Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

domingo, 30 de maio de 2010

O prólogo de ser homem

Diz a história e dizem os antigos, que a analogia de um verdadeiro homem tem cinco ítens que jamais deverão cair no esquecimento, ou sejam: 1. Honrar pai e mãe; 2. Construir uma casa; 3. Plantar uma árvore; 4. Escrever um livro; 5. Gerar um filho Para mim,tudo isso não passa de pura ilusão. Vou estabelecer um novo critério de discordância, que, por certo, afirmará que o prólogo foi constituído no início do mundo, quando a vida era simplória e quando o homem era um instrumento intimamente ligado ao seu trabalho. Trabalho esse, relacionado à sua adaptação à vida na terra, numa época em que as relações de habitantes por metro quadrado, jamais iriam influir na criação de um novo item na regra internacional desse atestado. Por tudo isso, me arrisco a analisar item por item, com as configurações da mais atual e real forma de vida dos homens do século vinte. Pensemos juntos e sigamos para a análise de cada item dentro dos conceitos verdadeiros que influem na vida do homem de hoje.No primeiro deles, “honrar pai e mãe”, vejam os absurdos que podemos incluir, frutos do nosso novo modelo de vida, que nos mostra que o crescimento nos traz uma nova adaptação, vejamos: -aceitação total dos filhos, para que sejamos realmente pais 1. Sou filho legitímo? 2. Sou filho bastardo? 3. Sou filho adotivo? 4. Sou resultado de DNA? 5. Sou resultado de tutela? 6. Sou resultado de estupro? 7. Sou filho abandonado? 8. Sou filho órfão? 9. Sou filho da pílula de farinha? 10.Sou adotivo do tráfico? 11.Sou filho de aidéticos? 12.Sou filho deserdado? 13.Sou filho alienado? finalmente, quem sou eu? Ajude-me a me encontrar, pois necessito, urgentemente, “honrar pai e mãe”.O segundo nos diz: “construir uma casa”. Mais uma vez temos que questionar: 1. Tenho terra? 2. Tenho herança? 3. Tenho poupança? 4. Tenho FGTS? 5. Tenho crédito bancário? 6. Tenho saldo médio? 7. Tenho informação SFH? 8. Tenho renda familiar? 9. Tenho emprego vitalício? 10. Tenho certidão negativa? 11.Tenho garantias? 12.Tenho noção de economia? 13.Tenho crença no governo? 14.Tenho uso capião? l5.Tenho ligações com o MST? quanta inclusão... e ainda continuamos achando que o prólogo de ser homem continua correto... Se continuarmos questionando, ainda encontraremos inúmeros dados que teriam que ser acrescidos a esta afirmação.Em seguida, vamos analisar o item que nos fala diretamente à vida, “o ato de plantar uma árvore”, embora ainda assim, existam milhões de pessoas que dele não participaram e nunca se interessaram. Afirmo que se cada brasileiro tivesse o cuidado de assim proceder, teríamos o maior celeiro do mundo, com garantias de saúde e vida para muitas e muitas gerações, não só do nosso Continente, como também de todos os outros mais carentes, como a Ásia e a África. Verifiquemos então, mostrando a profundidade de “plantar uma árvore”: 1. Saber porque plantar; 2. Saber aonde plantar; 3. Saber a época certa para plantar; 4. Saber os benefícios do plantar; 5. Saber o seu uso e aplicação; 6. Saber dos cuidados; 7. Saber do bem-estar ao meio ambiente; 8. Saber da terra o benefício; 9. Saber do seu poder de cura; 10.Saber divulgar o valor; 11.Saber a importância do re-florestar.Estamos editando vida, nas mais diferentes formas, mas o maior absurdo é a afirmação de que todo o homem deve escrever um livro, eu particularmente não concordo com esta afirmativa, porque cada homem desde o dia do seu nascimento já iniciou a escrita do seu livro, vejamos então: 1. Nasceu de uma junção de vidas; 2. Cresceu de um produto de vidas; 3. Se educou das informações da vida; 4. Trabalhou por interesse de vida; 5. Sua primeira página foi a certidão de nascimento; 6. Sua última página, sua certidão de óbito 7. Foi alfabetizado ?Finalmente concluindo, vamos nos defrontar,com a afirmação de que todo homem deve ter um filho. Mais uma vez discordo profundamente, pois para mim, ter um filho, não é fazer um filho. Conheço várias pessoas que não fizeram um filho, mas sempre estiveram à frente de todas as causas de formação de filhos de outras pessoas. 1. Ser mãe de aluguel; 2. Ser pai como prova de hombridade; 3. Desejar um herdeiro; 4. Aumentar o salário-família; 5. Provar ao amigo que é “macho”; 6. Vingar-se das surras do papai no filho; 7. Fazer do filho aquele “doutor” 8. Ou querer provar que o seu “gen” é especial? Depois de todas estas afirmações, eu continuo dizendo que ser homem não será simplesmente seguir o prólogo.A variação constante na forma de vida, modifica a cada instante êste conceito, e se eu arriscasse pedir a opinião de outras pessoas em relação às questões acima, eu chegaria a conclusão de que este tema se tornaria um labirinto. E teríamos a certeza de que um minuto de vida hoje, representa mais do que centenas de minutos dos idos passados.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O nosso código de barras

