Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

sábado, 26 de junho de 2010

O brasileiro, o povo mais político do mundo!

Muito bom se pensarmos assim. O brasileiro é bem situado como político, mas infelizmente chegamos à conclusão de que o Brasil, por ser um país continental e litorâneo, custou muito a exercitar a sua forma de fazer política. Até hoje as nossas praias vivem cheias, e sòmente agora, estamos descobrindo que a nossa vocação é o Turismo! O nosso Congresso demonstra esse fato com certeza, pois quase todas as quintas-feiras, as malas dos nossos brasileiros já são embarcadas nos aviões, rumo às praias, haja ou não, algum projeto importante a ser votado. O brasileiro gosta de errar nas eleições, para poder manter sempre aceso o clima das discussões políticas. O mesmo eleitor que se empenhou numa luta diária para a reeleição do FHC, ficou totalmente ligado a campanha que demonstrava a insatisfação com a nova postura do Presidente. Hoje já se diz, que êle escondeu a crise, não cuidou do desemprego, foi submisso ao FMI ( fazia m...internacional), e hoje diz que o Itamar pobre coitado, teve muita razão e que o seu grande erro foi abrir as importações, que assassinaram a nossa produção. Eu confesso, sou eleitor desde 1952 e na minha visão, só assisti a erros de eleição. A única politicamente correta desde então, foi a que levou ao poder o Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Daí para frente, tudo errado. Logo a seguir, colocaram um louco no poder e até sua própria filha, mais tarde, fez inúmeras considerações, e foi tida como louca... Pobre TUTU, foi até internada pelo próprio pai. Conhecido como o homem da vassoura que iria acertar a área pública, teve seus primeiros decretos perturbando o sono dos anjos. Pasmem!... Proibiu a briga de galo, o uso do biquíni, o terno e gravata no palácio, a corrida de cavalos e o uso da mini-saia. Tudo isto, esquecendo do desenvolvimento que havia sido retomado pelo Presidente que saía enaltecido pelas grandes idéias no campo de transformação do país, numa potência industrial. Esse, saiu do governo nove meses depois, alegando a atuação de forças ocultas, até hoje não reveladas. Aí então, entramos no processo que até hoje nos maltrata. A não aceitação do seu substituto, o Dr. João Goulart, trouxe ao poder a ditadura militar, que já pairava na cabeça dos Coronéis, como verifiquei dentro da própria Caserna, quando estagiário,quando antes da posse do Dr. Juscelino, eu recebi um convite para participar dentro do quartel onde servia, de um abaixo assinado, que impedisse a posse da sua eleição, para mim, limpa de critérios. E daí em diante, a luta política se voltou para dar fim a tal ditadura. No entanto, se observarmos bem, a ditadura não terminou aqui no Brasil, ela vestiu uma nova capa, a do socialismo moreno. Os jornais não nos deixam mentir, tudo que se diz hoje, será o mesmo que se dirá amanhã. Vamos orar e pedir a Deus, que ele não deixe o Brasil acabar, porque o nosso País é tão grande, tão futuro, tão passado, que temos que lutar muito, para chegarmos ao presente - o presente com empregos, com saúde, com escolas, com segurança, com projetos, com crescimento, com privatização técnica - e sem mentiras. Com a fidelidade partidária, sem a corrupção, sem o despotismo, sem o contrabando, sem as denúncias infundadas e sem os privilégios, com uma justiça limpa e um poder judiciário que apóie o povo. Única razão da existência da esperança de chegarmos ao topo, na relação dos países considerados de primeiro mundo. Abandonemos a idéia de uma moeda forte, com uma economia fraca. Pensemos que o maior celeiro do mundo, em condições climáticas, é o nosso! Temos a maior disponibilidade de terras, em extensão territorial útil, com hidrovias naturais não aproveitadas e com ferrovias sucateadas. Se pensarmos que o maior país se chama BRASIL, só nos restará consertar isso! O nosso lema de crescimento, vem há muito tempo errado. O princípio básico da economia é capital e trabalho, e não como a maioria dos nossos ministros pensam, o Trabalho do Capital!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dr. Francisco Pinto Junior

