetro na entrada de cada ano. (Jorge Queiroz da Silva - janeiro/2000)
Fonte da imagem:sc.quebarato.com.br

domingo, 23 de outubro de 2011

UM RECADO POLITICO, POIS VEM AÍ O NOSSO NOVO PRESIDENTE!



Hoje a nossa grande massa política não cansa de dar ao nosso povo uma idéia de que eles não querem perder o domínio integral das áreas brasileiras e de forma total.
Como exemplo vejam a briga do pré-sal, esquecendo eles que tudo só irá acontecer no “pós-sal”, onde todos estarão de olho na carreira política e, como bem sabemos, de maneira alguma desejando que ela um dia, possa vir a se esgotar.
Ainda assim, caso venham pelo seu egoísmo político e pelo seu grande interesse e vaidade pessoal, poder vir a presidir, “essa” que é uma das maiores áreas terrestres habitáveis do mundo, terão a facilidade de obter um pleno e natural desenvolvimento, empurrados pelas suas próprias forças naturais.
Essa camada pré-sal será de inesgotável fornecimento, dentro de uma estrutura de pais, que por certo ninguém em sã consciência dirá, que deverá ser fácil encontrar, em qualquer outra parte do nosso globo terrestre, que se compare ao nosso maravilhoso Brasil.
E assim, por esse inesgotável modelo de nação, que tem tudo em mãos para ser uma das mais governáveis do mundo, desde a posição estratégica que ocupa no globo terrestre, que lhe dá um cordão de litoral, que permite a nós brasileiros que possamos ter a sua volta mais de cem portos navegáveis.
Dentro do atendimento de um PIB, como o nosso, estritamente invejado e diversificado que ainda nos fornece a maior diversidade de um nobre clima mundial, onde temos frio e o calor ao mesmo tempo e dentro de um mesmo dia, onde se estreita uma grande variação de fusos horários, que sempre nos obrigará a darmos uma maior atenção técnica e administrativa e que sem nenhum exagero sempre deram pra nós uma idéia de que Deus foi um brasileiro.
Nessa certeza temos imediatamente que implantar a nossa divisão por área distrital, no modelo da já existente na divisão da política do território americano e que funciona a séculos nos Estados Unidos, com bom aproveitamento.
Ainda podemos assim dizer, por termos uma nação tão grande, que em nosso dimensionamento político, também devemos estabelecer uma divisão distrital em cima da nossa força dos municípios.
Temos que administrar os nossos micro-espaços e deixarmos que a força unitária de cada um desses micro-negócios, possam demonstrar resultados positivos, quando na prestação de contas ao nosso órgão fiscal e arrecadador, seja ele de esfera estadual ou federal.
Assim teremos sempre uma ajuda local, onde iremos conhecer, no olho a olho, os nossos melhores brasileiros, além de prestarmos atenção na hora de escolhermos os nossos melhores administradores políticos, pois os eleitos estarão sempre perto de nós, pois todos serão nossos vizinhos.
Desse jeito veremos então para onde seguirá o nosso Brasil.
Vamos portanto, aumentar o cerco e a nossa vigilância em todas as áreas e a chave será sempre o degrau, pois iremos atuar futuramente, de rua em rua, de quarteirão em quarteirão, de bairro em bairro, de cidade em cidade, de município em município e de estado em estado.
O PAC, tem sido um exemplo disso; quantos já trabalham fazendo no seu bairro a sua própria casa?
E finalmente, não devemos analisar pelo que demos ou fizemos, mas sim pelo que falta fazer e o que falta a dar ao nosso povo tão sofrido!
O nosso político deve se prender nos caminhos do dar e fazer, e não precisa lembrar ao nosso povo, do que foi dado e do que foi feito, para esse mesmo povo.
No meu entender, esse ato de fazer e propagar será sempre uma menção política voltada para o voto e para as urnas, pois o nosso povo de hoje, já politicamente preparado, já deve saber e bem, o que por ele já foi feito.
(Jorge Queiroz da Silva - agosto/2010)
Fonte da imagem:dignow.org

sábado, 22 de outubro de 2011

UM ENCONTRO EMOCIONADO ENTRE DOIS AMIGOS...

Quem seriam aqueles dois amigos? Um deles era eu, que ingressava na área industrial de análise, onde me distraia com o controle de qualidade de fabricação.
Naquele época, no ano de 1954, eu era um Chefe de Planejamento e Controle da Produção e naquele dia daquele nosso encontro, eu via um homem nervoso e aturdido adentrando a porta do meu Departamento.
Era ele o Diretor Industrial da empresa e meu superior imediato. Homem de formação médica laboratorial, trazia nas mãos uma forma de aço inox e me pedia com muita ênfase que eu tivesse muito cuidado em garantir e assegurar a guarda daquela forma.
Sem entender, perguntei o significado daquele utensílio e ele me informou que a forma tinha o formato do rim da sua esposa. Lembro que suas palavras eram ditas com muita dificuldade e vejo diante de mim, até hoje, aquele homem com lágrimas nos olhos.
Frisou que como éramos amigos e trabalhávamos juntos, gostaria que eu zelasse por aquela forma como se ela fosse uma forma representativa de algo muito importante para mim.
Ainda sem entender, minha curiosidade me fez indagar a ele sobre a importância dela.
Visivelmente emocionado ele esclareceu que aquela forma tinha o formato do amor. Repetiu que era exatamente o formato do rim de sua esposa e onde dedicaria toda a sua força de saber da medicina para ajudá-la a viver por mais alguns anos.
A esposa estava vitimada de um carcinoma no rim direito e ele montava periodicamente, a cada seis meses, um rim de vitelo para que a doença estagnasse até a próxima substituição.
Os dois eram casados há mais de dez anos e tinham dois filhos, preparados com educação esmerada para atuar no mundo de hoje com sucesso. Aquela senhora, embora doente e portadora daquele mal, jamais deixou de exercer com afinco sua função social na ajuda de pessoas doentes como ela.
Aquele momento, em que ele preparava aquele rim artificial, era de pura emoção e meu abraço fraterno e emocionado, substituía qualquer palavra que eu pudesse lhe dizer.
Não preciso mencionar que a partir daquele momento, aquela peça foi considerada por mim como o ar que eu respirava, mantendo nosso segredo por mais de quatro anos, quando apesar de seus esforços, não foi mais possível mantê-la viva.
(Jorge Queiroz - 08/12/10, em ditado)

Fonte da imagem:dias.danilo.zip.net

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Foi muito legal te conhecer e te sentir vivo, meu pai !