Parece incrível, mas é verdade! Nós, seres humanos, teremos num futuro bem próximo, o nosso código de barras. Nele, estarão definidos todos os conceitos e características, como se fôssemos um desses produtos de primeira linha, que existem nos mais famosos supermercados. Mas, não se assustem com isso. Não vamos virar um produto " Sendas!" Não vamos nos tornar um produto industrializado, que segue os conceitos das normas e especificações do INPI, que por imposição da lei, obriga aos seus fabricantes, a manter em suas embalagens, informações de extrema utilidade e importância, que na realidade servem para a orientação dos consumidores, pois necessitam estar seguros, no momento da sua utilização... Como seria então, configurado em nós, humanos, um código de barras? Muito simples... Exatamente, como são feitas as leituras nos produtos. Elas sempre se fazem através de uma leitura ótica. Será que nós teríamos que bordar o nosso código de barras, nos fundilhos de nossas calças? Claro que não seria necessário... Com a nova tecnologia, simplesmente iríamos convocar o famoso craque da informática, o Bill Gates, e ele bolaria para nós , um novo e revolucionário cartão de leitura magnética. Futuramente, quando chegarmos a um registro público para registrar um filho, vamos receber do escrivão, juntamente com a certidão de nascimento, um cartão magnético, que terá uma numeração especial, com adaptação e cadastramento nos principais orgãos de governo e nas principais empresas de economia mista. Assim, teríamos o nosso ingresso assegurado, desde o serviço de vacinação infantil, passando pelos registros escolares do jardim à faculdade, serviços militares, hospitais públicos e Ministério do Trabalho. Teríamos também a aposentadoria automática e o cadastramento nas casas de serviços funerários, restaurantes, casas de bingo, clubes, hotéis e motéis , etc. e etc. Assim , por conseguinte, tudo seria bem mais fácil para nós. Vocês já imaginaram? Chegarmos na portaria de um hospital público e ao passarmos o nosso cartão magnético, no visor ótico da portaria, recebermos imediatamente uma guia de consulta, nos seguintes termos:- Dirija-se ao terceiro andar, na ala B e procure na sala 308 o Dr. Cassio, que ele já está de posse da sua ficha de atendimento .Aguarde apenas 15 minutos que êle está terminando uma consulta. Ou então, fazermos uma solicitação ao Ministério do Trabalho, de uma nova via de ou de carteira profissional, ou de informações sobre nosso tempo de trabalho, tudo isso em fração de segundos. Será uma beleza! Vamos com certeza, ter uma vida bem administrada e controlada,pois este tipo de moderno e complicado cadastramento via código de barras, estará presente inclusive , no turismo, no esporte e no lazer. Com isto, será muito fácil identificarmos quantas viagens já fizemos ao exterior, quantas doses de conhaque consumimos na festa de final de ano, quanto dinheiro já perdemos nas corridas de cavalos, quantos litros de gasolina já consumimos em nosso carro ou quantas vezes saímos com a vizinha ou vizinho. Chegamos a conclusão de que será muito complicado e que será bem melhor, esquecermos toda esta tecnologia e pararmos por aquí . Essa coisa de código de barra, vai ser na realidade uma barra. Acho melhor deixarmos o Bill Gates pra lá, e continuarmos usando os nossos naturais códigos de ética, todos aqueles que nos foram ensinados pela mamãe. Valeu mamãe, o seu código sempre foi o melhor do mundo! Êle sempre nos deu as informações mais precisas. Os caminhos da vida jamais poderão se transformar em caminhos eletrônicos e informatizados.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Chover no molhado

Como estou cansado de ouvir coisas do tipo: “” eu sou do tempo em que as crianças colocavam os seus sapatinhos na janela...”” “”que usar um pé de coelho dava sorte...”” “”que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher...”” “”que duro com duro , não faz bom muro...”” “”que a esperança é a última que morre! ... “”que quem náo gosta de samba bom sujeito não é!...”” “”que aqui se faz , aqui se paga...”” “”que o bom cavalo se conhece pelos dentes...”” “”que Deus ajuda a quem cedo madruga...”” “”que quem conta um conto ganha um ponto... “” “”que quem pagou para ver...”” “”que faça por ti, que eu te ajudarei...”” “”que mais vale um pássaro na mão, do que dois voando...”” “”que o tiro saiu pela culatra...”” “”que de músico , poeta e louco, todos nós temos um pouco...”” “”que a verdade é para ser dita...”” “”que sonhar não custa nada...”” “”que a felicidade é quase nada...”” “”que estou com a pulga atrás da orelha...”” “”que tudo é o destino...”” “”que o bom filho a casa torna...”” “”que poupar é garantir o futuro...”” “”que puleiro de pato é no chão...”” “”que o marinheiro é de primeira viagem ...”” “”que eu estou na sombra do boi...”” “”que onde vai a corda, vai a caçamba...”” “”que quem vê olhos , não vê coração...”” Quantas e quantas linhas eu ainda poderia escrever a respeito dos velhos ditados que pararam no tem po ? Que saudades !!! Que bom tempo aquele em que os ditados ainda valiam alguma coisa... Hoje, se o meu avô ressuscitasse, ia levar um grande susto... Jamais poderia colocar os sapatos na janela por causa dos ladrões. A esperança já faleceu... O louco já matou o poeta e músico... O stress já perturbou o sonho... A felicidade já custa mais de um milhão de dolares... A pulga já não fica mais atrás da orelha... Quem cedo madruga é otário ou pião... A vaidade já tem preço... O boi está dormindo na sua sombra e passou a ser um grande egoísta... O tiro não saiu pela culatra, mas entrou na cabeça de um de nós, pobres coitados... A mentira passou a ser a verdade... A corda não tem mais caçamba; amarraram os donos com ela... E quem deu aos pobres está, hoje, tentando receber de Deus... Quanta patifaria! Que mundo louco! Será mesmo chover no molhado...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A partilha

