Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um Coronel brasileiro enobrece o Brasil diante da ONU

Naquela época, eu servia como convocado no Regimento Escola de Infantaria e sentia o maior orgulho em ser comandado pelo Coronel Álvaro Alves da Silva Braga, que exercia a função de nosso Chefe dentro de um Quartel com aproximadamente quatro mil homens.
Esse Quartel pertencia ao Primeiro Grupamento Tático da ONU.
Como era de conhecimento mundial, representava a maior força militar da América Latina.
De uma certa feita, eu fiquei muito orgulhoso ao imaginar que a ONU mantinha em todo o mundo, em diversos Continentes, aquele mesmo processo de defesa, diante de qualquer crise mundial que ocorresse.
Esse Coronel instalou no Regimento Escola, uma granja, com o intuito de suprir a alimentação daquela tropa permanente, que ficaria em exercício no Brasil, por mais de dez anos.
Assim, visava garantir uma economia para aquela 0rganização.
Para que a Granja se sustentasse era necessário um trabalho profícuo e eficiente de toda a tropa. Era naquilo que o Cel. se amparava para levar a efeito sua idéia de redução de custo.
Como o Regimento Escola possuía cinco batalhões, com cinco Companhias de Serviço diferentes, não foi difícil levar a cabo uma programação semanal, em rodízio, durante todo o ano de campanha de instrução.
Eu, como muitos deles, colaborei sobremaneira naquele intuito, pois,a cada semana,quando estava em serviço, transportava em marcha até a Granja, cento e setenta e cinco soldados e cabos, dirigidos por seus sargentos e pelo oficial comandante de um dos pelotões daquela Cia, para realizar um trabalho idealizado por mim, no sentido de manter aquela Granja limpa e produtiva.
Criei grupos diversos de trabalho para capinas, abertura de trilhas na mata, manutenção de galinheiros e pocilgas, bem como dos lagos onde havia a criação de patos. Formatei horário de trabalho e de descanso e refeições durante toda a semana em que estava ativo e no que se refere às capinas, idealizei uma novidade sureal.
Dei a cada um dos soldados, uma área quadrada dentro da mata, estipulada na metragem de quatro passos duplos de comprimento e largura, com cerca de trinta e seis metros quadrados que, como ficavam lado a lado, totalizavam três mil e seiscentos metros de área a ser capinada e limpa durante toda a semana.
Delineado o trabalho, não requeria supervisão, me possibilitando a leitura dos jornais diários, enquanto aguardava a conclusão das tarefas.
Nos horários de almoço e lanche, os soldados colocavam as questões necessárias e me davam ciência das ocorrências.
Minha maior satisfação foi receber o Cel. Álvaro no final da semana que, para minha surpresa, proferiu o maior elogio ao grupo, fazendo questão de formalizar como regra a linha de trabalho que eu adotei. Naquela oportunidade, fez questão de dizer que embora dois batalhões já tivessem passado por lá para realizar aquele trabalho, nenhum deles teve uma idéia tão brilhante como a minha.
O Cel ficou tão incentivado com nossa atuação que, a cada final de ano quando vinham ao Brasil os Generais Comandantes da ONU, ele fazia absoluta questão de levá-los à Granja e exibir aquela grande forma de economia alimentar.
Esse é um dos grandes momentos que eu trago na memória.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)

Fonte da imagem:turismomt.com.br

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O tráfico de drogas no Regimento

Naquela época, eu fazia parte do Regimento Escola de Infantaria e era o Oficial de Dia ao Regimento.
Estava eu organizando a programação do trabalho do dia seguinte, composta do hasteamento da Bandeira às seis horas da manhã e da entrega e contagem dos presos das celas disciplinares e das celas dos presos à disposição da Justiça, quando o telefone tocou me chamando.
Ao atender, vi que era meu colega Dauilo Fernandes, estagiário como eu. Disse-me que no dia seguinte ao me substituir como oficial de dia, no horário da troca da guarda, iria prender os soldados traficantes de drogas dentro do presídio. Reforçou pedindo-me que ficasse bastante atento naquele momento.
E assim se deu. Cientificou-me da sua tática.
Sabia ele que o posicionamento das tropas (a que sai e a que entra) ficando frente a frente e se cruzando no momento da troca de guarda, facilita a passagem da droga.
Disse-me que embora não fosse permitida conversa entre os soldados naquele momento, ele iria liberar a conversação, para que então identificasse os portadores de drogas e poder efetuar as prisões.
Os soldados interessados na droga, se comunicavam de forma diversa, fato facilmente identificado pelo meu colega Dauilo, que os marcou no grupo e os revistou, encontrando os papelotes de cocaína, prontos para comercialização.
Lá, em 1957, coisas parecidas com as que vemos hoje, já ocorriam.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:auriverde.am.br

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um alerta para a segurança doméstica

