Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PELAS NOTICIAS, O IDEAL DO BRASIL, SERIA O CAIXA SALDO “ZERO”


Ao acordar hoje, fui surpreendido ao ouvir a Miriam Leitão, brilhante comentarista econômica da rádio CBN, quando perguntada pelo não menos brilhante, Heródoto Barbeiro em seu programa diário, sobre as contas do governo, afirmou que as informações sobre as contas do fechamento de nossos números de governo, estavam todas “bagunçadas”, e que ninguém teria condições de se fixar em nenhuma das planilhas, que estão chegando até nós através dos analistas econômicos da nossa tão injustamente malhada imprensa, que só pensa em esclarecer o nosso povo.
O povo só pretende acompanhar os nossos destinos, hoje cantados em prosa e verso, pelo presidente, para esclarecer nesse nosso momento de mudanças de governo, um resultado que traga um positivismo para todas as contas do atual mercado financeiro.
Nesse mercado financeiro atual, hoje se compra dólar em baixa, para sua valorização no pseudo-mercado de todas as nossas exportações.
Então eu pergunto: - será possível puxar o dólar, que já está tão sofrido, nas suas duas pontas? Ou seja, na sua ponta de compra e na sua ponta de venda? E isto tudo acontecendo ao mesmo tempo? Pra’ mim é impossível entender. Se alguém puder, que me explique, por favor.
Aí então, vem a minha premissa: - o Brasil só deveria fazer funcionar em suas informações o famoso “Caixa saldo Zero”, que eu conheço e muito bem, que nos vem sempre afirmar, que nunca poderemos ficar abaixo de ZERO!
Esse seria então, o caixa ideal para o nosso Brasil, na minha opinião, razão pela qual tentarei agora explicar para nós, humildes brasileiros e desconhecedores dos negócios, que se mostram confusos, como disse a nossa vigilante economista e jornalista Miriam Leitão.
Fui apresentado a esse caixa, em 1952, quando fui substituir um tesoureiro, que tinha se suicidado, por ter sido pego em um desfalque de caixa, numa indústria de grande movimento, que envolvia negócios dentro e fora do Brasil, e que supria de reservas, cinco filiais em todo o nosso território, de norte a sul.
Fiquei feliz em exercitar por anos a fio, o tal “caixa saldo zero”, pois ele me trazia total confiança, tendo sido implantado após o famigerado desfalque de que lhes falei.
Funcionava da seguinte maneira: fechava-se o caixa dia a dia e os números que representavam o seu saldo diário eram então esclarecidos depois de obter o saldo “irreal”, que seriam assim relacionados: - todo o dinheiro em caixa, todos os cheques emitidos e não pagos, todos os vales de adiantamentos individualmente para futura prestação de contas, fossem de que área fosse e todos os valores recebidos em debêntures das negociações de pagamentos e as faturas de vendas recebidas em carteira. Tudo isso constava de uma relação anexada no verso do livro caixa em sua folha diária, que era enviada à Contabilidade Geral, ainda pela parte da manhã no primeiro expediente da empresa, com todos os resultados do dia anterior.
Assim, tínhamos no verso de cada folha daquele livro caixa, todas as pendências diárias e sem rasuras, que nos levariam a esclarecimento e segurança nas apurações de todo e qualquer valor duvidoso.
Em negócios, quaisquer que sejam eles, devemos aplicar a técnica de apuração de valores, sempre esquecendo daqueles que já enviamos, e somente lembrarmos daqueles, cujo compromisso, nos falta realizar, desde que necessários sejam, após a conferencia dos fechamentos daqueles já enviados.
Quero lembrar, que até no campo dos seguros já assisti aproveitamentos de gargalos e pedaços de embalagem para enganar nas indenizações de seguros tipo LAP (lucro e avarias e perdas), que eram apresentados às seguradoras, sem precisar dizer que aqueles materiais eram componentes de belas e quem sabe, falsas projeções, na área de indenizações dos tão almejados prêmios de seguros, já anteriormente reembolsados, fazendo com que assim ressuscitasse um grande negócio da China !
Fonte da imagem: simbolodopeixe.blogspot.com

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Petróleo, a nossa verdade antiga, que se moderniza e assusta