Era eu, um gerente de área financeira de uma holding multinacional.O grupo era de origem européia e o meu patrão era por demais conhecido no mercado internacional, como um forte banqueiro e um poderoso industrial em diferentes áreas de trabalho.Eu já estava no grupo há mais de oito anos, e mesmo sendo o financeiro que foi o responsável por todas as ligações, e criações dos sistemas de controles bancários e de relatórios gerenciais, nunca estive presente em nenhuma decisão, com fundamento em assuntos familiares, e que envolveriam seis herdeiros, sendo quatro do sexo masculino, e dois do sexo feminino.Aí então vem a grande jogada de instinto de pai, cuidadoso e zeloso que ele era, e que num determinado dia me chamou para falar de assuntos familiares, e que circulariam dentro, de uma divisão por ele observada com critérios individuais estabelecidos por ele próprio, e que seriam de segredos respeitados por mim e por ele, que abrangeriam, valores que totalizavam três milhões de dólares, naquela época, uma fortuna expressada em nossa moeda que era o nosso famoso cruzeiro.E daí num determinado dia, ele me chama ao gabinete dele, onde somente eu tive acesso, e me disse, senhor sente- se aí, eu quero lhe fazer um pedido, que tem ficar somente entre nos dois, pela delicadeza da questão, e o senhor sabe muito bem que eu já comprei há algum tempo atrás, a ex sede da Embaixada Inglesa, aqui no Rio de Janeiro, lá na Urca, e que a finalidade dessa compra seria reunir em moradia comigo e a minha mulher, os meus seis filhos espalhados em diferentes residências, e como a ex-sede da antiga embaixada tem cinco andares, daria perfeitamente para abrigar toda a minha família, e assim as coisas seriam bem mais fáceis, para tudo que possa se apresentar no futuro, para mim e para os outros componentes os meus filhos, e que desta forma, agilizariam as coisas, pois tudo seria imediatamente por nós resolvido sem demoras. Mas acontece senhor, que eles mudaram o meu caminho, e não aceitaram a proposta, que lhes fiz de virem comigo morar e tenho agora que mudar todo esse processo que tinha iniciado..Mas vamos então ao que interessa, eu tenho uma relação em mãos, que vou passar para o senhor, mas de antemão, quero lhe afiançar, que nesta relação que envolvem, três milhões de dólares eu inclui os meus seis filhos, e vou lhe explicar o porque dessa nossa conversa agora.Primeiramente, o porque dessa forma de fazer a partilha e ainda alerto ao senhor, que os valores relacionados por mim, se prendem única e exclusivamente pelo mérito individual, que dei a cada um deles, e este segredo deverá ser mantido pelo senhor, custe o que custar, pois o senhor é um homem de minha confiança e não poderá falhar nesta empreitada, porque somente eu posso fazer o julgamento de valores pessoais dado a cada um deles, porque somente eu poderei julgar a cada um pela forma como se conduzem nos nossos negócios.Por isto os valores diferentes, que peço ao senhor que não estranhe e que seguirão em segredo. entre nós, entendeu?Pegue então a relação da partilha e vá ao banco designado, pois sou dele um acionista, e lá converse com o Diretor Regional, e diga a ele para nos fazer emissão de cheques administrativos do banco, visados e pagáveis em qualquer agência do mundo, onde eles estiverem sediados, para facilidade de meus filhos que alguns são andarilhos, com alguns até residentes no Suez! Não preciso lhe dizer, para pedir ao diretor do banco o mesmo segredo.Aí então, eu disse... Doutor, eu só peço ao senhor que aguarde o tempo necessário para o Banco resolver o assunto, mas tenho somente uma dúvida. Já que o senhor não quer assinar nenhum cheque, como vou retirar o dinheiro do Banco?Tenho que escolher de qual empresa sacar, e que tipo de lançamento bancário vou fazer em nossa escrita e no boletim de tesouraria.Respondeu-me que fizesse na empresa de gestão, e para dizer ao diretor do Banco para fazer um aviso total de débito correspondente aos valores de dólares sacados, desde que respeitasse os três milhões de dólares..Frisou que queria a solução até o final da semana e para que eu entregasse tudo em suas mãos, sem que ninguém visse, nem mesmo o seu staff europeu. Assegurou que futuramente acertaria os valores contábeis referentes a empresa debitada.Depois de tudo acertado, pedi licença e me retirei dizendo a ele que iria ao Banco na parte da tarde e lhe telefonaria para confirmar se tudo ficou certo, conforme o vosso pedido. .E assim fiz, fui para o Banco e lá na Diretoria do Banco por ele determinado, acertei todos os detalhes que nesta operação bancaria, necessitaria de cheques nominais, pagáveis em qualquer continente aonde o banco tivesse uma sede e que fossem visados pela agencia emitente.Quando a diretoria do Banco concluiu a operação, pedi licença para ligar para o meu patrão e confirmei a autorização para pegar os cheques no dia seguinte, deixando bem claro que os cheques só poderiam ser entregues a mim.No dia seguinte, lá fui eu para o Banco resgatar os cheques, quando pedi que me devolvessem uma cópia do demonstrativo que tinha sido feito pelo meu patrão.Retornei à Empresa e na sala de Xerox, tomei o cuidado de fazer as cópias que necessitava para minha segurança, pois eu faria um lançamento muito elevado correspondente a três milhões de dólares, que pelo sigilo do contrato, ficaria em conseqüência a descoberto e sem nenhum documento comprobatório.Copiei cada cheque emitido pelo Banco, nominativos aos filhos herdeiros. E assim, depois disso feito e tomando todos os cuidados, arquivei toda aquela documentação copiada da operação realizada, em minha última pasta do meu arquivo suspenso em minha própria mesa.Só eu tinha conhecimento daquela operação e dos meus cuidados com as cópias dos documentos, pois nem ao meu patrão contei nada, revelando-se assim, o meu instinto de defesa diante de uma operação valiosa e rara feita por mim em algum Banco. Senti-me completamente seguro para qualquer acontecimento futuro, pois os comprovantes necessários garantiriam a minha segurança num assunto que tinha sido montado pelo meu patrão que, como os jornais diziam, era uma “águia” em assuntos financeiros. Assim, fiquei em paz com a minha consciência.Ainda bem que tomei todas estas posições finalizando o meu processo de pura honestidade e que jamais levantaria dúvidas sobre a operação financeira realizada e até então inédita no meu campo de atuação.E vejam vocês, que naquela época, passado quase mais de um ano, fui convocado para ir a sala de reuniões da Diretoria.Em lá chegando percebi para surpresa minha, que era uma reunião de aprovação de Balanço do Grupo das doze empresas.Ali estava presente toda a Diretoria, menos o meu patrão que sempre estava em viagens para o exterior. Estavam também presentes o grupo de conselheiros dos acionistas, a maioria dos filhos e completando aquele quadro bem á minha frente, os dois diretores das empresas de auditoria, que eram na época responsáveis pela aprovação das contas das empresas do grupo há mais de cinco anos.O presidente em exercício, o seu filho de inteira confiança era quem dirigia os trabalhos e dirigindo-se a mim assim que adentrei à sala, informou-me de um problema muito sério, a existência de um furo de três milhões de dólares, na empresa de gestão de Capital do grupo.Com um certo ar de desconfiança perguntou-me o que eu tinha a dizer daquilo, já que era eu quem controlava todas as finanças do grupo.Naquele momento, Deus falou em meus ouvidos, lembrando-me daquelas cópias comprobatórias que fiz questão de guardar no fundo da gaveta, pois eu sabia que em algum momento teria que revelar aquela verdade.Com toda a minha indignação pela desconfiança ali revelada sobre mim, parti como um bandoleiro do oeste americano e saquei da minha arma da verdade.Olhei firme para o chefe e disse: -chegou o momento meu presidente, de revelar a verdade. Quem quis que isso acontecesse foi o nosso presidente honorário que infelizmente deve estar a essa hora dormindo em algum pais na Europa.E assim sendo neste momento eu não poderei usá-lo, peço a ele desculpas, mas estou indo para minha sala pegar toda a documentação das cópias de recibos e cheques que envolvem esse processo financeiro, volto em cinco minutos!-E assim fiz, aquilo que seria um segredo eterno de família, diante do acontecido, fez com que eu munido de um envelope, trouxesse a tona a partilha para os filhos, que só puderam saber através de mim, infelizmente, acusado de um grande trambique financeiro.