Na vida presente, principalmente no caso de moradia de grupos familiares que se desenvolvem devido às expansões dos condomínios fechados, sejam de prédios ou casas planejadas adequadamente pelos seus donos, deve-se estabelecer novas regras de segurança, para modelos mais aperfeiçoados, apesar de toda a tecnologia avançada que cerca o mundo.
Vivenciei um caso importante de quebra de sigilos, através da associação de um determinado funcionário que admitimos para garantir a nossa segurança.
O caso se deu numa virada de final de ano, quando eu me deslocava para a casa de minha mãe e ao passar pela portaria do prédio, encontrava o porteiro chefe bradando em voz alta que se o vigia da noite, seu substituto direto, não chegasse na hora aprazada, ele iria abandonar seu posto e ir para a casa, visto que era final de ano e precisava comemorar com a família.
Eu, antes de sair, o chamei e argumentei sobre a sua grande responsabilidade no cargo, frisando que ele jamais deveria fazê-lo, sem a transferência de posto.
Deixei-o ciente de que ele seria o único responsável, se ocorresse alguma coisa de grave no prédio, na sua ausência.
Após passar a entrada de ano com minha mãe, regressei à casa por volta de quatro horas da manhã e encontrei os moradores do prédio em sobressalto, verificando que todo o quarto andar tinha sido arrombado. Cabe salientar aqui, que era do conhecimento do porteiro que naquela noite todos os moradores dos quatro apartamentos estariam fora de casa, em viagem.
Como síndico, tomei as providências de praxe acionando a polícia e as investigações comprovaram que o porteiro estava associado ao grupo de assaltantes.
A forma como isso foi descoberto é que vale a pena ressaltar: um carroceiro comprador de eletrodomésticos enguiçados e material reciclável, que costumava coletar esses materiais na lixeira do prédio, foi visto e denunciado pelos vizinhos do prédio em frente, carregando o objeto do roubo.
Quem poderia imaginar que uma criatura pobre e trabalhadora, faria parte daquele complô com o porteiro?
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:independenciano.com.br

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ganância na economia mundial

Quando trabalhei no ramo alimentício, como gerente de distribuição e análise num frigorífico, tive que fiscalizar várias formas de fornecimento para uma rede de açougues e diversas redes de pastelarias, salsicharias e restaurantes.

O maior peso da minha atuação se concentrava no controle direto da venda do boi no campo, para os outros frigoríficos, já que a carne do frigorífico onde eu exercia a função de administrador, era oriunda das fazendas da rede.

Pela minha observação, verifiquei que o boi até o seu destino, tinha uma perda em cada traseiro de dez por cento do seu peso.

Isso se dava porque os funcionários encarregados da entrega, antes de deixar o boi no local de destino, desviavam esse percentual de carne para um saco plástico, devidamente escondido no fim da carroceria dos caminhões.

Essas pontas eram cortadas de diferentes peças e objetivavam uma renda pessoal aos entregadores, pelo oferecimento nas lanchonetes e restaurantes, que as compravam por valores bem mais baratos.

Por outro lado, conversando com a equipe de criadores, nas fazendas, soube que os donos do boi já estavam defendidos daquela perda, quando o boi ainda estava sendo laçado no campo, pois eles, os donos do boi, aplicavam o preço ao boi em pé, nas balanças, após fazerem os bois ficarem bem mais pesados pela administração de  sal  na ração, o que os levava a beber muita água.

Da mesma forma, nos açougues, também havia esperteza. Para se defenderem dos prejuízos, vendiam os ossos para as fábricas de pentes, cintos e botões, além das fábricas de rações.

Pobre do povo consumidor que não tem como se defender.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte de imagem:eloizanetti.com.br

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A crise da gripe asiática

A gripe asiática atingiu o Brasil na década de cinqüenta, entre os anos cinqüenta e sete e cinqüenta e nove.
Naquela época, eu estagiava no Regimento Escola de Infantaria, que possuía um efetivo de quatro mil homens e portanto, um grande risco para as concentrações que contribuiriam para as futuras contaminações e as chances de colocar à prova a nossa população.
A partir daquele momento, nosso Coronel comandante resolveu criar uma grande área de isolamento, para que fossem alocados, os soldados que identificássemos dentro do grupo, como contaminados.
Nossa primeira providência foi transformar o rancho (refeitório), denominado por nós, de Ásia, em hospital de emergência. Como as mesas eram de granito, cada uma delas, onde cabiam cerca de cem soldados comendo, foram transformadas em camas, pois teríamos que manter naquele racho/isolamento, os portadores da doença.
Para agilizar os trabalhos, ficamos de prontidão e alerta, sem podermos ir para casa, cerca de quatro meses.
Medicávamos e vigiávamos os soldados com a gripe, impedindo sua fuga para as ruas, ainda doentes.
Essa providência lúcida, tomada por um Cel. responsável, contribuiu para a eliminação da doença, cuidando para que só fossem para casa, os doentes passados da fase de risco.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)

Fonte da imagem:unicamp.br

domingo, 25 de setembro de 2011

O que a Presidenta Dilma leva em sua mala de viagem?