Hoje eu acompanho nas rádios e jornais, e ainda complemento as minhas informações com imagens de televisão, e faço cumprir assim, toda a minha grande curiosidade.
Não será necessário eu dizer que acredito em tudo o que vejo hoje despontando de uma terra rica e cheia de vitórias, que quando ainda atravessava a década de 1950, todos os brasileiros cruzavam as esquinas orgulhosos e se encaravam, num olho a olho firme e se mostravam vitoriosos das afirmações ditas pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas.
O Presidente em todos os seus discursos, não cansava de repetir em voz trêmula de emoção, que o Petróleo era nosso e que assim, ele podia garantir ao povo, de que aquele ano já despertava no brasileiro, no seu dia a dia de trabalho, um espírito de grande vencedor, e que sempre era transmitido de um para o outro, com um grande e positivo sorriso nos lábios e uma alegria constante, como se ele já fosse um habitante de um país do futuro, que havia sofrido todos os efeitos de uma guerra mundial, que nos trouxe a um racionamento de tudo,por mais de seis anos.
Ao final daquela maldita guerra e somente após cinco anos, traria a nós, o otimismo e a esperança de que viria finalmente uma paz, com uma economia crescente, que já se fazia presente, em todos os campos do nosso grande litoral, fazendo com que o povo não se cansasse de exaltar e gritar que “O PETROLEO ERA NOSSO’’.
Na época, eu ainda um menino, já me sentia vaidoso e esperançoso de que o nosso valoroso País, ficaria de pé junto as maiores potências mundiais.
E hoje já do outro lado da montanha, eu tenho uma outra visão, aquela que é o desejo de todos os brasileiros, que vai ver agora a nossa riqueza aflorar vida afora, com os nossos descendentes e ascendentes, gozando de uma felicidade sem fim.
No entanto, ouvindo na rádio C B N, o programa da analista política Lucia Hipólito, observei que politicamente temos muito a amadurecer.
Estão plantando as barreiras do desentendimento entre as nossas figuras mais brilhantes da política e não devemos de forma nenhuma agora, discutir crescimento, nem tentar adivinhar qual dos nossos estados crescerá primeiro, se será o Rio ou São Paulo, se será Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, ou se será Pernambuco ou Bahia.
O importante não será discutir agora o que se fará, com ou sem perdas de tempo, para todos nós brasileiros, que não podemos e nem deveremos fazer injustiças.
E eu me lembro bem de ter assistido um dia, no interior de Minas Gerais entre os Municípios de Santa Luzia, Lagoa Santa e Vespasiano uma briga muito engraçada às margens de um rio, que demarcava as fronteiras entre os aqueles municípios, cujos prefeitos brigavam e discutiam pela venda com ICMS, pois queriam os créditos para as suas cidades, uma vez que o cimento, ficaria pronto no município de Vespasiano, mas o minério para aquela fabricação, sairia dos outros Municípios, que não seriam os diretamente beneficiados pelo imposto devido.
Diante daquele impasse não pensaram em outra coisa, a não ser em discutir o fato no Supremo Tribunal Federal. de Justiça.
E agora estamos diante do Pré Sal da camada profunda do nosso Oceano Atlântico, e provavelmente teremos o mesmo problema, só espero que não venhamos a ter nenhuma ação em nosso Supremo..
Mas eu como um leigo em extração de petróleo, ficarei sempre achando que o problema tem uma outra cara ou causa e que é muito mais que nos preocupemos com uma tecnologia na forma de extração.
O que não podemos permitir é que as coisas do pré sal fiquem por isso mais salgadas ainda.

Fonte da imagem:movv.org

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A vida é um compêndio de emoções e temos que viver!