terça-feira, 18 de maio de 2010

As viúvas investidoras

Um susto mundial! Os velhos mercados financeiros estão estremecendo a economia internacional.A garantia de mercados são as grandes vítimas das velhas viúvas investidoras.Elas ainda herdam a maior parte dos tesouros deixados pelos maridos, que envolvem as maiores fortunas do mundo, que giram em torno das grandes usinas de minérios, dos grandes estaleiros, dos maiores criadores e dos grandes banqueiros.Uma economia sólida se faz com capital e trabalho, e nós, brasileiros, teimamos em separar essas duas coisas tão importantes. A vaidade pessoal acaba com o princípio básico. Esquecemos que as grandes fortunas mundiais têm os dois ganchos de segurança representados pelo lado financeiro de um negócio e pelo lado econômico desse mesmo negócio.O lado financeiro tem em sua base monetária, seu lastro em depósitos e poupança.O lado econômico, o lastro de produtividade, o crescimento industrial, a sua prestação de serviços, a sua mão de obra, a sua criatividade.O Brasil continua sendo o grande cliente do mundo internacional.Ele é pela mão do seu dirigente, um campo em potencial aberto às importações inúteis.Lembro-me quando menino, de que as economias do nosso povo eram muito seguras, o Governo arrecadava, sem emitir moeda podre. Dava condição de uma maior fiscalização no consumo dos produtos industrializados, pois, esses produtos só iriam às prateleiras de venda, se tivessem o selo do imposto de consumo pago.Só assim, o Governo tinha um maior controle da arrecadação e podia planejar os gastos públicos, sem financiar as grandes fortunas.Daí o grande dilema: surgiram os políticos e os interesses pessoais, e com eles, vieram o grande mal brasileiro, aquele jeito de negociar nas gavetas.Em suma, a “corrupção” e as novas formas de proteção ao lado financeiro, deixando de lado, o aspecto de trabalho, o lado produtivo de um negócio em crescimento.Eu percorri, na minha vida profissional, seis campos diferentes: a industria gráfica, a farmacêutica, a da construção civil, a imobiliária, a indústria de madeiras e a de mineração.Em cada uma delas, eu senti as coisas erradas acontecendo.No campo gráfico, eu vi maior interesse dos jornais encalharem nas bancas.No farmacêutico, a inclusão de produtos de higiene e refrigerantes adicionados ao custo dos remédios, produtos esses, que eram consumidos na casa dos diretores.Na construção civil, a falsificação dos contratos de financiamento que eram fornecidos em quatro vias . Cada uma delas, tinha descrição diferente. Como exemplo, na via do comprador constava bronze martelado, na do construtor não aparecia esse item, já na do financiamento apareciam esses e outros mais.Na de madeiras, os caminhões que entravam mais de uma vez em cada obra do governo, com a mesma mercadoria e várias notas fiscais diferentes.E, finalmente, na indústria de cimento, as máquinas de ensacar eram reguladas para pesarem 49,5 kg cada saco de cimento.Vejam vocês, então, se as viúvas investidoras do primeiro mundo, não tem que estar preocupadas.Cuidado Sr. Presidente, conserte logo o lado econômico do país, porque as viúvas do primeiro mundo estão de olho e como de hábito, nós brasileiros, somos taxados de vagabundo pelo resto do mundo!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O grande perigo, o emprego descartável!