Há pelo ar uma grande curiosidade. Todos os jornais da TV tecem notícias sobre os 100 primeiros dias de governo.
Observo nos cientistas políticos, quando de seus comentários, uma grande preocupação em analisar de uma forma diferente, o processo de governo que vem sendo implantado no dia a dia de um Brasil com ares femininos.
Fico com a idéia de que ganhamos uma mãezona. Desde o dia em que ela nos mostrou as dependências internas do Palácio da Alvorada na companhia do Obama, via-se nas suas atitudes, a promessa de que manteria em alta e em todas as formas, o tom delicado do seu discurso, demonstrando que o Brasil de hoje começa a ter um grande peso dentro da economia mundial.
No entanto, pelo que vejo, está no momento de mudarmos o nosso campo político.
Sempre fomos um país mau pagador e deixávamos uma idéia errada ao FMI, de que seríamos os eternos irrecuperáveis. Brincando com a verdade, podemos dizer que o Presidente Lula foi um presidente de fundo de quintal, tendo ele se preocupado demasiadamente e exageradamente com a oficialização do grau de crescimento, não só das terras dos nossos índios,no passado, como das bolsas das nossas famílias, no recente futuro. Essa afirmação foi comprovada quando verifiquei que para aquele tipo de investimento, bolsas famílias, o Presidente FHC só destinou cerca de dois bilhões, enquanto o Presidente Lula atingiu quase quatorze bilhões de reais, ressalvadas todas as proporcionalidades.
Acredito que esse seja um grande problema para a nova Presidenta que também carrega em sua mala, restos a pagar, de valores consideráveis.
Pobres dos aposentados que construíram esse país e vivem escondidos atrás desses bilhões de dólares. E sem contar que a nossa imprensa já começa a falar sobre a queda do PIB e do aumento da inflação.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:paduacampos.com.br

sábado, 24 de setembro de 2011

Japão – êta, nação corajosa!

A grande nação nipônica cuida hoje do segundo maior susto dentro da sua vida e do seu meio ambiente.
Não foi à toa, que os japoneses na Segunda Guerra Mundial, se aliaram ao nazismo e ao fascismo e mostraram uma figura humana diferente, diante das outras nações.
Eu, naquela época, ainda criança,discutia com os colegas de rua, a coragem encarnada em cada japonês.
O olho apertado demonstra uma face encruada de medo que, sendo o seu principal aliado, lhe dá a coragem extrema.
Buscávamos traduções de linguagem e buscávamos o que significava “haraquiri”, quando contavam a grande nobreza de seus fortes guerreiros, praticantes dos assustadores “camicases”.
Por terem se fortificado com essas práticas ao longo dos séculos, hoje eles atuam com muita naturalidade diante das avalanches provocadas pela natureza, mantendo o olhar firme em busca das soluções.
Pudemos constatar essa segurança nas atitudes do Imperador japonês quando falava à sua nação.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:democraciapolitica.blo...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A água salgada do mar



Você por acaso sabe a razão da água do mar ser salgada?

Vou citar de imediato, apenas pela minha observação, que temos vários motivos para chegarmos a essa indagação.

O principal deles eu experimentei por ocasião da fabricação de saponáceos, cremes de barbear e cloro.

Notamos que, tecnicamente, os profissionais ao se referirem a soda-cáustica, base dos sabões, em qualquer nota fiscal ou pedido de compra, usam a nomenclatura de escama de peixe.

Confirmamos assim que os milhões de peixes existentes no mar, liberam as escamas que, por sua vez, vão envelhecendo e, pelo balanço das águas, vão para as profundezas do fundo do mar, formando o lençol de pré-sal, onde se originam também as salinas dos litorais do globo terrestre.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:downloads.open4group.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Os partidos políticos no Brasil


Nessa nova posição econômica de Brasil, diante do mercado mundial, nós temos que pensar seriamente na quantidade de partidos políticos aqui existentes.
Sem dúvida nenhuma, essa grande diversidade, torna os diálogos muito mais difíceis de fluência na aprovação das medidas políticas.
Nesse mister, deveríamos copiar modelos como o existente nos Estados Unidos. Essa grande nação, instrutora do mundo, tem apenas dois partidos: o Republicano e o Democrata.
Isso simplifica as decisões, acelerando a velocidade de solução das propostas requeridas.
Essa diferença entre Brasil e Estados Unidos, nos faz pensar que devemos urgentemente mudar nesse sentido, para obtermos sucesso junto a Organização Mundial de Comércio, pois caso contrário, jamais estaremos preparados para fazer frente ao crescimento esperado em nossa economia.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte da imagem:informenoticia1.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Você já comeu jiló?