Meu pai, já fazem mais de 53 anos e ainda te sinto vivo.Confesso que nos separamos há mais de meio século.Sei que você não morreu e está bem vivo dentro de mim.Hoje brilham em minha cabeça as luzes de uma grande soma de esperanças.Escrevo hoje, o que já deveria ter feito há muitos anos. Tento colocar a minha emoção e buscar nos poucos anos que tivemos juntos aqui na Terra, todos os exemplos de vida que você me passou.Lembra, meu pai, quando me contou os principais motivos que o fizeram deixar a sua Olinda querida, no bairro de “Casa Amarela” em Recife, com apenas quatorze anos de idade? Que força de vontade trazia aquele menino para enfrentar a vida numa Cidade grande e politicamente vigiada por ser a Capital da República do Brasil! Aquela história de que a sua família era densa eu comprovei pelo retrato de casamento da sua irmã mais velha. Ali estavam reunidos meus avós que não pude conhecer, meus tios e tias, ao todo uns quinze componentes. E você deve estar lembrado, que me contou, que o meu avô era um homem de uma estatura impressionante, para o brasileiro daquela época, pois ele atingia 2,15 metros.E ainda por cima, me disse que ele dava espetáculos em praça pública, deitando-se no chão e cobrindo-se de pranchas de madeira. Sua exibição consistia em que os carros da época passassem sobre o seu corpo demonstrando uma força de um “Hércules”. E ainda acrescentou que ele foi assassinado por um dos invejosos daquela Cidade, porque em razão do sucesso, ele era desejado por quase toda a maioria das mulheres.Isto provocava um grande ciúme nos maridos que se achavam preteridos. Algum deles, mais enciumado acabou por matá-lo a tiros, em plena praça pública.Foi aí então, que se iniciou a sua via crucis, pai. Você foi obrigado a morar com o seu irmão mais velho já casado e a sua vida não teve mais sossego, pois apanhava muito desse irmão. Você foi obrigado a deixar a cidade sozinho, para se ver livre dos maus tratos. Aqui chegou ainda menino, se empregando em uma padaria no bairro do Rocha aqui no Rio de Janeiro.Ali mesmo, com o consentimento do seu primeiro patrão, fez dos sacos de farinha a sua cama e casa, e ali trabalhava entregando pão, pela madrugada afora.Essa foi sua dedicação para a vida, que enfrentou sem medo, até os dezoito anos.Teve outra oportunidade de trabalho, quando foi convidado pelo dono de uma garagem vizinha, a ser seu novo empregado, e a partir dos seus vinte anos de idade, recebeu o apelido de “Paulista”, apesar de ser pernambucano, mas oriundo do Município, que tinha o mesmo nome.Ali você cresceu profissionalmente, tendo sido o homem de confiança, controlando todos os estoques de combustíveis durante a Segunda Guerra Mundial e sempre com muita honestidade, não se deixou levar, pelo câmbio negro da gasolina, que se implantava naquela época dos carros a gasôgenio, nunca tendo se favorecido da sua posição, pois a lei determinava, que a venda e o fornecimento de gasolina, só poderiam ser feitos às autoridades públicas e às áreas de saúde. Sua grande honestidade e lisura não o fez ficar rico ilicitamente, apenas ficou amigo de brasileiros ilustres. E como prêmio, por essa honestidade no seu trabalho, ganhou do seu patrão o título de sócio-gerente, que nem chegou a exercer, pois foi da vida afastado, provisoriamente pelo nosso bondoso “Deus”.Talvez quem sabe, para uma missão muito especial, que ainda vou com certeza saber o motivo futuramente, depois de lhe dar um longo abraço fraterno.Devo acrescentar, que nesse caminho de 23 anos aqui no Rio, você incluiu em sua vida uma fluminense nascida em Niterói, que por força do destino, também era órfã de mãe e que tinha por necessidade residido na casa da sua cunhada com o seu irmão mais velho e que por coincidência, também sofria maus tratos, após o seu pai ter sido afastado, por motivos políticos, do cargo de Diretor-Tesoureiro Geral dos Correios, que ocupava na então Capital Federal pela convocação feita, pelo Dr. Washington Luiz, o então presidente da República.Ela, minha mãe, sofreu também iguais dificuldades de vida, quase que as mesmas coisas que você.Você sabe bem dessa história, meu pai. Ela me contou que a necessidade em casa era tanta, que ela começou o namoro contigo e que você a conquistou, quando lhe deu um pacote de manteiga, que ela já não comia há muitos anos, pois quando o pai dela, o meu avô, foi afastado do cargo que ocupava, ela perdeu uma boa casa, instrução, o estudo de piano, suas roupas, suas bonecas, e sua formatura de professora, que só faltava um ano para completar.Mas o exemplo de vida a dois, ficou estampado nessa união e hoje me sinto feliz, muito feliz, em ter sido filho único de uma tão completa união a dois, que hoje tento reproduzir com a minha cara-metade, que representa grande incentivo de novas descobertas porque a manutenção de vida é um ato contínuo e sem desprendimentos.Minha grande intenção para o fim da minha vida, quando ela chegar, meu Pai, é te encontrar e sei que estará junto à minha mãe, que já se acha ao seu lado há algum tempo.Espere por mim, meu pai !
(Jorge Queiroz da Silva - junho/2009)
Fonte da imagem: lifranzoni.blogspot.com

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

IMAGINEM JÁ, mas desculpem não se trata do nome do presidente do IRÃ!


Essa minha chamada, alerta para o fato de que vocês possam imaginar que a presidência do IRÃ acredite que num acordo internacional para aprovação do desarmamento mundial, possam ser incluídos apenas dois países, por maiores que eles sejam.
Fica assim uma grande dúvida.
O nosso presidente LULA, mostrou-se feliz diante das preliminares ocorridas na primeira reunião, em que compareceu para apoiar aquela nação islâmica, junto ao presidente da Turquia e afirmou para o mundo, que o acordo deveria aprovar a continuidade do enriquecimento do Urânio, que vem sendo feito pela discutida nação árabe.
IMAGINEM vocês, acho que não se trata de nenhum acordo comercial, mas como a mídia veicula, também está ligado a acordos militares que continuaram a ser sempre vigiados pela tão importante instituição da ONU.
Lembro-me que a ONU manteve instalada aqui no nosso Brasil após a terceira guerra mundial, uma força militar, que era uma força de paz, da qual eu também fazia parte.
Essa força foi aqui mantida e sustentada por ela mesma, por mais de dez anos e continuou a vigiar toda a America Latina, por todos aqueles anos, e ainda fazia parte da composição do primeiro grupamento tático militar da ONU, representada aqui no Brasil pelo maior regimento militar da America Latina, o “REI”, o Regimento Escola de Infantaria da Vila Militar no Rio de Janeiro.
Era composta de mais de 3500 homens, que naquele grupamento se associavam dentro do sistema da paz mundial, que mantinha religiosamente vigiado, por todas as nações do mundo que eram filiadas à paz do Universo.
Tinha a obrigação de intervir em qualquer fato onde estivessem vinculados problemas da ordem de fundamentos políticos, que pudessem se projetar fora da segurança da paz mundial.
Por isso acredito que nossos governantes deveriam não dar tanta importância a esse comprador de URÂNIO.
Não será bom para o Brasil corrermos riscos, pois encontraremos outros compradores mais confiáveis.
E hoje, já acompanho nas rádios e emissoras de TV, que tanto o Brasil quanto a Turquia, ficaram isolados e fora do acordo no campo da tomada de posição das principais nações aliadas ao congraçamento dessa mesma paz mundial.
Como diz o Presidente dos Estados Unidos, as janelas continuam abertas para negociação e assim, eu quero lembrar ao nosso presidente que pular uma janela será sempre mais fácil!
(Jorge Queiroz-agosto/2010)Fonte da imagem:1br.biz