Assusta-me, apavora-me, sentir que uma grande Nação deixe seu povo sem ocupação.
Lamento sentir meu filho desempregado e com toda a vontade de criar. Desgosta-me ver a sede de nossos jovens à procura de uma formação, uma especialização e a falta constante das soluções prioritárias que mostrem um caminho para a segurança de um país, que tem tudo para ser a maior nação do mundo.
Tudo isto, me faz pensar que a violência é fruto desse desemprego.
Os envolvimentos com o crime arrastam com facilidade os nossos jovens, quando não os conduzem ao vício e ao tráfico de drogas.
Há algum tempo atrás eu imaginava que a violência iria alcançar todas as camadas sociais, e atualmente, ela já atingiu a todas elas, tornando cada vez mais impossível a tão desejada solução.
Vou aqui relembrar um episódio acontecido comigo na década de 1970, que se por acaso voltasse a acontecer, me traria muitos problemas em relação a seu desenvolvimento, se lembrarmos que naquela época o desemprego não alcançava os níveis de hoje.
Estava eu, trabalhando na construção civil, era o administrativo e financeiro, responsável pelo fluxo de caixa e programações de pagamentos.
Num determinado dia, após realizar a quitação de um débito de compra de madeiras, fui consultado pelo funcionário que fazia o recebimento, se eu não aceitaria trabalhar para eles, e eu respondi, que motivos eu teria para abandonar um trabalho que me apoiou, numa seleção entre vinte candidatos, me tirou de um desemprego e dava todas as condições de sustento a mim e a minha família?
Mesmo assim, nada do que eu disse fez o sujeito desistir, e insistindo muito, perguntou-me quanto ganhava. Respondi e ele contra atacou,dizendo que tinha uma excelente proposta para mim. - Vamos pagar muito mais e tê-lo conosco. Não custa nada pensar nisso e comparecer para uma reunião no nosso escritório central.
Esse oferecimento me fez coçar a cabeça, me aguçou a curiosidade, e mais ainda quando ele completou que sabia que eu trabalhava de Segunda à Sexta-feira, e ia aguardar a minha presença no Sábado seguinte, pois iam promover uma reunião com toda a diretoria da empresa, para decidir o meu ingresso.
Pensei duas vezes e disse que ia até lá para analisarmos juntos a situação. Perguntei sobre o horário e ficou marcado às 09.00 horas da manhã.
Finalmente naquele sábado que seria uma encruzilhada na minha vida, para lá segui, e ficando surpreso com a forma como o sujeito me apresentou ao grupo: - eis aí o homem que vai resolver todos os nossos problemas administrativos e nos fazer seguros financeiramente. Depois das apresentações de praxe, eles pediram para seguir de carro até a tal fabrica.
Perguntando onde estava situada eles pediram que eu aguardasse para ver. Já então, espantado, pude visualizar, o tipo físico de cada diretor da empresa.
Eram ao todo, quatro verdadeiros alemães, de altura média de l,85 metros. Todos com olhos claros e queimados pelo sol.
Saímos do prédio, e por ser um Sábado, na porta do edifício, estava o carro que nos transportaria até a tal fábrica, um carro preto com vidros fumê, um modelo ideal para os mafiosos.
Entramos então no carro e eu fui colocado no banco traseiro, entre dois dos diretores, ficando na frente, os dois outros.
Minha cabeça começou a trabalhar, minha mente aquecia e a minha vontade era saber para onde eu estaria sendo levado.
Após o carro arrancar, tentei iniciar um processo de observação para saber exatamente, para onde eles me levavam, mas todo esse meu esforço, foi em vão.
Os camaradas não me davam nenhuma trégua, e eu recebia um verdadeiro bombardeio de perguntas, em relação ao meu conhecimento administrativo e sobre todas as minhas experiências profissionais, o que dificultava a minha visão do trajeto.
Assim sendo, tive que me contentar em observar somente as principais vias, por onde transitávamos.
E a minha cabeça trabalhava, e eu pensava, aqui ainda é a Av. Brasil, agora já pegamos a Presidente Dutra,e em que quilômetro estamos?
Eu me perguntava e o tempo passava, já estamos com mais de duas horas de viagem, para onde estou indo?
Após mais trinta minutos de angustiante viagem, finalmente o carro entrou num dos entroncamentos da Via Dutra, numa daquelas estradas de barro, cheias de costelas, e um horizonte verde de mata fechada se abriu à minha frente.
Descendo morro e subindo morro, a cada minuto, o nervosismo aumentava, e eu já transpirava por todos os meus poros.
Quando afinal ao subir um destes morros, vislumbrei uma enorme fábrica com serrarias enormes, caminhões circulando a sua volta, e um número enorme de obreiros com alguns capatazes. O carro encostou no pátio e logo à frente da casa da fazenda, estava a sede da administração daquele complexo industrial clandestino.
Por certo, uma empresa fora de todos os conceitos da lei, que não deveria fazer parte dos registros de qualquer junta comercial que se preze.
Aí então, comecei a entender o porque do oferecimento de um salário tão elevado, eu por certo seria um escolhido testa de ferro, para um grupo de empresários fraudulentos e imediatamente, eles começaram a colocar para mim, você vai passar a ser um dos nossos, aquela casa da fazenda vai ser colocada no seu nome e o incluiremos em nosso contrato social, onde anotaremos todos os seus direitos trabalhistas.
Em dado momento, perguntaram quando eu iria trabalhar com eles. Respirei fundo e pensei com os meus botões, que tinha que iludi-los mantendo de pé a intenção de que aceitaria a proposta.
Pedi um prazo de sete ou dez dias, para regularizar a saída da empresa e eles concordaram. Com a promessa de não deixar de procurá-los após aquele período, retornamos ao Rio de Janeiro.
Entrei então num longo processo de crise mental e fingindo-me de morto, nunca mais os vi, e jamais fiz qualquer contato com os tais empresários, contrabandistas em potencial, e eles também, jamais me contataram, graças a Deus!