Durante todo o período em que trabalhei em empresas multinacionais, ocorria sempre nos almoços com outros executivos, a estranheza que sentiam, quando eu pedia ao garçom um prato de jiló.
Sei que a melhor maneira de se conhecer profundamente um indivíduo e suas origens, é convidá-lo a sentar para comer em nossa mesa.
As pessoas no meu nível não concebiam outra forma de alimentação que não fosse a sofisticada, condizente com o traje e a intelectualidade, mas eu fugia à regra e me deliciava com o espanto e as gozações do grupo.
Minha resposta às expressões dos demais, era fazê-los sentir que a vida tem dois lados: o amargo e o doce. Comendo o amargo eu, certamente levaria nos bolsos, para a empresa que eu representava, o doce que eles mesmos iam me propiciar, ou seja, os bons negócios.
Num determinado dia, discutia-se naquela mesa de almoço, uma aprovação de crédito de um valor considerável e eu era responsável pela explicação aos diretores de Banco do valor negativo no Balanço Financeiro, que demonstrava um prejuízo exorbitante.
Depois de comer o jiló e para justificar aquele prejuízo, citei que, diferentemente das outras empresas, o grupo que era europeu, embuia no Balanço o ativo fixo ainda a ser realizado.
A gargalhada foi geral e aí é que eu acho que eles entenderam o porque de eu comer jiló.
(Jorge Queiroz da Silva - em ditado em 03/04/11)
Fonte da imagem:flickr.com

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A criatividade de uma entrevista


 Naquela época eu estava mudando de carreira e de emprego, me candidatando a uma vaga no Jornal Diário de Notícias, quando vivia um processo de falência, que eu desconhecia.
Apresentei-me pela convocação de um jornal de grande distribuição, como candidato a preencher aquela vaga.
Lá, fui atendido pelo Diretor Administrativo Financeiro, Dr. Alfredo Cavalcanti, que tinha um discurso único, no início da entrevista. Dizia que não podia perder tempo com choramingas. Estávamos na semana anterior ao Carnaval e o tempo era demasiadamente curto para ele.A entrevista não era propriamente uma entrevista mas apenas o passar de um dever de casa. Instruia os candidatos a fazer em casa um projeto explicando como funcionava uma empresa desde sua base de estudo de mercado até a entrega do produto final, relacionando todos os departamentos detalhadamente. Nós, candidatos ao emprego, teríamos que entregar aquele trabalho após o Carnaval, para sua análise e decisão de escolha.
Embora ele tivesse me tirado a chance de explanar verbalmente meus conhecimentos, ainda assim, eu pude vivenciar naquele projeto toda a minha criatividade.
Dando asas à imaginação, fui direto a uma papelaria do bairro e adquiri um caderno de costureira, modelo de caderno de desenho que mais se adequava ao que eu tinha em mente.
Naquele caderno eu teria os espaços necessários à escrita e aos fluxogramas.
Por mais estranho que pareça, aquela forma de apresentar o projeto, me fez ganhar o lugar.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 17/04/11)

Fonte da imagem:creajrpr.wordpress.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Brasil acertou naquela viagem à China

Estou feliz como brasileiro. A China, hoje a maior nação produtiva do mundo, mostra que uma grande casa desponta dentro do maior cenário de mão de obra mundial.

Sua recepção à Presidenta brasileira, Dilma, demonstrou ao mundo asiático que o Brasil, um país sul-americano, já encontra motivos especiais para uma colaboração de um uso de negócios internacionais, que o transformará junto aos Brics em um dos melhores defensores da sustentabilidade mundial.

Já tomamos conhecimento do entusiasmo dos principais dirigentes da China que, de antemão, já fizeram voltar dentro da mala da nossa Presidenta, um pedido de compra de trinta e cinco boeings de fabricação nacional que farão parte das ligações comerciais futuras junto àquela grande expressão de negócios. Esse país, com mais de um bilhão e trezentos milhões de habitantes, pela ordem do seu Presidente, passará também a consumir a carne suína brasileira, mostrando que nossa dirigente não assumiu o lugar no Planalto, para brincadeiras.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 20/04/11)

Fonte da imagem:santosshiplovers.blogs...

domingo, 18 de setembro de 2011

O ouro se valoriza acima da média histórica




Há quatro dias atrás, publiquei neste blog um artigo falando do ouro como moeda ideal de negócios no mundo.
Hoje, assistindo o noticiário da TV, fui surpreendido com as notícias da alta valorização do ouro, que vai de encontro ao meu artigo, provando que existe uma base já utilizada anteriormente pelo Fundo Monetário Internacional que media a capacidade de todas as nações produtivas do mundo, pelas suas reservas em ouro.
No momento angustiante em que a economia americana balança junto com a sua moeda, o dólar, os grandes financistas dos principais países, deveriam estudar essa opção citada, da moeda ouro, não deixando que ela só tenha relevo em algumas outras nações, como se fossem apenas bens de valor.
A cultura geral, nos fez utilizar o ouro, como um bem material de uso comum e presenteável, não só como um acessório na indumentária, mas também no ramo da saúde e foi sempre dessa forma que o vimos no mercado. Esse metal nobre deveria também ser pensado como moeda.
Há anos atrás, um dirigente de empresa do meu conhecimento, tinha o hábito de presentear a esposa, quando comemoravam aniversário de casamento, com uma moeda de ouro do Reino Unido, estampada com a figura de reis e rainhas. A cada ano, essa moeda, adquirida para ser pendurada em uma pulseira, ganhava um novo personagem e contribuía para o aumento da fortuna do casal.