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A HISTÓRIA FALA DE UMA CRIATURA BEM ANTIGA, O FUNCIONARIO FANTASMA

Conheci o Sr. Salvador da Costa Monsanto quando iniciei minhas especializações nas áreas de racionalização e estudos de tempos e movimentos para apurar os principais índices analíticos.
Trabalhava eu na Indústria Química e Farmacêutica e por obra do destino, como eu relato a seguir, tive a oportunidade de substituí-lo na função de Chefe de Planejamento e Controle da Produção. Ele era um homem sábio e autodidata. Ele trabalhava buscando os esclarecimentos necessários para determinar o ritmo fabril da indústria que se preparava para uma comercialização nacional e com lastro timidamente dirigido para o campo internacional.
Cuidava ele de um custo analítico profundo e variado. Custo esse, analisado de forma criteriosa nos diferentes passos de fabricação até a montagem final de cada produto. Como a tecnologia principal era voltada para o sistema de saúde, incluía nesse procedimento, duzentos e vinte e oito tipos de condutas fabris, representadas exatamente pelo número de produtos fabricados. Esse processo exigia a presença constante de um farmacêutico responsável e de um químico protetor do equilíbrio da fabricação dentro da segurança exigida pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina.
Quem diria, no entanto, que eu, um profissional formado e ainda nos primeiros passos com visão de trabalho para a indústria gráfica (jornais) e para a indústria de fabricação de móveis hospitalares, poderia naquele estágio ter a observação necessária e o conhecimento técnico para dirigir um departamento de planejamento e produção desses diferentes tipos de trabalho?
Chegou assim, o momento de meu primeiro desafio profissional, pois o gênio Salvador após dezesseis anos de trabalho contínuo nessa área, foi convidado pelo professor Caio de Oliveira, excelente consultor da área de governo para pesquisar talentos em áreas estratégicas das principais empresas do Brasil, para trabalhar na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
Como o Dr. Caio era amigo do Sr. Milton Costa Lenz Cesar, Sócio-proprietário da Indústria Química e Farmacêutica, convenceu-o a conceder a liberação do Salvador para ocupar tal cargo.
Assim, o Dr. Milton teria que ter, de imediato, um substituto para o Sr.Salvador. Foi aí então, que me contatou e ilustrou o cargo para mim – um cargo difícil de se exercer, sem que o profissional tivesse tido uma experiência anterior.
O desafio atraiu-me e criou em mim a vontade de pesquisa, onde eu teria necessidade de analisar passo a passo dez diferentes departamentos fabris, usando os processos antigos criados há mais de quinze anos e sem ter tido um treinamento e aprendizado específico, pois o desligamento do responsável pelo departamento seria imediato.
Teria eu que decidir sozinho os meus caminhos na realização daquele novo trabalho.
Dei seguimento à pesquisa na área de recursos humanos de toda a equipe profissional que a indústria possuía, para assim, tornar-me a par de suas funções individuais e delinear a minha conduta dentro do processo. Foi aí que esbarrei com o funcionário fantasma, pois ele fazia parte do quadro de vendas da empresa e ainda era um inspetor de vendas, a nível nacional.
Descobri o tal sujeito, no meu projeto de sair em campo para as entrevistas de praxe com cada funcionário que compunha o quadro a mim afeto.
Assustei-me quando, frente a frente com o Diretor Comercial e de posse do dossier funcional do funcionário constante da folha de pagamento com alto salário há mais de quinze anos, identifiquei que o Chefe não o conhecia, nem nunca o tinha visto.
Essa minha atitude provocou, como era de se esperar, a “morte” do fantasma e do seu terrível criador, o gerente geral de recursos humanos da empresa, que açambarcava para si os proventos do funcionário fantasma.

(Jorge Queiroz - 14/11/10, em ditado)Fonte da imagem:conexaopenedo.com.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Praia do Pinto ganhou um financiamento atrativo com dois belos blocos de apartamentos.

Uma grande associação financeira ganhou uma incumbência importante quando no final da década de 1960, entrando no campo de obras para favorecer a seus funcionários públicos, dava início a construção de dois lindos blocos com mais de cem apartamentos cada um.
Eram apartamentos semi-luxuosos, compostos de três ou quatro quartos, com o intuito principal de buscar o interesse de uma camada de funcionários da classe média alta.
A sua localização, próxima ao Estádio do Flamengo, na Gávea, induzia a aquele interesse.
Todo o planejamento de ação e construção foi executado pela RJ Oakim Engenharia, onde eu exercia a função de assessor da Diretoria. A grande maioria dos projetos já implantados na Zona Sul do Rio de Janeiro tinham sido cobiçados pela população do local e adjacências. O sucesso daquele empreendimento servia de carta branca para a aquisição e garantia da entrega nos prazos previstos e dentro dos detalhes de aparência visual externa. O Edifício Lagoa das Raízes no Corte Cantagalo, era um bom exemplo e teve como compradores, em grande parte, alguns diretores e artistas famosos de uma Rede de Televisão.
Aquela construção foi concluída com grande seriedade, haja vista que além de envolver funcionários da rede pública, era avalizada pela mídia televisiva.
No entanto, aquela seriedade mostrou-se mentirosa, quando mais a frente, por um erro administrativo, foram descobertos alguns entraves na obtenção do financiamento da obra, que mencionava materiais de valor exorbitante que, jamais seriam utilizados naquela construção.
Com isso, a empresa que financiou a obra deixou de cumprir com suas obrigações financeiras, devido ao grande número de reclamações dos compradores.
Tudo isso ocorreu porque as vias dos contratos firmados com os clientes compradores, diferiam daquelas encaminhadas aos órgãos envolvidos.
Daí pra frente, aprendi que em se tratando de documentos, devemos ficar bem alertas e constatar sua veracidade do início ao fim do processo.
(Jorge Queiroz -02/12/10, em ditado)
Fonte da imagem:ninhodanacao.blogspot.com