Outro tipo inesquecível em minha vida foi o jovem Dr. Francisco Pinto Jr., que tinha formação em Direito e era um excelente administrador e estrategista.
Ele ocupava na mesma empresa em que eu trabalhava, um lugar de destaque; era o Gerente do Planejamento Comercial do Setor Sul do Brasil e cabia a ele projetar as vendas anuais daquela área comercial,que envolvia desde as campanhas comerciais até o estudo de lançamento de novos produtos, que naquela época já alcançava a casa de 228 tipos diferentes, entre a linha de farmácia e a linha de produtos de beleza e toucador.
Num determinado dia, convidou-me para fazer parte do seu quadro de funcionários, e simplesmente deixou em minhas mãos todos os mapas de projeção de vendas, orientando-me para que não tivesse medo,pois, como dizia, venda era sonho.
Disse-me então: -vou te ensinar a sonhar, e para você será muito simples, eu já vi que você é um otimista, jamais irá errar num sonho de vendas.
E assim, fui me especializando e levando todas a informações ao Diretor Industrial, com quem viria a trabalhar futuramente no planejamento industrial.
Lamentei profundamente, quando o amigo Francisco foi convidado para trabalho em outro grupo pois o nosso convívio foi apenas de um ano, mas fiquei feliz em saber do seu progresso profissional, pois ele já tinha rapidamente se tornado uma das pessoas de prestígio junto ao governo do Dr. Juscelino.
Somente uns anos depois, quando surgiu uma chance de termos um encontro, eu tentei reservar junto a sua secretária, um horário para conversarmos, e na realidade ele pela sua grande ocupação, marcou um determinado dia, quando estivesse em trânsito entre o Rio e Recife, mas não fui feliz. O pneu do meu carro furou na Avenida Brasil, e não tive como chegar ao encontro. Tendo ficado constrangido, não tentei marcar nova data, mas fiquei na esperança de um dia futuro sentarmos para conversar, mas pelo visto, acho que ele saiu do país.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Outro papo sobre empresários...

Vou sintetizar o papo de hoje, fazendo referência única a um tipo de empresário que conheci, mais precisamente no final dos anos 60 e início dos anos 70.
O que primeiro me lembro desse tipo, é que era um homem dinâmico e de raciocínio rápido, voltado inteiramente para a construção civil. Não fosse ele um eterno garanhão e bon vivant teria ficado marcado nesse mercado, como o gênio da nova dimensão do mercado imobiliário. Como administrador de empresa era um péssimo profissional,pois só se fazia presente em sua mesa de trabalho, após às l8 horas e normalmente acompanhado de uma equipe que mantinha o seu equilíbrio emocional: uma manicure permanente, um cabeleireiro, um amigo e empresário e a sua gatinha e amante, que não saía do seu pé.
A parte da noite era eternamente o horário preferido desse profissional. Normalmente, atendia aos seus diretores após uma sessão de massagem, corte e pintura das unhas de mãos e pés e uma descoloração nos cabelos para manter a sua lourice.
Gostava de saber das coisas da empresa, falando ao telefone, recebendo massagem nos cabelos e com os pés encima da sua manicure.
Habitualmente me pedia auxílio para ajudá-lo nas suas contas de projeção de negócios. Era um tipo raro, não temia resolver coisas de cabeça. Se por acaso, algum projeto na área de construção fosse colocado em suas mãos, rapidamente respondia: - aqui nesta planta podemos projetar dois edifícios de apartamentos de um, dois ou três quartos, com uma área útil de tantos metros quadrados.
Mas no entanto, para fazer contas de dois mais um, sempre me chamava para ajudá-lo, e para se desculpar, me dizia que já estava muito além dessas somas, pois não sabia mais fazê-las.
Não será necessário dizer que a sua empresa passou a ser concordatária e logo após, teve a sua falência decretada.
Foi uma pena, porque uma construtora que tinha todas as bases técnicas para se fixar naquele mercado, não poderia ter sido levada a uma situação de falência pela mão infantil do seu proprietário.
P.S. Este relato é verídico, mas deixo aqui de publicar nomes, por questões óbvias.
Que sirva de alerta para os jovens empresários de hoje
.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Brasil dos executivos que conheci, admirei e odiei