Assim como as impressões digitais, que representam um dos dados que definem as pessoas individualmente, a nossa vida também se caracteriza por inúmeras outras indefinições. E será que se realizarmos um estudo detalhado das trilhas destas mesmas impressões digitais, nós não definiríamos os diferentes caminhos de nossa vida e da de todos os seres humanos, como se isso viesse a criar um novo estudo? Esse estudo objetivaria melhor compreendermos a incompatibilidade de pensamentos que fazem a grande diferença entre os seres humanos. As mães, que num passado remoto afirmavam com inteligência, que apesar de terem um número elevado de filhos, cada um deles era dono de uma individualidade e de diferentes pensamentos, afirmavam que sempre que colocavam os mesmos em confronto, como se fossem os dedos de nossas mãos, com certeza, poderíamos encontrar vidas bem parecidas, mas que jamais, teriam o mesmo teor de emoções. Essas emoções é que irão caracterizar a busca da nossa individualidade e a nossa forma ímpar de viver. Chego a pensar, que nós, individualmente, carregamos uma loucura de vida e teremos que nos adaptar a um mundo, também cheio de loucuras, e que sòmente jogando para o lado todo o egoísmo, a inveja, a usura, a desesperança e a vaidade, teremos uma vida mais amena e tornaremos os nossos caminhos, mais brandos. Cabe aqui refletir, que a leitura das linhas das mãos, podem indicar na quiromancia, todas as formas de análise dos supostos caminhos individuais, mas mesmo assim, não garantem a certeza dessa informação a todos os mínimos detalhes que fazem parte de nossa jornada diária de vida. Quem sabe, que se essa leitura fosse modificada para uma leitura digital das impressões de nossos dedos individualmente, com o uso da informática, não chegaríamos a perfeita leitura dos caminhos de vida na era do novo milênio? E assim refletindo, eu chego a pensar, que atualmente, fazemos uso da ultrassonografia para podermos identificar o sexo de um bebê ainda no útero de suas mães, com a finalidade de descobrirmos através de uma avaliação, as possíveis deformações congênitas. Caso a ciência pudesse avançar no campo de análise dessas características, realizando esse mesmo tipo de exame, voltado em parte, para o estudo das impressões de digitais daquela futura criança, quem sabe, poderíamos analisar não só o sexo, que já é um dado importante, mas também, o caráter individual, de cada um de nós? Talvez assim, iríamos poder identificar a formação do ser humano do novo milênio, e quem sabe, saber de antemão, quais as novas tendências das gerações futuras. Será que na ponta dos nossos dedos, não estarão guardados, esses segredos ainda não identificados e as tendências de cada ser humano ao nascer ? Assim pensando, sem os dedos, não somos absolutamente nada! Sem eles, seremos inúteis para escrever, para comer, para pegar, para pintar, para limpar, e assim por diante. Nós devemos reconhecer a importância do tato, em nossa vida, e observar que os melhores médicos são aqueles que realizam o exame de toque. Sempre que se faz um exame, por mais profundo que ele seja, necessitamos daquele toque médico, e a nossa ponta de dedos, é quem sempre dará a importância do resultado que se justificará, principalmente, se o mesmo médico, for um portador de uma deficiência visual. Prosseguindo nessa análise, eu chego a conclusão de que as características das impressões digitais entre os médicos, por certo devem ter alguma semelhança. E ainda vou mais além, se realmente as características, nesse tipo de formação, baseadas nas impressões digitais coincidirem, nós não só poderíamos identificar, uma classe médica ao nascer, mas como também, todas as outras, e assim no futuro poderíamos, saber de antemão, quantos médicos, arquitetos, engenheiros, militares, políticos, estadistas, cientistas, advogados, juízes, professores, escultores, pintores, pedreiros, cozinheiros, e assim por diante. E nós teríamos com certeza, a cada nove meses, uma amostragem aproximada da qualidade social de vida futura. Mergulhando ainda mais nessas considerações, chegaríamos portanto, a identificar os futuros males que afetariam a saúde daquela nova vida, prestes a vir ao mundo e talvez até, quem sabe, identificaríamos também os futuros criminosos, os psicopatas e os traficantes de drogas. Isso seria realmente uma maravilha e a solução para Paz Universal. Teríamos talvez, a vitória geral do bem sobre o mal e a perpetuação do homem na Terra! Nunca devemos esquecer que em todos os aprendizados de vida nos quais utilizamos os nossos dedos, eles serviram como o nosso primeiro instrumento, pois com eles, aprendemos a fazer contas, com eles apontamos as coisas que nos interessam, com eles sinalizamos se tudo vai bem e legal... Com eles, os deficientes auditivos fazem o seu papo diário e os deficientes visuais fazem as suas novas descobertas. Resumindo, concluo que, com os nossos dedos, demos vida a todos os equipamentos eletro-eletrônicos que irão registrar na história, a orientação das futuras gerações.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um testemunho internacional, de valor nacional!