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

VIDA UMA COMPETÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL

Não podemos discutir vida sem a associarmos à competência. Seja essa competência exercida na vida familiar ou na profissional.
Numa determinada época da minha vida, eu ingressava em um novo local de trabalho, por ter chegado à conclusão de que os dirigentes de empresas realmente importantes deveriam ser buscados. Naquela busca mudei de mercado por me achar competente para tal.
Ingressei num local totalmente destoante dos meus conhecimentos administrativos trilhados até ali profissionalmente.
A minha experiência anterior tinha sido nas áreas da indústria gráfica (jornais), móveis hospitalares, indústria química e farmacêutica e estágios no Exército brasileiro. Naquelas experiências vivi dezessete anos em cargos de direção.
Certo de minha real competência aceitei aquele desafio, ingressando em uma indústria madeireira exportadora, com trabalhos técnicos inerentes à construção civil e também com trabalhos de exportação dentro do mercado madeireiro. Lá, exercitei o meu conhecimento nas áreas de cais do porto, fazendo assim minha estréia naquela nova especialização.
Assim, passei a ser um estudioso dos diferentes tipos de nossas madeiras de lei, de grande interesse das fábricas mundiais de móveis e utensílios, como o jacarandá, o cedro, o jequitibá, o ipê roxo e a peroba rosa.
Tal empresa na dinamização dos seus processos industriais, buscou em Santa Catarina um excelente profissional, bastante competente em maquinários, para residir no Rio de Janeiro e exercer uma função de comando. Encaminharam-no para a minha área, onde eu atuava como chefe e onde ele pensava ter vindo para chefiar. Apresentou-se a mim como o enviado pela diretoria para desenvolver um trabalho de comando da expansão e racionalização dos processos industriais. Disse que iria iniciar sua atuação pela área técnica da fabricação de pallets para a construção civil e prosseguir na melhoria dos processos de fabricação das principais peças de vendas, como os tacos para pisos desenhados e os frisos-tacos,bem como das madeiras de escoramento relacionadas às cumieiras dos prédios em construção.
Frisou que, como íamos trabalhar juntos, iria iniciar suas providências pelo maquinário. Foi aí que surgiu dias depois, portando duas polias de uma serra especializada em tacos e frisos-tacos, exigindo de mim que as substituísse por duas novas, uma com velocidade maior em trezentas e cinqüenta voltas por minuto no seu ponto mais alto de giro contador e outra, com velocidade mais baixa no seu giro contador em duzentas e cinqüenta voltas. Assegurou que me fazia aquele pedido, para testar meus conhecimentos e que, caso eu não os provasse, se encarregaria de me colocar à disposição para a Diretoria, como incompetente no meu trabalho.
Com toda a convicção que a certeza da minha competência me dava, aceitei o trabalho de pronto, embora não fosse engenheiro mecânico.
De posse das especificações da polia antiga, muni-me de minha régua de cálculo e fiz as novas especificações para as polias requeridas, que encaminhei para a fabricação.
Pedi a urgência devida, pois necessitava o quanto antes provar àquele intruso a minha competência.
Prontas as novas polias, apressei-me a entregá-las, não antes de formalmente, solicitar que tal senhor assinasse o recibo de recebimento daquelas peças tão caras.
Dias depois, ele não teve outro jeito, a não ser adentrar minha sala e me dar os parabéns pelo feito.
(Jorge Queiroz, 10/12/10), em ditado
Fonte da imagem:malumercantil.com.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UM FORMATO ANTIGO BRASILEIRO COMBATIA A TUBERCULOSE COM EFICIÊNCIA

Muito me incomodava o fato de, ao verificar os estoques de “hidrazinon” nos almoxarifados de medicamentos, constatar que aquela poderosa arma no combate à tuberculose, não apresentava as saídas compatíveis com a sua importância. Considerando que desde o início do século essa doença era devastadora, não se podia entender, o baixo uso da medicação descoberta para eliminar seu mal. Um dia quando eu adentrava o almoxarifado acompanhado do Diretor Industrial, o Dr. Thamyres de Santa Isabel Protásio, minha revolta veio à tona , me fazendo indagar dele o porque que ainda se fabricava tal medicamento, haja vista que permanecia nas prateleiras por meses a fio, principalmente pelo seu alto preço. Sabiamente, o Dr. Thamyres me respondeu que além de resistente ao tempo, o Hidrazinon seria no futuro, o sucesso da medicina mundial porque seria empregado na cura de doenças que ainda iriam surgir. Frisava que seu alto preço se devia a sua forma peculiar de extração das substâncias componentes. Hoje, passados mais de quarenta anos, constato que aquele homem estudioso tinha total razão, porque vejo que aquele componente integra o coquetel para tratamento da AIDS e só ele veio proporcionar uma qualidade de vida física melhor para o aidético, tendo com essa doença o mesmo êxito verificado na tuberculose. Lembro que aquele profissional, hoje já falecido, foi um grande estudioso, que trabalhava com segurança e afinco, silenciosamente, visando proporcionar à humanidade formas de vivenciar hoje, com mais sucesso, doenças para as quais naquela época não havia cura. O fato relatado me veio à mente, quando eu, recentemente li nos jornais que o Presidente Lula estava implantando na África, uma fábrica para fabricação do coquetel para a AIDS. Vejam vocês, na época de sua fabricação, o hidrazinon, devido ao seu alto valor para consumo, não podia sequer ser adquirido pelos brasileiros menos abastados e hoje, o Presidente do Brasil, ajuda a construir uma fábrica fora, para fabricação desse mesmo medicamento, para beneficiar outros povos.

(Jorge Queiroz, 13/12/10, em ditado)

Fonte da imagem:mesazsaude.blogspot.com

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lá vem lá a cadeira do Presidente!

Em minha vida, eu sempre vivenciei diversas situações, simples ou complexas, que me colocaram em evidência como os manequins de vitrines das lojas comerciais. Vou agora narrar um episódio que fez nascer em torno de mim aquela impressão de muito chamamento, provando que eu era um estimado colaborador na Empresa para uns e um tremendo puxa-saco da Presidência, para os mais maldosos. Toda essa história nascia pela atitude tomada pelo Presidente do Grupo, anualmente, quando ele renovava o escritório e me presenteava com a sua cadeira de trabalho. Lembro como se fosse hoje, como tudo acontecia, a cada ano. Fazia ele mesmo questão de me telefonar e dizer feliz que estava muito satisfeito, por ter adquirido uma nova cadeira, mais funcional e como sempre, para me trazer sorte, me fazer herdeiro da antiga. Frizava que estava mandando-a para a minha sala, pelo chefe da zeladoria, naquele exato momento. Eu, timidamente, agradecia e como um menino ansioso, me colocava à porta da sala, para receber aquele bem patrimonial, cheio da energia poderosa do Presidente. Aquele ritual chamava a atenção dos colegas de trabalho, pelo ato em si, mas também pelo grande ruído oriundo das rodas da cadeira, quando atravessava os corredores, guiada pelo zelador. E olhares diversos de admiração e inveja vinham em minha direção, me fazendo sentir, todos os anos, o mesmo desconforto de me ver numa vitrine, embora orgulhoso daquela preferência.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 26/03/11)
Fonte da imagem: adrenaline.com.br

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um Alfa-Romeo contempla uma história contada errada