domingo, 16 de maio de 2010

Lembrando de um gênio

Lembro hoje, aqui nesse espaço, que convivi durante um tempo de minha vida com um grande talento da arte brasileira, o Oduvaldo Vianna Filho, grande autor de mini-séries da televisão brasileira, autor de vários filmes, em cumplicidade com outro gênio da criatividade, o não mais nem menos famoso Glauber Rocha, autores de Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Mas porque eu falar de “Vianinha”, simplesmente porque estou escrevendo memórias e nunca saiu das minhas lembranças a história desse meu contemporâneo, apesar de um pouquinho mais jovem do que eu.
Estive ligado a sua vida por seis meses, exatamente no momento em que o desejo de autor despertava nele, forte, no grande objetivo de colocar em telas de cinema, na televisão ainda embrionária e até em nosso teatro já em estágio bem superior por todas as suas características, a sua preciosa criatividade.
Não falarei aqui das obras desse maravilhoso autor, mas insisto que pesquisem na Internet, nas livrarias, e com certeza irão encontrar tudo o que, em tão curto espaço de tempo, pode esse jovem realizar. Uma pena que tenha morrido tão cedo.
Mas eu só quero deixar gravado aqui nesse meu depoimento, que eu vi aquele estopim ser aceso, para a explosão dessa bomba literária brasileira.
Nos aproximávamos do final da década de 50, eu era um chefe de planejamento numa industria farmacêutica e dirigia um departamento que reunia, custo e análise, fabricação e produtividade, planejamento de compras e inventários.
Tinha a meu encargo, a direção de dez funcionários especializados em cada uma das diferentes áreas administrativas. Num determinado dia fui chamado ao gabinete do meu diretor industrial, que queria me apresentar a esse famoso escritor - Oduvaldo Vianna - que ali presente já estava na companhia do meu chefe e diretor. Por serem amigos e vizinhos do bairro do Leblon, discutiam o destino de carreira profissional do seu filho, ou seja o VIANINHA - o Oduvaldo Vianna Filho. Meu chefe então me apresentando ao tal senhor, disse-me que ali ele estava em busca de mudar a vida do seu filho, o VIANINHA, que apesar de estar também fomentando uma carreira de escritor e se arriscando na mesma profissão do pai, o amigo ali estava para fazer um pedido para colocação do Vianinha na empresa, debaixo dos seus olhos.
Por aquela razão estava me convocando para alocá-lo no meu departamento de análise de custos e de acompanhamento dos inventários mensais que realizávamos.
Tinha o pai o intuito de com aquele ato, tirar o filho das ruas e dar a ele uma responsabilidade de ganho de vida e de novos conhecimentos que lhe seriam úteis.
Meu chefe e diretor só me pediu que a qualquer problema com o rapaz, falasse diretamente com ele, pois fazia questão de acompanhar aquele caso pessoalmente, haja vista que o pai dele era um grande amigo.
Diante de minha concordância, na segunda-feira seguinte o rapaz já estava lá me aguardando para iniciar seu aprendizado na Empresa. Apresentei-o ao restante do grupo de trabalho, tomando o cuidado de não dizer de quem era filho, nem o que ele fazia na vida.
Comecei a explicar qual seria o trabalho dele, e frisei que ele não tivesse nenhuma vergonha em me perguntar alguma coisa, pois eu estaria sempre disposto a ajudá-lo.
De pronto, ele me colocou qual seria a sua posição naquele emprego que o pai lhe teria arranjado. Firmou que não ia me dar esperanças nenhuma e que ali não ia ficar de jeito algum. Dizia que não me causaria problemas e pedia que eu tivesse paciência com ele naquela guerra com o pai, esclarecendo que concordou em fazer uma experiência de seis meses, mas já sentia que não ia dar certo, pois tinha uma outra cabeça, complementando que parecia que o pai tinha inveja que ele fizesse mais sucesso. Deixou claro que eu não contasse com ele no quadro de trabalho, pois já tinha seu futuro definido, pois ambicionava uma associação com o Glauber Rocha.
Baseado em tanta determinação, só fiz esperar os seis meses passarem e informar ao meu diretor a comunicação final da discordância do rapaz em receber uma nova carreira de vida.
Posteriormente o meu diretor soube convencer ao pai do rapaz que não insistisse em tirá-lo de sua carreira tão sonhada e, com satisfação, anos depois, pudemos vê-lo em cartaz com grande sucesso. Pena que seu futuro já estivesse marcado com a morte prematura.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A caserna ou a caverna ?