 

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 20/04/11)
Fonte da imagem:pensandoverde.blogtv.u...

sábado, 17 de setembro de 2011

Uma passagem de ano complicada

Pela primeira vez, depois de muitos anos, eu voltei a comemorar o ano novo na companhia de minha mãe. Era o primeiro ano em que ela, depois que eu casei, tinha voltado a residir em minha casa.

Logo, próximo à meia-noite, estávamos sentados no terraço conversando, quando um vizinho do prédio em frente, começou a atirar em nossa direção, da sua janela. Surpreendentemente, uma das balas, passou rasteira entre nós dois e atingiu o piso, desaparecendo dentro da cozinha.

Minha providência imediata foi tentar encontrar o projétil e me dirigir à Delegacia mais próxima. No entanto, minha busca teve que ser, naquele momento, deixada de lado.

Intimamente, eu me prometia encontrar aquela bala e fazer prova daquele absurdo. Isso ocorreu somente,treze dias depois. Aí munido de um requerimento montado por mim, com o projétil nele anexado,dirigi-me a Delegacia do bairro e dei início a um processo. O Delegado de plantão entregou-me um protocolo e me prometeu providências imediatas.

Como decorreram quinze dias sem que eu tivesse a solução do caso, voltei à Delegacia e pedi a devolução do requerimento e da bala. Embora não devesse me atender, ele, novo naquela Delegacia, aquiesceu e entregou-me toda a documentação.

Indignado e descrente, resolvi me dirigir ao local do crime. Lá, convoquei o Síndico e passei toda a documentação para que ele, que talvez abrigasse um criminoso, tomasse as medidas cabíveis. Informei-o de que a Delegacia já estava a par do caso.

Por incrível que pareça, a solução que eu não tive da Delegacia, tive do Síndico que iniciou um processo de retirada daquele elemento da comunidade, com sucesso.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 20/04/11)

Fonte da imagem: asetadocupido.blogspot...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Jesus e Jorge sentam-se para a ceia da Páscoa

O encontro de Jesus e Jorge tem um motivo raro.
Ele só acontece, segundo as experiências passadas, a cada trinta e oito anos.
O criador da paz, Jesus, e o defensor da guerra, Jorge, se reunem depois de todo esse tempo para discutirem a evolução da vida na Terra.
Hoje, demonstram, diante dos seus  fanáticos seguidores a conivência infinita para salvaguardar e proteger a vida dos seus eternos discípulos.
Neste dia de Páscoa, me alegra muito verificar que por ter sido batizado com o nome de Jorge, tenho que carregar comigo a compreensão da guerra que teve minha mãe para escolher tal nome para mim.
Minha mãe casada e grávida aos quatorze anos, sofria já, há tres dias, as dores do parto e naquela luta para me fazer nascer, pediu a proteção de São Jorge, prometendo com o seu nome me batizar.
Toda a dificuldade para me trazer ao mundo devia-se à constituição física de minha mãe que era mignon e ao meu grande peso, cinco quilos e duzentos gramas.
Hoje, o santo guerreiro desce do seu cavalo nas conhecidas matrizes do Rio de Janeiro, a da Praça da República e a de Quintino e vem se juntar à platéia de seus fiéis que oram pelo renascimento de Cristo, fazendo a celebração da Páscoa ainda mais bonita.

(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 24/04/11)

Fontes das imagens: recado.net e traoselaos.blogspot.com

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Chegou a hora, o Brasil se apresenta como um ganhador!

Todos dirão assim: - O Lula deu jeito no Brasil!
Eu, já penso diferente e exatamente ao contrário. O Brasil deu jeito no Lula.
Quando eu me lembro do Brasil de vinte anos atrás, quando eu assessorava um famoso industrial, Antonio de Sommer Champalimaud, aprendi com ele que país de muita sigla é país de muitos tapumes, é IN isso e IN aquilo. Naquela época, ele trabalhava aqui, mesmo perseguido pelo nosso Ministério Público, para montar nada menos do que doze empresas e afirmava que não tinha vindo para o Brasil para mentir nem enganar e sim para trazer nos bolsos, não só dinheiro, mas idéias sustentáveis por uma forma correta de fabricar e construir. Aquela afirmação me foi dita no mesmo dia em que me delegava a função de negociar com um Banco um valor de suprimento de folha de pagamento dos seus dois mil empregados. Entregou-me cópia do Balanço trimestral da empresa matriz e me recomendou que ao apresentá-lo a diretoria do Banco firmasse as verdades ali contidas. Inicialmente, eu deveria sacar a importância de dez milhões de dólares. No Banco, na reunião com a área econômica, contestaram o Balanço, que segundo eles, indicava a empresa como devedora. Naquele momento entendi as palavras do velho Champalimaud. Para justificar o valor devedor, expliquei que o Balanço relatava os compromissos financeiros da empresa, e, consequentemente, o ativo fixo estava imbuído de um saldo negativo futuro. Diante da minha explanação sobre aquela verdade, incomum nos Balanços das empresas brasileiras, o valor foi liberado.
Daí a semelhança do caso com o Lula, pois depois do Lula, o balanço brasileiro figura com “restos a pagar”.
(Jorge Queiroz da Silva -em ditado, 02/06/11)
Fonte da imagem:suapesquisa.com

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A minha visita a um Batalhão para tentar mostrar a inocência de um soldado preso.