Trabalhava eu, no Departamento Financeiro, como Gerente das Tesourarias de um Grupo Empresarial e jamais passaria pela minha cabeça, ser algum dia convocado, para depor diante da nossa Justiça Federal. Mas na verdade, isso aconteceu....Nos idos do ano de l981, estava eu em casa,num domingo, gozando do meu final de semana, quando o telefone tocou.Para minha surpresa, estava na linha o Presidente do tal Grupo.Atendi e notei que ele estava um pouco cuidadoso com as palavras que a mim dirigia. Como eu o conhecia muito bem , já sabia que ele não era homem de ficar dando voltas nas palavras, e que, por certo, o assunto era de suma importância para ele e para o grupo de empresas.Lembro-me que foi taxativo, ao dizer que queria solicitar um favor, um testemunho preciso diante da Justiça Federal.Tratava-se de um processo, que o Grupo de uma Indústria em Portugal, moveu contra a Empresa em que eu trabalhava através da Câmara de Justiça da Suíça.Perguntou-me se aceitava ou não prestar meu testemunho, em favor da nossa Empresa. Respondi que aceitava, pois era empregado deles e vivia do salário que me pagavam ao final de cada mês, não tendo nenhum motivo para negar um pedido daqueles.Notei que estava feliz quando me agradeceu pedindo que fizesse contato com o Departamento Jurídico no dia seguinte. Frisou ainda que o processo era complicado e teria que ser previamente estudado, alegando que o meu depoimento seria muito importante, pois a causa envolvida, tinha o seu valor inicial estimado em torno de seiscentos e cinquenta milhões de dólares. Foi bastante firme quando salientou que precisávamos ter os cuidados necessários para não perdermos aquela causa, pois ela era de vida ou de morte, para o Grupo. Ao retornar ao trabalho, eu procurei o Departamento Jurídico, e, de posse das informações, iniciei o estudo do processo, que envolveria na Justiça Federal, detalhes sobre remessa de dinheiro externo, abono de cauções de ações ao portador junto ao Banco do Rio de Janeiro e associação de capital, junto as outras empresas do grupo.Como se não bastasse toda aquela complicação, os advogados da empresa me entregaram um roteiro de perguntas, com cinquenta e quatro itens, que por certo, seriam feitas pelos juízes da Justiça Federal, e que deveriam ser por mim respondidas em plenário.Eu seria a testemunha chave, uma vez que, pelo meu trabalho lá, tinha sido o autor intelectual de toda a transferência de dinheiro externo e interno do Grupo, e com o agravante, de ter sido também, o portador das cautelas de ações entre as pessoas jurídicas e físicas do Grupo, para o abono bancário. Daí em diante a minha expectativa aumentava, a cada dia, pois teria que aguardar a convocação do Superior Tribunal de Justiça Federal, indicando a data certa para prestar o meu depoimento.E enquanto isso, a minha grande preocupação, era de convencer a Gerência do Banco Estadual a se fazer presente naquele processo, que iriam reforçar as minhas palavras em juízo. Finalmente, eu recebi a intimação, e iniciei o estudo das perguntas que fariam parte do dossiê do Departamento Jurídico para o meu depoimento, o que realmente aconteceu, com muita naturalidade e que causou espanto aos advogados do Grupo, pela precisão e certeza, diante da banca de juízes, brasileiros e suíços, que me ouviram com muita segurança e uma aparente calma interior, com a certeza de que cada palavra ali, pronunciada, seria o espelho da verdade.Saí do Tribunal, com a convicção de um dever cumprido e sabia de antemão, que a Empresa não perderia, e continuaria dona exclusiva do Grupo.No entanto,depois de todo aquele sucesso, após cinco anos, eu já não era mais um funcionário da Empresa e nas vésperas do Natal do ano de l985, recebi em minha casa, uma caixa de vinhos “Periquita”, com vinte e quatro garrafas, e uma carta de agradecimentos, assinada pelo Presidente mor,que me cumprimentava pela minha interferência como testemunha do maior processo judicial, que ele tinha enfrentado no mundo inteiro.
Vejam vocês, uma caixa de vinhos português em troca de um depoimento vencedor, no valor de seiscentos e cinquenta milhões de dólares.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