A década de oitenta estava iniciando e o BNDES fazia uma pressão junto à Diretoria Financeira da Empresa onde eu trabalhava, no sentido de aumentar as garantias do capital social em oitenta e cinco milhões de dólares, para possibilitar a expansão requerida pelo Grupo. Eu, como representante da Gerência Financeira, observando que o Presidente Honorário em empréstimos internacionais, afirmava, preocupado, sobre a grande dificuldade de trazer do exterior os dólares necessários, me coloquei à disposição para obter no Brasil tal valor. Aí iniciei um trabalho árduo junto às maiores empresas financeiras, no sentido de convencê-las a realizar o empréstimo. Nesse trabalho, identifiquei que parte dos vagões graneleiros que já haviam garantido empréstimos anteriores, poderiam suportar tal montante para o crescimento do capital social. Dirigi-me então à Diretoria Financeira, para colocá-la a par daquela minha idéia, no que fui imediatamente contestado e desativado daquela tarefa. Passados seis meses do prazo de exigência dado pelo BNDES, o contador geral, apresentou-me uma nota de compra de um Alfa-Romeo, novinho em folha, já vistada e autorizada pelo Presidente Honorário. Perguntei para quem era aquele automóvel e surpreso, não pude deixar de rir, quando ele contou que era um presente para o Diretor Financeiro, por ter tido a idéia de re-financiar os vagões graneleiros, para aumentar o capital da Empresa. Aí, naquele momento, percebi que minhas idéias deveriam ser guardadas a sete chaves, para não serem roubadas pelo meu superior imediato.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 25/03/11)

Fonte da imagem: carfolio.com

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Será que os sapatos do Superintendente eram iguais aos do Presidente?


Lembrando dessa história, penso que sou vítima de um caso genético. Quando eu era ainda um menino, meu tio Nilo costumava exibir para mim os vários pares de sapatos do Presidente Getúlio Vargas, ganhos do próprio Presidente, que o conhecia como porteiro do Jóquey Club do Brasil. Eram sapatos havanas importados da Itália. Os anos decorreram e eu rapaz, embora não necessitasse, pois exercia uma função de Chefia na Empresa em que trabalhava, também comecei a receber doações de sapatos do Diretor Superintendente, a cada seis meses, quando renovava seu guarda-roupas. Por mais que eu me negasse a recebê-los, ele insistia para minha aceitação, pois o pouco uso e o alto custo dos mesmos, o impediam de vê-los em outros pés que não os meus. Os sapatos, como era de se esperar, eram importados da Itália e naquela época, só os mais abastados poderiam tê-los, razão pela qual meus colegas na Empresa, ao me verem usando-os, logo notavam a semelhança com os do Diretor. Alguns, mais indelicados, faziam questão de me indagar a respeito e eu com muita vergonha, era obrigado a falar da doação.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 25/03/11)

Fonte da imagem: oabelhudo.com.br

domingo, 9 de outubro de 2011

O dia que em que minha mãe me obrigou a descer da escada.


Eu era um menino de quatorze anos completos e identificado com Carteira Profissional. Como eu necessitava trabalhar para ajudar minha mãe viúva, nas despesas de casa, meu tio, que era amigo do Gerente do Banco Predial na agência Penha, solicitou a ele uma chance de eu iniciar minha carreira profissional naquele Banco. Conhecedor da nossa atual situação financeira, aquele Gerente moveu mundos e fundos para me empregar. Como determinado por ele, me apresentei num início de mês do ano de 1948. Ao receber as instruções sobre o trabalho que, como iniciante iria desenvolver, me assustei, mas não retruquei, certo da minha total necessidade financeira. Assim, recolhi balde, vassoura, panos de limpeza, produtos específicos para brilho em metais e escada. Meio sem jeito e preocupado com a tarefa, dirigi-me para a porta de entrada do Banco e dispus os materiais em questão, para que pudesse limpar e lustrar as letras da fachada, que compunham o nome do Banco: Banco Predial do Estado do Rio de Janeiro. Estava eu, com o trabalho iniciado, já concluindo o polimento da terceira letra, quando ouvi o chamado familiar de minha mãe, indignada com o que via. Imediatamente me fez descer da escada e acompanhá-la até a Gerência, para desfazer o meu Contrato de Trabalho, pois não admitiu que eu, com o Segundo Grau concluído, fosse alocado numa área apropriada àqueles que ainda não tinham concluído o Fundamental. Essa decisão de minha mãe ensinou-me que, apesar das dificuldades, o nosso desejo de galgar posições superiores, deve acompanhar nossa trajetória na vida.

(Jorge Queiroz da Silva , em ditado- 29/03/11)

Fonte da imagem: pt.dreamstime.com

sábado, 8 de outubro de 2011

Morreu um mestre, não um político.


Morreu um mestre, não um político, porque só os mestres não fazem política.
Tanto é, que apesar de grande amigo do ex-presidente Lula, ontem pudemos ler nos noticiários, algumas de suas frases a respeito do antigo mandato, como sejam:

1. "Não posso negar a existência do mensalão. Ficou provada. Não digo o mensalão, mas um sacolão enorme ficou provado(12/11/2006)"

2."Lula não é um PhD de Harward, mas é um gigante do ponto de vista político (24/02/2002)"

3."É quase uma revolução democrática e específica questionar o regime de juros no Brasil(25/07/2004)"

4."Nosso discurso de campanha ainda não assumiu o poder (21/03/2005)"

5."Em muitos campos a nota (para o governo Lula) é 10. Mas para a política monetária é zero(12/10/2005)"

Em relação à morte, como um grande mestre, nos ensinou como devemos nos portar diante da doença, para senti-la em menor escala, se é que isso é possível.

1."Câncer para mim é coisa antiga. Estou tranquilo (12/11/2006)"

2."Você não sabe o que é a morte, então você não tem de ter medo da morte. Você tem de ter medo é da desonra, dela você tem de ter medo, isso mata você. A vida é uma jornada (30/12/2007)"

Grande homem, José de Alencar!
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado 29/03/11)
Fonte da imagem:robertomoraes.blogspot.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A grande febre das vídeo-locadoras me trouxe um grande ensinamento.