Estou na década de 50, no Brasil, um país de aproximadamente sessenta milhões de brasileiros, recém-saído da temida ditadura do Presidente Getúlio Vargas e política interna confusa, onde os nacionalistas, que se rotulavam democratas, exigiam em praça pública a garantia das nossas principais riquezas do campo industrial. O mundo se voltava para o Canal de Suez, onde um novo perigo se instalava e ameaçava a paz recentemente conquistada da arrasada Alemanha de Hitler. A juventude da época, entretanto, não devia esmorecer diante das ameaças,pois muito pior, tinha sido o período compreendido entre os anos de 1939 e 1945, anos que trouxeram ao nosso povo a grande experiência de viver em plena guerra mundial. O Brasil ainda vivia como uma grande colônia, os vestígios do domínio dos coronéis era notório, e nós, precisávamos urgentemente de mudar os destinos do trabalhador brasileiro. Nesse momento então, o nosso país observa um novo caminho, que era indicado pelo então candidato à Presidência, o Dr. Juscelino Kubitscheck de Oliveira. O povo o elege e aplaude suas novas idéias, que asseguram os motivos para que o Brasil entre firme na rota da industrialização e no fortalecimento da siderurgia, da mineração, da automotiva e da ampliação do nosso campo de extração de petróleo, para tornar-se auto-suficiente. Pensando talvez nesse crescimento, o nosso Presidente tenha falhado, quando iniciou as obras da Transamazônica, achando que seria o caminho mais curto para unificar o país. O brasileiro que até então, era parte de um povo acomodado, passou a buscar seus novos caminhos, e para nossa alegria, começamos a pesquisar tecnologia, conhecimento e especialização, esquecendo o rótulo de que somos um país do futuro, mas sim de um presente no novo cenário mundial, e que já começava a incomodar aos países de primeiro mundo. Aí sim, cada brasileiro passa a buscar em suas ambições, um novo caminho. As escolas de aprendizado se diversificam, o número de Universidades se amplia e então começamos a acreditar que seremos uma nova esperança na América Latina. E foi nesta mesma época que buscando uma carreira profissional, iniciei a trajetória de análise das empresas e de seus dirigentes, e passo a comentar sobre os líderes empresariais que conheci e convivi, ou como queiram, os grandes executivos. Inicio pelo saudoso Dr. Milton Costa Lentz César, filho de um famoso embarcador, Paul Lentz Cesar, de origem norueguesa, que veio para o Brasil na ocasião da primeira guerra mundial e casou-se com a Sra. Márcia Costa Lentz César, e aqui se estabeleceu na indústria farmacêutica, adquirindo os direitos de fabricação de uma linha de tônicos e fortificantes que seriam de origem dos índios, o antigo xarope Phymatosan e Phosphatan, um tônico para a memória. Com o Dr. Milton, criei o meu espelho de trabalho e desempenho e apreendi que a análise deve ser criteriosa em seus mínimos detalhes. Ele era um grande observador, media o tamanho de um barbante para embrulho, cortava a fita adesiva sem exageros, utilizava o creme dental até o resíduo de sua tampa, tinha o hábito de colher clips e alfinetes no chão,etc... Era afinal, um superintendente industrial muito rígido e consciente. Foi buscar mestrado nos EUA e trouxe para o Brasil vários sistemas de racionalização de trabalho. Foi fundador da CONSEMP, uma empresa de consultoria e treinamento de executivos. Foi fundador da caderneta de poupança Morada e responsável direto pela minha admissão e ascensão profissional na indústria química e farmacêutica. Acreditando na minha capacidade de trabalho me fez Chefe do Planejamento e Controle da Produção, onde pude formar toda a minha base profissional futura, em substituição ao Sr. Salvador da Costa Monsanto que tinha se transferido para a CPRM, após se dedicar à mesma posição, por um largo período de mais de quinze anos. Não posso deixar de registrar, que esta família foi também a introdutora da Igreja Presbiteriana no Brasil, e instalou a sua crença pelas mãos do pai do Dr Milton César, o pastor e reverendo Paul Lentz César.