FALANDO DE SABOTAGEM INDUSTRIAL

Não sei porque aparência e motivos de ganhos, ficam em nossas vidas sempre onde existe a política em seu juízo final.
Este pensamento me deixa sempre atordoado e preocupado.
Ao longo da minha vida, eu sempre, desde os meus tempos de menino, ouvi falar que deveríamos ter cuidados com uma coisa chamada pelos homens cautelosos de “sabotagem”.
Cruzes amigos! que nome mais feio!
No entanto, infelizmente, às vezes, mesmo sem querer, temos que conviver com essa “coisa”.
Embora seja muito difícil para um homem de bem, que não enxerga nunca a possibilidade de vir a ser sabotado, nem tampouco sabotar, ter um convívio diário com esse tipo de traição na vida.
Mas, comigo também aconteceu.
Quero narrar aqui, fatos dos quais fui apreciador e crítico revelador, diante das maldades das indicações que permitiram a mim, recordar cenas de muita força de terror e de suspense!
Uma delas, vem da primeira versão de crimes comerciais, contrários ao crescimento do grupo cimenteiro em que eu trabalhava com a dedicação de brasileiro, que via uma nova e criativa forma de fabricar e vender, possibilitando ao nosso país a esperança da baixa de custos e aumentando a concorrência de todo o mercado. Não é necessário dizer que logo no início dos trabalhos tivemos a critica de quase toda a maioria de outros fabricantes.
A fábrica instalada tinha a capacidade de ter as suas áreas de produção independentes, mecânica e eletronicamente o que favorecia que se parasse uma das áreas de fabricação e continuasse a produção com as outras áreas.
Para que isso ocorresse bastava que se abrisse os cadeados de cada tipo de máquina, para fazê-la parar e prestar assim em seus motores. moedores e misturadores a manutenção necessária, imitando um novo sistema alemão de produção.
Esse novo sistema trazia riscos, pois enquanto a porta de segurança estivesse aberta, os cadeados jamais poderiam ser trancados, pois dentro da máquina haviam técnicos e empregados fazendo a devida manutenção. Caso os cadeados fossem trancados, a fábrica automaticamente reiniciaria os trabalhos de produção, ignorando que dentro da máquina, existiam técnicos fazendo sua manutenção.
Para nossa tristeza, um “sabotador” por lá passou e bateu propositalmente os cadeados, causando a morte de três funcionários.
Esse ato de sabotagem virou guerra na busca do criminoso e, conseqüentemente nas ações para indenizar as famílias e acionar a Companhia Seguradora, além dos problemas criados pela imprensa local com referência ao acidente.