De onde vem o termo caserna?Será que vem de caverna?É parecido ao se dizer, um homem da caverna e o homem da caserna. Mas será importante, ser homem da caverna, ou ser homem da caserna?Na caverna normalmente o homem vive só, e os cuidados são sempre pessoais, mas na caserna, o homem vive em grupo, e todos os cuidados devem ser coletivos.E quando o homem se casa, estará ele indo para a caverna ou para a caserna?Com certeza eu afirmo que o homem que se casou, foi para a caserna, pois será sempre importante, para que a vida em família funcione melhor, que o homem e a mulher, tenham a experiência da caserna, uma vez que ela nos obriga a uma vida coletiva, onde todos os cuidados estarão voltados para um resultado de grupo.Estes resultados vem na forma da aplicação de normas de higiene e cuidados pessoais, e da melhor divisão do trabalho, que abrangem em princípio, o dever e a disciplina, que sustentam a amizade, a segurança e o amor à família, pois sem isso, não encontraremos futuro na vida da caserna, e teríamos de regredir para a vida da caverna, ou seja, o saber viver sòzinho.Quando jovens, nos socializamos nas escolas, e levamos para lá os hábitos da nossa caserna, da nossa mãe, do nosso pai, dos nossos tios, do nosso irmão , e assim, sucessivamente. Mas o homem de hoje, apesar de ter avançado no mundo da tecnologia e da ciência, está voltando para a infeliz vida da caverna, aquela vida de viver sòzinho.Faço esta afirmação, observando os jovens de hoje, que estão ligados na era da informática e só se utilizam dos recursos obrigatórios desta nova ciência, para se fecharem, durante horas e horas, dentro dos horários mais estranhos, no interior dos seus quartos, ou seja, com mais clareza, dentro das suas cavernas... criadas pela globalização.O que será o futuro para nós? Vamos viver uma vida moderna, uma vida de descobertas, uma vida de buscar nos impulsos elétricos, a solução dos nossos problemas, e vamos desprezar o diálogo, o afago e as emoções do nosso corpo, a nossa intuição e a nossa alegria.E será por certo esta nova mágica a causa da frieza da humanidade consumista, que não vibra mais com sentimentos e a criatividade que sempre nos proporcionou um mundo de surpresas e de simplicidade.Assim, de que adiantará conhecermos, por antecipação, todas as notícias do mundo inteiro, se não tivermos o raciocínio voltado para a necessidade normal, aquela do acompanhamento cadenciado do nosso cérebro, pelas coisas da vida.Reafirmo, que o homem ao ingressar na era da informática, faz questão de frisar, que a nova humanidade, a do mundo futuro, terá que raciocinar em tempo de máquina, senão estará sujeita, a não poder acompanhar normalmente a vida do mundo eletromecânico.Voltarei a dizer que não adiantou ao homem, sair da caverna para caserna! Será que vamos novamente acabar vivendo sozinhos ou dormindo dia e noite, nos braços de um computador da futura geração ?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Seria o útero materno uma nave espacial ?

O ideal de nossa vida seria sempre, nunca pensar nela. E desde o seu início, fazer de tudo para somente vivê-la, sem esquecermos , de que o caminho crítico da vida será sempre o mais importante, qualquer que seja a nossa ambição ou a nossa busca. Devemos pensar que o chamado destino existe! E assim como as pedras, todas as coisas da nossa vida, irão se encontrar, no leito dos nossos rios e caminhos, em qualquer dos nossos afluentes de vida, que regem os passos da nossa ingerência, que formam a grande bacia terrestre do saber viver. Mas, é sempre muito difícil viver e não caberia a nós, isoladamente, marcarmos os nossos caminhos de vida, pois ela será sempre como um gráfico de “Pert” tempo. Os passos de um projeto são marcados pela tecnologia da engenharia moderna, que fez o homem se preparar quando imaginou, um dia, que poderia assim conquistar o Universo. Formularam uma idéia de que no mundo poderia estar designada a construção da primeira nave espacial, que levaria, com certeza, os astronautas das primeiras investigações de vida, a um desconhecido mundo extra terrestre. Mas se pensarmos bem, nós já nascemos “astronautas” e chegamos ao mundo na chamada “nave uterina” no corpo de um foguete situado em um casulo tecido no ventre de nossa nave mãe. Após uma longa viagem de nove meses, onde tentamos nos acostumar a todas as turbulências, é que depois de termos nascido, teremos o conhecimento de que vamos passar deste grande e primeiro estágio de vida embrionária para uma vida de novas descobertas. Por certo, no período desses quase 270 dias da viagem uterina, seremos normalmente pressionados dentro desta cabine humana indevassável, da nossa nave mãe, chamada pelos ginecologistas, de ambiente uterino, e ainda que protegidos, por uma placenta, que nada mais é, se bem comparada, a uma roupa espacial, também usada normalmente pelos astronautas. Nessa nossa primeira viagem interplanetária, e que ainda assim vamos estar também cuidados por líquidos e por gases pressurizantes, que nos lembram as cabines espaciais, ficaremos também ameaçados, pelo perigo da ingestão inocente, de alguns remédios ou aditivos, pela nossa nave mãe, dentro de um processo de acompanhamento médico em defesa do nosso estado embrionário e pré natal. Também de repente, pela falta de cuidados e do desconhecimento técnico de nossa nave mãe, às vezes inexperiente, estaremos sujeitos em determinados momentos da gravidez, a alguns perigos, como um novo astronauta, que faz a sua primeira viagem de exploração, ao mais polêmico dos planetas, a Terra. Inocentemente, essa nave mãe ignora ainda, com certeza, os cuidados a serem destinados àquele pequenino ser, um novo “astro terra”, que virá habitar o nosso planeta, o primeiro que conhecemos, e quem sabe até então, possa ser, o mais importante, de todos os outros planetas, que podemos tomar conhecimento na escala planetária Universal. Assim sendo, ao ingressarmos num mundo exterior, onde vamos sem nenhuma dúvida tentar esclarecer os motivos que aqui nos fizeram chegar, e que assim então iniciaremos passo a passo, a pesquisar ùnicamente pela curiosidade, que normalmente habita dentro de todo ser humano, os caminhos, e as novas descobertas. Aí sim, ficaremos sabendo que a eternidade muito comentada, começa a ficar compreensível. Iremos reencarnar novamente, mesmo que seja em qualquer outro lugar, que sòmente nos será apontado pelos desígnios de Deus!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um perdão financeiro, que não faz parte de uma dívida moral brasileira !