Nos anos oitenta, me associei a um amigo de trabalho, a seu convite, para que criássemos uma vídeo-locadora, a febre do cinema em casa, naquele momento. Para ganhar uma dimensão de mercado, foram necessários diferentes passos na implantação. Na sua instalação, nos colocamos dentro do novo sistema comercial que tomava vulto naquela época, os shopping-centers. Buscamos uma loja de fachada de tamanho de sessenta metros quadrados e instalamos um girau para o escritório comercial, de vinte e cinco metros quadrados e, para nosso conforto, refrigeração central. Bolamos uma pintura interna bem chamativa, entremeada com placas de cortiça e iniciamos então a colocação das vitrines e balcões em vidro, para a proteção e visualização do acervo. Fomos a CIC - Companhia Internacional de Cinema e contratamos fornecimentos programados, que incluía desde os filmes americanos mais famosos aos filmes russos, bem menos divulgados. Além daqueles produtos, a loja comercializava suportes unificados para TV e vídeo, novidades naquele momento. Sua fachada externa e seu logotipo de muito bom-gosto, conseguiu, de imediato, angariar o interesse de uma clientela diversificada, atraida também pelo próprio visual da loja. Aquela loja tornou-se um ponto de visita de clientes de várias idades, mas nós, os dois sócios, não tínhamos qualquer experiência naquele ramo de negócios e nossos passos naquele sentido, precisavam de muita urgência, para nosso sucesso. Não podíamos recusar clientes, viessem eles de onde viessem, e com isso, corríamos vários riscos. O primeiro deles, aconteceu no primeiro trimestre após a inauguração e por força de uma intervenção que veio de um elemento ligado ao tráfico de drogas. Aquele sujeito citou ao telefone, para o meu sócio, que ofereceria para nós um grande movimento nas locações dos filmes, fazendo um pedido semanal, todas as sextas-feiras, de cinqüenta a cem fitas. Assim, nos tornaríamos os principais fornecedores para toda a sua equipe, deixando claro que se nós desistíssemos do negócio, nós teríamos assaltos contínuos em nossa loja. Determinou que aquela locação seria paga sempre em espécie e deveríamos tomar o cuidado de sermos organizados para cumprir direitinho o seu pedido, sem trocar os filmes ou mesmo deixar de fornecer qualquer título. Se fôssemos obedientes, nossa vida comercial naquele local estaria tranqüila. A entrega daqueles filmes deveria ser feita sempre de taxi, por um dos nossos funcionários e aquele portador deveria aguardar numa das esquinas próximas do local (entrada da Cidade de Deus) o portador deles, que já teria em mãos o valor a pagar. Todas as segundas-feiras um taxi, com o mesmo funcionário, aguardava na mesma esquina o portador deles para devolver os filmes. Esse oferecimento, para nossa total segurança, jamais pode ser recusado, embora não tenha nos trazido qualquer prejuízo, além daquelas ameaças veladas.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 29/03/11)

Fonte da imagem: supervideobrasil.com.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Banco Central no início dos anos 80 criou novas ferramentas


Até que enfim, o mundo financeiro brasileiro tirou das mãos dos Bancos particulares e das Financeiras, o fator de reajuste de juros e moras, de um mercado pobremente vigiado. Esse mercado fixava as taxas de liquidação central e o Comitê  de Política Monetária, criado nos anos oitenta, veio a acabar com a bagunça financeira Brasileira. Antes disso acontecer, essa variação e esse descontrole ficava sem a denominação de um nome próprio, pois todas as operações financeiras eram baseadas nas determinações dos grandes Bancos brasileiros, que mantinham em suas mãos, os valores de suas operações projetados nos seus desencaixes e nas suas compensações diárias. Essa forma se fazia representar ao final de cada dia, pela entrega de um boletim onde eles anunciavam os valores e os resultados médios que representavam os montantes das operações. Naquele momento de Brasil, era muito normal nós ouvirmos no final do dia, anúncios em nossos noticiários, de que um determinando pequeno Banco tinha quebrado, pois tinha sofrido uma intervenção do nosso Banco Central. Hoje, graças a Deus, devido às novas normas, ficamos isentos dessa situação constrangedora, pois temos o controle mais normalizado e sem os sustos de perdermos, sem saber, os valores das nossas economias. Atualmente, quando falamos em taxa Selic, falamos em serviços de liquidação central do nosso Banco do Brasil e quando falamos de Copom, falamos de Comitê de Política Monetária do Brasil. Dessa forma, deram nomes aos bois, evitando acidentes desconhecidos e sem direção.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 29/03/11)

Fonte da imagem: nickmartins.com.br

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ajudar a amigos nem sempre é propício



Trabalhava eu, na Construção Civil, como Assessor Administrativo e Financeiro da Diretoria, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento financeiro e industrial de vinte e uma obras por administração de condomínios. Certo dia, encontrei nos corredores do prédio, um antigo amigo que comigo trabalhou na empresa anterior. Indagou-me sobre o que eu fazia ali e me disse que era dono de um escritório no mesmo prédio.Trocamos cartões de visita e ele ficou de visitar-me na semana seguinte. Expliquei que estava iniciando naquele trabalho e propus que deixasse para mais tarde nosso contato. Aquiesceu compreensivo e três meses depois foi me procurar. Apresentei meu amigo ao Diretor e fomos para minha sala.Depois do cafezinho de praxe, ele deixou claro que necessitava de minha ajuda, pois queria vender uma de suas empresas de consórcio de automóveis. Fez a devida propaganda da empresa e passou-me o endereço, pedindo que o ajudasse a vendê-la. Voltei então para a sala do Diretor, que quis saber quem era aquele meu amigo e o que fazia. Falei então da tal empresa que estava colocando a venda e, para minha surpresa, o Diretor confidenciou-me que também era daquele ramo e possuía uma oficina mecânica que deixava a cargo de um primo, enquanto trabalhava. Interessado na proposta, o Diretor me pediu que marcasse um encontro com meu amigo. Assim o fiz e os dois fecharam o negócio. Só que o Diretor não podia gerir a tal oficina e para ficar mais tranqüilo, designou a mim para administrar a empresa aos sábados. Em troca, me colocou como sócio no Contrato Social, com cinco por cento de ações da Empresa.Além disso, me pagava pelos meus serviços de escrita fiscal, com o salário do mercado. Só que depois de um determinado tempo, esse Diretor foi demitido da empresa de Construção Civil e eu fiquei por lá, razão pela qual quis encerrar meus vínculos profissionais com ele, ao que ele reagiu favoravelmente.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado  - 29/03/11)

Fonte da imagem:santos.olx.com.br

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um susto emocionante, só podia ter o endereço errado


Trabalhava eu gerindo finanças, num grupo de doze empresas. O local era chamativo e por isso, muito observado. De uma certa feita, estava desenvolvendo meu trabalho, em minha sala, ou seja, tratando das aplicações financeiras, quando adentrou um portador, perguntando se eu era a pessoa que ele estava procurando. Confirmei meu nome e ele me passou de imediato um pacote de papel Kraft, pesando cerca de um quilo. Naquele momento o que me preocupava eram as aplicações, razão pela qual, após sua saída, guardei-o em minha gaveta. Terminado o meu trabalho, lembrei do pacote e curioso abri a parte superior do mesmo e levei um tremendo susto. Lá dentro, reluziam aos meus olhos, pacotes de dinheiro vivo, com as cintas do Banco. Minha imaginação positiva instruiu-me a procurar o Presidente da empresa e não, qualquer outro Diretor. Assim o fiz. Passei acelerado pelas outras salas, em direção ao Gabinete do Presidente e batendo à porta, pedi licença e entrei. Embora o mesmo estivesse atendendo duas visitas, estendi o pacote a ele e frisei que aquela encomenda recebida por mim, devia ser endereçada a ele e que por gentileza, depois ele me confirmasse. Perguntando a mim o que era, ao que eu respondi que não sabia, ele guardou o pacote na gaveta. Passou-se muito tempo até sua morte, sem que ele tocasse naquele assunto comigo. Desconfio que era uma trama maldosa para me envolver.