Minha mãe me deu a incumbência de visitar e tentar obter a soltura de meu primo, seu afilhado, no presídio do quartel. A princípio fiquei assustado, pois o Coronel comandante daquele Batalhão tinha sido meu professor no CPOR-RJ e tinha me provado durante toda a minha estada lá que ele não simpatizava comigo. Arquitetei várias formas para chegar a ele, embora como afirmei à minha mãe não saberia se sairia de lá vitorioso naquela empreitada.
No quartel depois das medidas de praxe, me apresentei ao Coronel que ouviu minhas argumentações, ou seja, meu pedido de soltura, mesmo que provisória, para o meu primo, cujo delito tinha sido indisciplina. Uma das minhas argumentações para que ele aquiescesse, foi dizer que meu primo era um dos atletas da olimpíada militar, ao que o coronel respondeu que concordava em soltá-lo para apenas o próximo jogo. Caso o time ganhasse, ele concordaria em soltá-lo para jogar em todas as competições, mas caso ele perdesse, continuaria preso até se extinguir a pena.
Embora o Coronel não tivesse me atendido na totalidade, minha mãe ficou satisfeita.
(Jorge Queiroz da Silva , em ditado-02/06/11)
Fonte da imagem:jornalvicentino.com.br

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Seria o ouro, a moeda internacional ideal?

A minha experiência anterior sobre esse assunto, já vem de longe. De 1960 a 1980, convivi com o honorário brasileiro, recomendado pelo Presidente Juscelino Kusbichek, o Sr. Antonio de Sommer Champalimaud, que representava uma das maiores fortunas individuais do mundo.
Ele não se cansava de me dizer que não suportava economistas, pois eles usam siglas e fórmulas, quando a vida correta eram somente relacionadas às quatro operações. Dizia que quando viajava pelo mundo, portava nos bolsos uma moeda que representava o mesmo valor no Universo comercial, fosse qual fosse a condição.
Gabava-se das folhinhas de ouro que sempre trazia consigo. Dizia também que a economia internacional não deveria responsabilizar nenhum país pela dança do mercado financeiro e deveria liberar daquelas responsabilidades as grandes nações do mundo, haja vista os estouros das bolsas internacionais em 1929 e as suas influências na garantia da moeda americana, que quase levaram o mundo a uma quebradeira geral.
Com todo aquele gabarito internacional, quando eu o conheci, diziam as más línguas, que ele ao comprar o seu primeiro Banco, verificou que os clientes só poupavam, acreditando nos rótulos daquelas entidades, lá deixando seus valores parados e rendendo, o que o levou a pagar o valor investido com o próprio dinheiro depositado pelos correntistas.
Será que ele tinha razão quando pregava que o ouro era a moeda ideal?
Ele acreditava tanto nisso que era um dos maiores clientes Degussa no Brasil.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado, 17/04/11)
Fonte da imagem:reisman.com.br

domingo, 11 de setembro de 2011

O cigarro e a bebida, as próximas vítimas!