Deixei decorrer o tempo e como sempre, ele se mostrou carrasco. Às vezes o tempo maltrata, aniquila, enferruja, afirma, desmente e quase sempre nos deixa preocupados.Na sua própria decorrência, essa preocupação, para qualquer ser humano que ao iniciar sua vida viverá sempre em torno dele, é crescente e obrigará a fortes indagações, para o fortalecimento das descobertas, em busca das verdades.E agora eu me pergunto se essas verdades se originarão das noticias que assistimos diariamente em nossa televisão ou vemos nas principais revistas brasileiras e em grandes jornais diários.Pensando bem, acho que nós nunca deveríamos fazer caso delas, mesmo sabendo ser a mídia, um instrumento de profundidade diária bem agressivo e que permite que um grande BOATO, se transforme numa grande verdade, desde de que ela tenha por trás, o nome de um grande JORNAL ou de uma extensa rede de TV ou mesmo revistas nacionais e internacionais de publicações periódicas dos principais fatos políticos, ou do estremecimento do já globalizado mercado econômico e financeiro.Tenho guardado e bem guardado, um jornal datado de 04.06.2006, que é um exemplar do nosso antigo e conceituado Jornal do Brasil, que estampa em sua folha, o seguinte titulo em manchete com letras garrafais “A CADEIRA MAIS CARA DO MUNDO”, acima desta chamada uma outra, que tem a narrativa, de um fato que neste ano corrente já foi concedido ao Brasil, e que diz no seu cabeçalho:BRASIL PAGA US$ 10 milhões, POR ANO PELA VAGA QUE NÃO OBTEVE NO CONSELHO DA ONU.E uma outra preocupação me acelera o sentimento de ser brasileiro, e atento ao nosso Brasil, de uma forma ampla, pois na minha vida de velho brasileiro, atuei em diferentes campos profissionais, o que me faz ter uma obrigação em investigar e poder pensar que o nosso Brasil, é um pais continental, de um povo crédulo e sofredor, que já chegou na área de aposentadoria sem sentir, que o país sequer pensou na velhice do povo.E agora, faço menção a complementação estarrecedora dessa mesma folha de jornal.A manchete diz “LULA PERDOA DÍVIDAS DOS CALOTEIROS”, e faz a discriminação de um por um, dos paises caloteiros perdoados e cita seus valores:DA BOLIVIA ...............US$ 52 MILHOESDO CABO VERDE........US$ 4 MILHOESDO GABAO .................US$ 36 MILHOESDE MOÇAMBIQUE......US$ 315 MILHOESDA NICARAGUÁ.........US$ 141 MILHOESDA NIGERIA..............US$ 150 MILHOESE NESTE MOMENTODE CUBA...................US$ 5 MILHOESComo brasileiro, eu pergunto ao mesmo tempo em que afirmo, que não tive até hoje noticia em contrário que me diga que tudo isso estaria incluído num grande quadro dos boatos da nossa imprensa, às vezes tão contestada.Garanto, que essa folha do jornal se encontra em meus arquivos, e não tive em nenhum momento, o conhecimento dessa notícia ser mentirosa, pois este ano foi exatamente aquele mesmo ano, em que enfartei no decorrer do fatídico mês de setembro,quando escapei de morrer e me fiz um usuário de três pontes de safena e de duas ligaduras mamárias.Fico revoltado quando lembro que, na época do nosso Império, não tivemos o prazer de ver a nossa divida de construção das nossas primeiras estradas de ferro, obra do grande batalhador Barão de Mauá, serem perdoadas e ficamos pagando-a à realeza Inglesa por mais de cem anos, incluídas nos centavos de cada valor de transporte do trabalhador brasileiro.Será que somente as dívidas brasileiras não merecem perdão?Voltando a esse mesmo jornal ainda tem uma outra afirmação de que o Brasil vem diariamente consolidando em ritmo acelerado, a IMAGEM de pobre, metido a ricaço e ainda mais, sendo um ricaço metido a perdulário, enquanto espalha embaixadas brasileiras pelos subúrbios do mundo inteiro e garante que LULA, só queimou dinheiro, com os numerosos caloteiros devedores, além de num discurso de improviso, repetir em voz alta que amigos desvalidos merecem o socorro dos remediados.Disseram também que foi aconselhado pelo MINISTRO CELSO AMORIM E PELO SEU ASSESSOR ESPECIAL MARCO AURELIO GARCIA, a não fazê-lo, pois o dinheiro era do povo brasileiro, que paga sempre seus gastos e desperdícios.O pior é que tudo isto aconteceu num pequeno espaço de três anos e meio!
P A S M E M!Será verdade ?

sábado, 1 de maio de 2010

A perfeição

A perfeição é algo inexistente, pois ela, pelos próprios caminhos, demonstra sua indefinição. Acredito que seja composta de fatos e atos, de um passo contido do medo de errar. Diziam os antigos: perfeito só Deus! Na verdade, pregavam num mundo imaturo, buscando as idéias de um homem inseguro, que tentava, a qualquer instante, chegar à sonhada perfeição. As provas demonstram que, em todas as áreas da vida, mudanças constantes se fazem em busca da perfeição. Lembremo-nos do avião 14-Bis. Foi perfeito e voava, mas por um tempo. Hoje, os Mirages, os caças de guerra, foram ultrapassados por outros tipos de aviões, como o Concorde, de vôos rápidos e internacionais. Esse também foi proibido de atuar, pelo seu ronco acima dos limites normais. Posso citar outro exemplo de caminhos em busca da perfeição, quando me lembro da época em que estagiava na IBM e ficava impressionado com o computador do Centro de Estudos ser classificado como o mais veloz na execução de cerca de dezesseis tarefas diferentes ao mesmo tempo. A busca da perfeição fez com que chegássemos hoje ao “notebook” de tamanho reduzido e com muito mais propriedades do que o monstro de 1968, sem falar que só existiam dezesseis unidades do mesmo nas grandes e principais Empresas do país. Posso citar outro exemplo. No ano de 1957, em meio ao meu trabalho, um colega inventivo e criador pediu-me que dirigisse uma carta a uma empresa fabricante de automóveis oferecendo seu mais novo invento: uma roda de encaixe para utilização nos carrões fabricados. Para minha surpresa, provando-me que a busca da perfeição é constante, tal Empresa respondeu sua carta dizendo que o invento era muito avançado e que talvez pudesse ser utilizado nos carros que seriam fabricados dali a mais ou menos trinta anos. Por isso, creio que a perfeição ainda está a cargo de nosso pai Criador! •