(Jorge Queiroz da Silva , em ditado- 29/03/11)

Fonte da imagem:visualizandooquequero....

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um reconhecimento de um governante municipal

Eu administrava imóveis de uma grande empresa construtora, que era ligada a vendas na zona sul do Rio de Janeiro.
Num processo de ampliação e construção, a meu cargo, resolvi denunciar para o Prefeito do nosso Município, Saturnino Braga, uma obra que teria sido uma ampliação e que, em geral, nenhum administrador se obriga a legalizar, solicitando que refizesse os cálculos do Imposto Predial.
Em contra-partida, recebi do Prefeito uma carta me parabenizando pela posição tomada, enaltecendo-me pelo feito.
Os termos da carta também me surpreenderam, porque identifiquei que os brasileiros não estão acostumados a cumprirem seus papéis, só o fazendo obrigados por multas sucessivas.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 29/03/2011) 
Fonte da imagem: mundodanoticia.com.br

domingo, 2 de outubro de 2011

Uma crise mundial na área de sustentabilidade

A economia mundial balança.
Temos presentes as dificuldades de manter de pé uma das nações mais produtivas do mundo em ciência e tecnologia: - o Japão.
O Brasil representa uma força dentro desse novo quadro das nações emergentes. Essa força faz parte do Bric e pela sua facilidade de recuperação e manutenção do seu terreno produtivo, ela será juntamente com a Russia, a India e a China, talvez o país que, devido a sua localização e extensão do território, funcionará com a maior desenvoltura em receber e modificar todas as modalidades de consumo mundial.
Pelo seu extenso litoral, poderá funcionar para situar as maiores providências emergenciais.
O sentido mundial da economia, tem sido alterado pela natureza, atacada pelos sistemas energéticos que, por sua vez, agridem as nossas camadas protetoras do solo. Isso pode ser observado pelos recentes episódios ocorridos no Japão, nos lembrando que o mundo por si só, está em risco.
É o momento de as grandes nações que compõem o mercado internacional optarem por caminhos mais simples e racionais.
Tenho ouvido nos noticiários de um modo geral, que estão sendo buscadas formas mais simples e mais rápidas de alimentar as nações mais carentes, como as do Oriente.
Assistimos há pouco tempo atrás, a exibição de um programa de TV, que mostrava a criação de insetos como grilos, borboletas, formigas e etc... num galpão totalmente coberto, que fazem parte de um novo sistema da cadeia alimentar. Esse programa, inclusive, também exibia um repórter da TV brasileira, degustando todos esses novos alimentos, preparados de uma forma adequada para o nosso consumo.
Eu gostaria, nesta reflexão, de ir mais além, retornando aos anos cinqüenta, quando as tropas brasileiras ligadas a Organização das Nações Unidas, para economizar nos longos treinamentos em períodos de quinze a trinta dias, se utilizavam de uma ração fria, bastante econômica, visando a redução de custo. Essa ração fria, oferecida a cada soldado, era composta de um copo de leite, dois pães doces de 25 gramas cada um, duas fatias de queijo(50 gramas), duas fatias de presunto (50 gramas), dois ovos cozidos, um sachet de sal, uma maçã e uma lata de 350 ml de refrigerante.
Deixo aqui essa sugestão, para a recuperação de parte da economia, nesse sentido.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 02/04/11)
Fonte da imagem:guiabrasilblog.com

sábado, 1 de outubro de 2011

O estouro do Banco Nacional Brasileiro

Era eu, naquela época, um funcionário do mercado financeiro e alguns países, como Portugal e Espanha, viviam uma crise.
Era comum estarem se alojando por aqui, inúmeros profissionais de finanças daqueles países.
Eles buscavam oportunidades de trabalho nas empresas oriundas dos seus países, muitas delas organizações financeiras.
Naquela fase, alguns deles, procuraram trabalho no Grupo Cimenteiro, com sede em Portugal, onde eu funcionava como parte da Diretoria Financeira.
Diziam-se habilitados para atuar no campo brasileiro, ou melhor, no nosso BNB, exercitando com segurança e garantia, o que já faziam nos seus países de origem.
Um grupo deles, com esses argumentos, conseguiu convencer o Presidente Honorário a abrir uma conta da Empresa nesse BNB. Fui então encarregado de providenciar a documentação necessária para tal, de forma urgentíssima e assim o fiz.
Como me relacionava de forma amigável com os profissionais do ramo financeiro da Cidade, decorridos três meses após a conta aberta, fui notificado por um desses amigos, que o tal Banco iria estourar em vinte e quatro horas.
De pronto, coloquei o Presidente a par da notícia e tomei as medidas cabíveis para zerar a Conta da Empresa no citado Banco, fugindo das regras de praxe, de ter tal montante retido pelo Banco Central do Brasil, se não tivéssemos tomado tal providência.
Ali, o Presidente pode atestar minhas reais influências comerciais no mercado em questão e parabenizando-me, pediu que eu contratasse o meu amigo que me deu a notícia, para trabalhar no nosso Grupo.
Expliquei ao Presidente que a forma mais concreta de agradecermos o aviso que nos salvou, era abrirmos uma conta no Banco que ele gerenciava.
Dessa forma, nos livramos da intervenção do Banco Central e agraciamos meu amigo da maneira mais justa.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 02/04/11)
Fonte da imagem:honeydany.blogspot.com

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um Coronel brasileiro enobrece o Brasil diante da ONU