sábado, 4 de setembro de 2010

Papo de botequim

O botequim, não é, sòmente, o lugar de tomar umas “biritas” ou lugar de se provocar o “vizinho da mesa ao lado" ou lugar de chatear o garçom com os pedidos impossíveis, ou mesmo, lugar de pedir ao crooner do conjunto, para repetir a mesma música, pelo menos umas duzentas vezes.Principalmente, nunca deverá ser o lugar, de permanecer na hora que o seu proprietário quiser fechar o estabelecimento, e já tenha insistido por várias vezes, para você não pedir mais nada.Feche sua conta e vá para casa com “Deus”, para que ele tenha o seu descanso, para poder funcionar no dia seguinte.O botequim, na minha observação, tem a sua representação de cultura popular, e é de especial importância, pois ali, se mede a capacidade mental, de cada um dos seus freqüentadores, que no botequim avaliam suas idéias.Ali, ainda se discute política, se derrubam governos, se criticam os chefes, se armam as revoltas, se descobrem os “chifrudos”, se fala de música e futebol, e por fim, se descobre, qual o homem que respeita a sua família, ama os seus filhos e admira a sua mulher, e, sobretudo, sabe limitar a dose do seu copo de bebida, para não prejudicar o bom andamento de sua vida.O botequim tem o seu “charme”, e desde que os portugueses, para cá vieram após o descobrimento, precisamente há mais de 500 anos, eles representam o ponto de encontros de invasores, colonizadores, poetas, jornalistas, militares, legisladores, artistas, cantores, compositores, professores, juízes e aposentados.Dou-lhe assim, o primeiro conselho:Ao freqüentar um “botequim,” por qualquer motivo, seja para dar uma descansada, para tomar um refrigerante, cerveja ou mesmo uma pinga, se acontecer daquele freqüentador assíduo, se aproximar de você, puxando aquele "papo", com os olhos fixos nos teus olhos , e com aquele bafo de onça, não tenha medo.Se ele chegou perto, foi porque confiou em você. Troque com ele, um papo rápido e sadio e seja cortês e nunca não deixe de guardar na memória, tudo o que foi conversado naquele instante.Se por um acaso, num futuro próximo, numa nova visita àquele mesmo botequim, você esbarrar com ele novamente, tome como regra básica, repetir com ele aquele papo, o que vocês tiveram anteriormente, e caso você conclua que ele não se lembrou de nada, disfarce, e vá saindo de fininho, se possível sem ser visto, para que ele não perceba, pois ele demonstrou, ser um beberrão irresponsável, tendo já a bebida destruido os seus neurônios.No futuro, ele poderá prejudicar a convivência, e não existirá mais o papo de bons amigos. Não perca seu tempo, faça tudo discretamente, sem deixar que ele perceba que está sendo um discriminado.Lembro bem, que quando mais jovem, eu assistia com muita indignação, os conhecidos serem retirados de uma mesa de botequim pela mãe ou pela mulher, quase à força, visto que seus familiares os aguardavam , com a macarronada de “domingo”, que por sinal já tinha sido requentada, várias vezes.Insistiam em não largar aquele papo firme, agarrado ao copo de cerveja e todo final de semana, em busca da cultura “botequitineira".Ora, meu povo, vamos pregar a cultura biriteira, mas não tanto assim, não devemos esquecer da família, ela exige a presença, e portanto sempre beba, junto dela.Temos a obrigação de analisarmos as pessoas que se abrigam nos bares, ali por vezes, encontramos os artistas e poetas, que se inspiram sòzinhos acompanhados de um copo de cerveja, e criam coisas maravilhosas, vide o poetinha “Vinícius de Moraes,” e a sua inseparável dose de wisckey, vide “Ferreira Gullar” o poeta do nosso Rio.E para provar isto, à coisa de uma semana, parando em um botequim para me refrescar com um copo de água mineral, deparei -me com um professor, proprietário de Colégio, que me pediu para dar uma olhada no livro de minha autoria que eu folheava enquanto bebia.Com humildade, entreguei meu livro para que ele visse e para surpresa minha, ouvi dele o seguinte comentário, eu também escrevo, já escrevi três peças de teatro, estou hoje aqui, porque me aborreci com meu filho, que não quer saber de estudar, e aqui estou, ao lado desta cerveja revisando os meus conflitos.Pensativo, afirmou gostar do meu estilo de escrever, perguntando-me se eu nunca havia pensado em escrever uma peça de teatro. Prosseguimos conversando aí então eu deixei para ele uma frase:- veja que não adianta ficar mergulhado em conflitos, compreenda a vida. Existem na vida, dois tipos de pessoas, um que nasce para receber e outro que nasce somente para dar. Procure se identificar, se você é aquele que na vida só recebe ou aquele que sempre dá.Respondeu-me ele que tinha valido muito a pena ele ter ido ao botequim tomar umas cervejas, pois, depois de minha afirmação, saia de lá outra pessoa!Portanto, não faça do “Botequim”, um atalho constante em sua vida, mas de vez em quando, dê uma passadinha nele, e eu te garanto que você vai aprender muito, pois vai buscar em outras pessoas, modelos para implantar em sua vida.Não faça do copo de cerveja uma condenação, mas sim, uma satisfação, e procure delimitar o tamanho do seu gole.Eu, por acaso, já assisti serem tratados grandes negócios, em mesas de bares.Na época em que dirigia uma empresa de construção civil, testemunhei em algumas churrascarias, várias associações importantes, para incorporação de grandes investimentos, e lá também já recebi convites para freqüentar igrejas, e participar do quadro de palestras religiosas, para dar exemplos de vida, só que não aceitei a nenhum deles, pois acho que na vida não se dá exemplos, vida simplesmente se vive! .