terça-feira, 15 de junho de 2010

As viúvas investidoras

Um susto mundial!Os velhos mercados financeiros estão estremecendo a economia internacional.A garantia de mercados são as grandes vítimas das velhas viúvas investidoras.Elas ainda herdam a maior parte dos tesouros deixados pelos maridos, que envolvem as maiores fortunas do mundo, que giram em torno das grandes usinas de minérios, dos grandes estaleiros, dos maiores criadores e dos grandes banqueiros.Uma economia sólida se faz com capital e trabalho, e nós, brasileiros, teimamos em separar essas duas coisas tão importantes. A vaidade pessoal acaba com o princípio básico. Esquecemos que as grandes fortunas mundiais têm os dois ganchos de segurança representados pelo lado financeiro de um negócio e pelo lado econômico desse mesmo negócio.O lado financeiro tem em sua base monetária, seu lastro em depósitos e poupança.O lado econômico, o lastro de produtividade, o crescimento industrial, a sua prestação de serviços, a sua mão de obra, a sua criatividade.O Brasil continua sendo o grande cliente do mundo internacional.Ele é pela mão do seu dirigente, um campo em potencial aberto às importações inúteis.Lembro-me quando menino, de que as economias do nosso povo eram muito seguras, o Governo arrecadava, sem emitir moeda podre. Dava condição de uma maior fiscalização no consumo dos produtos industrializados, pois, esses produtos só iriam às prateleiras de venda, se tivessem o selo do imposto de consumo pago.Só assim, o Governo tinha um maior controle da arrecadação e podia planejar os gastos públicos, sem financiar as grandes fortunas.Daí o grande dilema: surgiram os políticos e os interesses pessoais, e com eles, vieram o grande mal brasileiro, aquele jeito de negociar nas gavetas.Em suma, a “corrupção” e as novas formas de proteção ao lado financeiro, deixando de lado, o aspecto de trabalho, o lado produtivo de um negócio em crescimento.Eu percorri, na minha vida profissional, seis campos diferentes: a industria gráfica, a farmacêutica, a da construção civil, a imobiliária, a indústria de madeiras e a de mineração.Em cada uma delas, eu senti as coisas erradas acontecendo.No campo gráfico, eu vi maior interesse dos jornais encalharem nas bancas.No farmacêutico, a inclusão de produtos de higiene e refrigerantes adicionados ao custo dos remédios, produtos esses, que eram consumidos na casa dos diretores.Na construção civil, a falsificação dos contratos de financiamento que eram fornecidos em quatro vias . Cada uma delas, tinha descrição diferente. Como exemplo, na via do comprador constava bronze martelado, na do construtor não aparecia esse item, já na do financiamento apareciam esses e outros mais.Na de madeiras, os caminhões que entravam mais de uma vez em cada obra do governo, com a mesma mercadoria e várias notas fiscais diferentes.E, finalmente, na indústria de cimento, as máquinas de ensacar eram reguladas para pesarem 49,5 kg cada saco de cimento.Vejam vocês, então, se as viúvas investidoras do primeiro mundo, não tem que estar preocupadas.Cuidado Sr. Presidente, conserte logo o lado econômico do país, porque as viúvas do primeiro mundo estão de olho e como de hábito, nós brasileiros, somos taxados de vagabundo pelo resto do mundo!

domingo, 13 de junho de 2010

O Brasil tem jeito !