Naquela época, eu servia como convocado no Regimento Escola de Infantaria e sentia o maior orgulho em ser comandado pelo Coronel Álvaro Alves da Silva Braga, que exercia a função de nosso Chefe dentro de um Quartel com aproximadamente quatro mil homens.
Esse Quartel pertencia ao Primeiro Grupamento Tático da ONU.
Como era de conhecimento mundial, representava a maior força militar da América Latina.
De uma certa feita, eu fiquei muito orgulhoso ao imaginar que a ONU mantinha em todo o mundo, em diversos Continentes, aquele mesmo processo de defesa, diante de qualquer crise mundial que ocorresse.
Esse Coronel instalou no Regimento Escola, uma granja, com o intuito de suprir a alimentação daquela tropa permanente, que ficaria em exercício no Brasil, por mais de dez anos.
Assim, visava garantir uma economia para aquela 0rganização.
Para que a Granja se sustentasse era necessário um trabalho profícuo e eficiente de toda a tropa. Era naquilo que o Cel. se amparava para levar a efeito sua idéia de redução de custo.
Como o Regimento Escola possuía cinco batalhões, com cinco Companhias de Serviço diferentes, não foi difícil levar a cabo uma programação semanal, em rodízio, durante todo o ano de campanha de instrução.
Eu, como muitos deles, colaborei sobremaneira naquele intuito, pois,a cada semana,quando estava em serviço, transportava em marcha até a Granja, cento e setenta e cinco soldados e cabos, dirigidos por seus sargentos e pelo oficial comandante de um dos pelotões daquela Cia, para realizar um trabalho idealizado por mim, no sentido de manter aquela Granja limpa e produtiva.
Criei grupos diversos de trabalho para capinas, abertura de trilhas na mata, manutenção de galinheiros e pocilgas, bem como dos lagos onde havia a criação de patos. Formatei horário de trabalho e de descanso e refeições durante toda a semana em que estava ativo e no que se refere às capinas, idealizei uma novidade sureal.
Dei a cada um dos soldados, uma área quadrada dentro da mata, estipulada na metragem de quatro passos duplos de comprimento e largura, com cerca de trinta e seis metros quadrados que, como ficavam lado a lado, totalizavam três mil e seiscentos metros de área a ser capinada e limpa durante toda a semana.
Delineado o trabalho, não requeria supervisão, me possibilitando a leitura dos jornais diários, enquanto aguardava a conclusão das tarefas.
Nos horários de almoço e lanche, os soldados colocavam as questões necessárias e me davam ciência das ocorrências.
Minha maior satisfação foi receber o Cel. Álvaro no final da semana que, para minha surpresa, proferiu o maior elogio ao grupo, fazendo questão de formalizar como regra a linha de trabalho que eu adotei. Naquela oportunidade, fez questão de dizer que embora dois batalhões já tivessem passado por lá para realizar aquele trabalho, nenhum deles teve uma idéia tão brilhante como a minha.
O Cel ficou tão incentivado com nossa atuação que, a cada final de ano quando vinham ao Brasil os Generais Comandantes da ONU, ele fazia absoluta questão de levá-los à Granja e exibir aquela grande forma de economia alimentar.
Esse é um dos grandes momentos que eu trago na memória.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)

Fonte da imagem:turismomt.com.br

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O tráfico de drogas no Regimento

Naquela época, eu fazia parte do Regimento Escola de Infantaria e era o Oficial de Dia ao Regimento.
Estava eu organizando a programação do trabalho do dia seguinte, composta do hasteamento da Bandeira às seis horas da manhã e da entrega e contagem dos presos das celas disciplinares e das celas dos presos à disposição da Justiça, quando o telefone tocou me chamando.
Ao atender, vi que era meu colega Dauilo Fernandes, estagiário como eu. Disse-me que no dia seguinte ao me substituir como oficial de dia, no horário da troca da guarda, iria prender os soldados traficantes de drogas dentro do presídio. Reforçou pedindo-me que ficasse bastante atento naquele momento.
E assim se deu. Cientificou-me da sua tática.
Sabia ele que o posicionamento das tropas (a que sai e a que entra) ficando frente a frente e se cruzando no momento da troca de guarda, facilita a passagem da droga.
Disse-me que embora não fosse permitida conversa entre os soldados naquele momento, ele iria liberar a conversação, para que então identificasse os portadores de drogas e poder efetuar as prisões.
Os soldados interessados na droga, se comunicavam de forma diversa, fato facilmente identificado pelo meu colega Dauilo, que os marcou no grupo e os revistou, encontrando os papelotes de cocaína, prontos para comercialização.
Lá, em 1957, coisas parecidas com as que vemos hoje, já ocorriam.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:auriverde.am.br

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um alerta para a segurança doméstica

Na vida presente, principalmente no caso de moradia de grupos familiares que se desenvolvem devido às expansões dos condomínios fechados, sejam de prédios ou casas planejadas adequadamente pelos seus donos, deve-se estabelecer novas regras de segurança, para modelos mais aperfeiçoados, apesar de toda a tecnologia avançada que cerca o mundo.
Vivenciei um caso importante de quebra de sigilos, através da associação de um determinado funcionário que admitimos para garantir a nossa segurança.
O caso se deu numa virada de final de ano, quando eu me deslocava para a casa de minha mãe e ao passar pela portaria do prédio, encontrava o porteiro chefe bradando em voz alta que se o vigia da noite, seu substituto direto, não chegasse na hora aprazada, ele iria abandonar seu posto e ir para a casa, visto que era final de ano e precisava comemorar com a família.
Eu, antes de sair, o chamei e argumentei sobre a sua grande responsabilidade no cargo, frisando que ele jamais deveria fazê-lo, sem a transferência de posto.
Deixei-o ciente de que ele seria o único responsável, se ocorresse alguma coisa de grave no prédio, na sua ausência.
Após passar a entrada de ano com minha mãe, regressei à casa por volta de quatro horas da manhã e encontrei os moradores do prédio em sobressalto, verificando que todo o quarto andar tinha sido arrombado. Cabe salientar aqui, que era do conhecimento do porteiro que naquela noite todos os moradores dos quatro apartamentos estariam fora de casa, em viagem.
Como síndico, tomei as providências de praxe acionando a polícia e as investigações comprovaram que o porteiro estava associado ao grupo de assaltantes.
A forma como isso foi descoberto é que vale a pena ressaltar: um carroceiro comprador de eletrodomésticos enguiçados e material reciclável, que costumava coletar esses materiais na lixeira do prédio, foi visto e denunciado pelos vizinhos do prédio em frente, carregando o objeto do roubo.
Quem poderia imaginar que uma criatura pobre e trabalhadora, faria parte daquele complô com o porteiro?
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:independenciano.com.br

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ganância na economia mundial

Quando trabalhei no ramo alimentício, como gerente de distribuição e análise num frigorífico, tive que fiscalizar várias formas de fornecimento para uma rede de açougues e diversas redes de pastelarias, salsicharias e restaurantes.

O maior peso da minha atuação se concentrava no controle direto da venda do boi no campo, para os outros frigoríficos, já que a carne do frigorífico onde eu exercia a função de administrador, era oriunda das fazendas da rede.

Pela minha observação, verifiquei que o boi até o seu destino, tinha uma perda em cada traseiro de dez por cento do seu peso.

Isso se dava porque os funcionários encarregados da entrega, antes de deixar o boi no local de destino, desviavam esse percentual de carne para um saco plástico, devidamente escondido no fim da carroceria dos caminhões.

Essas pontas eram cortadas de diferentes peças e objetivavam uma renda pessoal aos entregadores, pelo oferecimento nas lanchonetes e restaurantes, que as compravam por valores bem mais baratos.

Por outro lado, conversando com a equipe de criadores, nas fazendas, soube que os donos do boi já estavam defendidos daquela perda, quando o boi ainda estava sendo laçado no campo, pois eles, os donos do boi, aplicavam o preço ao boi em pé, nas balanças, após fazerem os bois ficarem bem mais pesados pela administração de  sal  na ração, o que os levava a beber muita água.

Da mesma forma, nos açougues, também havia esperteza. Para se defenderem dos prejuízos, vendiam os ossos para as fábricas de pentes, cintos e botões, além das fábricas de rações.

Pobre do povo consumidor que não tem como se defender.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte de imagem:eloizanetti.com.br