Confesso que não sou nenhum fumante, nem beberrão inveterado, mas de todo não apóio a campanha deslavada, que vem sendo feita, contra esses dois hábitos comuns da humanidade. O Governo tem que arriscar, mesmo sabendo que esses dois vícios que não contribuem para a economia na área de saúde e levam uma infinidade de pessoas, a lotarem as enfermarias dos hospitais públicos e privados, e ainda provocam desajustes familiares, afetam em muito a produtividade do nosso país.Tenho alguns exemplos em minha família. Meus tios num total de 8 filhos, por parte de minha mãe, todos sem exceção foram vítimas do fumo e da bebida, e quantas outras famílias, também não foram atingidas?Mas temos que nos preparar para educarmos os nossos filhos a não beberem e a não fumarem. Existe o lado engraçado da coisa, como exemplo, a entrevista que vovô Osório deu ao Jô Soares, há algum tempo atrás, onde vimos uma figura de cento e quatorze anos de idade, que deixou de fumar aos cento e quatro anos,depois de fazer uso do cigarro, num período de noventa e seis anos.Tal usuário do cigarro ainda afirmou para o entrevistador, que não estava muito bem de saúde, porque fazia sexo quatro vezes ao dia, nas suas passadas em casa, e à noite após um dia de trabalho, queria repetir o ato, esquecendo que já havia feito. Dizia ao entrevistador que não estava bem de saúde porque sua memória não funcionava bem.Temos ainda que lembrar, que as fábricas de cigarros, representavam há uns anos atrás, a maior tributação em termos de IPI.O mercado financeiro balançava, todas as vezes, quando era previsto o recolhimento desse tipo de tributo, que levava alguns dos pequenos Bancos, a pedirem recursos ao Banco Central, para suportarem as saídas de caixa. Por sinal, a bebida também no início do ciclo industrial brasileiro, era uma das grandes divisas de tributos do governo.Naquela época, o imposto de consumo, era pago antecipadamente, para selagem dos produtos, que faziam parte do faturamento de muitas empresas. O restante do mundo, é grande consumidor de bebidas, pois o clima frio sempre obriga o seu uso, até no preparo de pratos quentes ou comidas especiais.Temos sempre que combater o fumo, a bebida, o narcotráfico, mas temos também que educar e criar um limite de consumo, que não possa afetar a saúde , a produtividade e o bom-senso de nossos filhos.Pensemos também que uma massa de profissionais, trabalha nestes dois campos e não podemos fomentar o desemprego em nosso país.Sabemos também que os números revelados pelas estatísticas nessa área, não correspondem aos índices da realidade, pois os nossos Institutos, deixam de incluir nesses cálculos, a grande população das nossas penitenciárias, que vivem improdutivamente.Os países do chamado primeiro mundo, não deixam de incluir em suas estatísticas o presidiário. Hoje, eu confesso a vocês que faço por onde, deixar de fumar e beber, mesmo socialmente, mas se realmente as fábricas de cigarros ebebidas fecharem, gerará um grande desemprego, não só nas áreas diretamente ligadas, como também, a outros determinados setores, como sejam, o do papel, das tintas, do papelão, do consumo energético, etc...Assim como, vai ficar profundamente sem graça, quando necessitarmos ir a um Centro Espírita para uma consulta, e verificarmos que os Pais de Santos, não fumam e nem bebem!
(Jorge Queiroz da Silva- abril/2009)
Fonte da imagem:jm1.com.br

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O inacreditável

Já faz muitos anos quando eu me deslocava para casa e a noite já avançava para um novo dia. Encontrava-me numa parada de ônibus e aguardava um coletivo para o bairro onde morava. Cansado de um dia desgastante de trabalho, estava atento à chegada do coletivo, quando fui surpreendido por uma voz que perguntava, num tom forte, quem era o espírito de luz que se encontrava próximo a ele. Olhei para o lado direito e verifiquei a presença de um senhor de altura mediana, bem trajado com terno e gravata e que na mão possuía uma bengala de alumínio dobrável. Aí então, percebi ser o referido senhor, um deficiente visual. Tomado de coragem, perguntei se estava falando comigo. Ele respondeu que sim, pois só estávamos os dois naquela parada. Pediu que eu chegasse mais perto. Eu, muito desconfiado, me aproximei quando ele completou que estávamos indo na mesma direção. Confirmava que eu ia para uma estação antes da dele. Muito surpreso, perguntei como ele sabia tudo o que disse, se sequer me conhecia, além de não enxergar, ao que retrucou, dizendo saber e sentir tudo. Prosseguiu, falando que chegou ao Rio naquele mesmo dia pela manhã, para atender a dois “irmãos” , um no bairro do Grajaú, onde já havia estado, e outro no bairro da Penha, para onde estava seguindo naquele momento. Nada melhor do que irmos juntos no mesmo coletivo, conversando, disse ele tranquilamente. Eu então, ainda curioso, concordei. Finalmente o ônibus chegou, e nós dois embarcamos. Deixei que ele sentasse perto da janela e fiquei atento a tudo o que me dizia. Para minha tranqüilidade , ele iniciou a narrativa dizendo ser o mais alto grau da Fraternidade Eclética Rosa Cruz e que estava numa missão de cura. Já tinha realizado a primeira e se deslocava para realizar a segunda. Informou-me também, que residia no Paraná. Eu, muito preocupado, perguntei se ele não desejava que o acompanhasse até à residência daquele irmão na Penha ao que respondeu, prontamente, que não seria necessário , pois estava ligado mentalmente no caminho certo da casa para onde iria, visto que o beneficiado com a sua visita estava em plena sintonia com ele. Reafirmou que não existia nenhum perigo de ir só e chegar até lá. Continuou descrevendo a sua seita e disse, que talvez eu fosse um dos deles, mas para saber, necessitava levar meu nome para uma reunião entre todos os conselheiros, e submetê-lo a um profundo exame, para posteriormente me informar. Mas mesmo, com uma resposta positiva, disse-me que eu deveria receber uma proposta para preenchimento, mas que só poderia realmente devolvê-la preenchida, no momento em que me achasse absolutamente desobrigado de qualquer tipo de vida material, pois só assim, seria um deles. Nesse momento, quis pegar uma folha de papel para anotar todos os meus dados pessoais, e ele então me surpreendeu mais uma vez, dizendo não haver necessidade, pois gravaria tudo na memória. Assim eu fiz, informando dado a dado, paulatinamente, e me despedi pois já havia chegado a hora de descer do ônibus. Segui para casa quase paralisado , meio que tonto, meio abobalhado, com tudo o que havia vivenciado. Pensei com os meus botões, se aquela resposta chegaria mesmo, pois não passei nada do que disse por escrito. E pasmem! Seis meses depois do ocorrido, recebi em casa a tal proposta para preenchimento, e livros correspondentes a estudo das indicações de todas as personalidades que ao esoterismo estão vinculadas. Confesso que preenchi a tal proposta, mas até hoje, passados mais de trinta anos, não tive coragem de enviá-la.
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem:universaljoinville.com.br

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E o Oswaldo, hem ?

Num determinado dia, recebi uma solicitação de minha mãe, e pela importância e as condições de saúde dela na época, jamais poderia negar. Pediu-me que tratasse da transferência,por instrumento de procuração, junto ao INSS, para a partir daquele momento , ficar responsável, pelo recebimento de sua pensão. Mesmo reconhecendo ser aquele Órgão, um dos mais complicados da área de serviços públicos, não me intimidei e fui até o posto da Praça Panamericana, lá na Penha, para cuidar da tal transferência, diminuindo assim o sofrimento da minha mãe. Em lá chegando, pude logo observar, uma longa fila, fazendo voltas, em torno da tal Praça. Dirigi-me assim para o seu final, tomando informações com outras pessoas. Soube então, que era uma fila única de atendimento. Mesmo assim, na fila eu permaneci, e fiquei imaginando, como sofremos nas mãos de um serviço público tão complicado. Sabia de antemão, que levaria no mínimo duas horas para chegar até o balcão de atendimentos. E para surpresa minha, após muita paciência, eu conseguia chegar a porta do posto, quando reparei que no vidro blindex da tal porta, estava pregado um aviso com instruções administrativas de funcionamento. Nele para meu espanto, estava escrito, “só fornecemos procurações no período compreendido entre os dias l6 e 20 de cada mês”. Consultando o calendário, observei, que o dia por mim escolhido, era exatamente o dia 2l,e, assim sendo, eu teria que retornar no dia l6 do mês seguinte. Incomodado com o fato de ter largado o trabalho, gasto dinheiro de táxi, aguardado mais de duas horas na fila, e ter que voltar sem solução, decidi ir direto ao balcão e solicitar a tal procuração. No balcão, esbarrei com uma funcionária, com ar de superioridade, que foi logo me dizendo, não ser o dia de fornecerem procurações. Afirmei que só sairia de lá com a procuração e ela retrucou que não poderia me atender, pois o aviso da chefia, estava colocado no vidro. Enfatizou que não adiantaria eu insistir, porque ordem era ordem ! Já nervoso e achando estar diante de um dos maiores absurdos administrativos, retruquei, que queria a minha procuração, senão eu arrancaria aquele tal cartaz, e levá-lo-ia comigo. Naquele momento o guarda, segurança do posto, se aproximou e disse que eu não poderia fazer aquilo. Respondendo que ainda não estava falando com ele, pedi para falar com a chefia e então a funcionária do atendimento, virou a cabeça para o fundo do escritório, e gritou: - OH! Oswaldooooo! tem um senhor aqui que quer falar contigo. O Oswaldo, que ocupava uma mesa no fundo do escritório, respondeu, olhando por cima do seus óculos. E lá veio o Oswaldo, indagando o que eu desejava dele. Repeti , secamente, que era uma procuração de minha mãe para mim. Perguntou, então, se eu já tinha lido o aviso ao lado.Mais uma vez respondi que havia lido e não concordado. Audaciosamente, perguntou quais eram as minhas credenciais, ao que enumerei ser brasileiro, reservista, eleitor, vacinado, e acho que chega para receber a tal procuração. Disse , novamente, que estava fora do dia. Retrucando que aquela afirmação era vergonhosa, pois não poderia ser fixado dia para aquele atendimento, voltei a frisar que só sairia de lá com a procuração e, caso contrário, levaria a tal instrução normativa do posto . Para minha surpresa, indicando-me uma porta escondida, ele falou baixinho no meu ouvido, que ia mandar preparar a procuração. Entrei e cinco minutos depois, estava com a tal procuração nas mãos, e com um detalhe, sem data de validade, e via o tal senhor Oswaldo, que saía correndo com a sua maleta 007, abandonando o posto, porque as outras pessoas que ouviram o meu diálogo com ele, já invadiam sua sala, pela tal porta que ele me mandou entrar.E assim afirmo, que nós não devemos nos acovardar diante de certas situações que são geradas pelo nosso serviço público.Temos que encará-las de frente, e assim estaremos contribuindo com o nosso governo a melhorar o atendimento a êste povo tão sofrido.
(Jorge Queiroz da Silva - abril/2009)
Fonte da imagem:queroficarrico.com