Quanto susto, quanta indignação, quanta descrença, mas, mesmo assim, vou continuar dizendo :o Brasil tem jeito, sim! Do meu pai, recebi conselhos importantes e assustadores,pois êle tentava me aproximar das verdades que a vida esconde . Quando ainda menino eu lhe perguntei, porque não contribuia para o INPS, êle foi claro e objetivo, respondendo: -- filho, isso aí vai ser um saco de gatos e eu não posso ser roubado, ganho muito pouco e trabalho muito, e a lei não obriga ninguém a contribuir. Hoje , decorridos tantos anos, eu descobri a verdade daquelas palavras. E mais adiante, em outra oportunidade, êle me conduziu até o Centro da Cidade, mais precisamente no Morro do Castelo, indicando uma barraca de lona cercada por uma longa fila de pessoas. Disse, então: - você esta vendo aquela barraca? Ali funciona a tenda dos sonhos, ela pertence a um chinês, êle usa droga injetável, conhecida como ópio e cobra dos menos informados, os pobres brasileiros, a quantia de cinco mil réis, pois alí, vende o vício. Tudo isso acontecia a céu aberto.Prosseguindo, ia me alertando e falava: - não aceite nada das mãos de ninguém, nem um cigarro que seja. Estes dois alertas, foram os primeiros da minha vida, um com referência a vida pública, à corrupção, e outro relativo a vida pessoal, o vício , que já se implantava no Rio de Janeiro, pela atuação daquele traficante internacional.Hoje, eu fico intranquilo com a posição das nossas autoridades, que falam de tudo isso, como se fosse um fato novo. Fraudar a previdência social é um fato novo aos olhos do noticiário de TV. O crime organizado, é oriundo do jagunço, o jagunço é obra dos antigos coronéis, os coronéis são os antigos donos de terras e engenhos, que foram nomeados na época das capitanias. As capitanias foram doações do tempo do nosso Império, portanto a quem acusar ? Só nos resta dizer que o culpado foi o nosso primeiro Imperador , o jovem mancebo português D.Pedro I ... Nos dias de hoje, não adianta ficarmos pensando em procurar um culpado, mas sim, pegarmos pela mão nossos filhos e, a exemplo de nossos pais, exibirmos diariamente para êles, onde ficam todos os locais criminosos, evitando assim ,que o nosso Imperador, forme novas capitanias e por sua vez, surjam novos coronéis para delegar poderes aos novos jagunços, que com certeza, irão sustentar para sempre, a violência que reside entre nós.Nosso país, é rico e saudavél , e posso afirmar: - é a maior Nação do mundo ! Por isso temos a obrigação de sermos o povo mais vigilante, o mais dedicado, o mais investigador. Aí, sim ! 0 Brasil terá jeito , sim ! E para sempre !

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Não vamos usar nossa preguiça

Com a nossa juventude, a nossa moderna forma de vida e a nossa esperança de uma solução preguiçosa, vivemos totalmente voltados para a informática.O assunto hoje são os grandes inventos,pois só esperamos que o milagroso computador, nos entregue de “mão beijada”, uma solução rápida e eficiente, para qualquer dos nossos problemas, sejam eles, ligados à cultura, à ciência, à saúde e a tecnologia.Ledo engano meus amigos. Temos que olhar o computador como uma excelente ferramenta de trabalho, mas nunca admiti-lo como solução para os nossos afazeres. Ainda encontramos alguns fanáticos, desta nova ciência, que por preguicite aguda, andam afirmando, que inclusive os livros irão desaparecer. Não creio, pois se assim fosse, o teatro já teria desaparecido há mais de cinquenta anos com o advento da televisão. Devemos acreditar, sim, que a informática, será um meio para o progresso do mundo no novo milênio, mas nunca será um fim, para êste mesmo mundo. Pensemos que as diferentes coisas que acontecem com o nosso corpo, jamais serão resolvidas por um computador e por mais avançado que ele seja, seria o cúmulo, imaginarmos, que as pessoas poderiam se programar, para fazer “xixi” pelo excel, ou para acordar de duas em duas horas, durante a madrugada pelo “word” .Pensemos sim, que temos a nossa individualidade e criatividade próprias do ser humano, e que deveremos sempre idealizar o que será dela, se estivermos fabricando processos que a levarão a estagnação.Este século, que terminamos, foi por demais produtivo a nós, seres humanos. Ele confirmou todos os temas dos filmes de “flash Gordon”, a criatividade do homem, construiu os foguetes, as aeronaves, os controles remotos, a bomba atômica, a viagem à lua, a globalização, a vigilância via satélites e o conhecimento do mundo exterior, mas em compensação, foi dado ao homem, novos desafios de vida. Tudo, para compensar as grandes descobertas, os grandes avanços tecnológicos, para fazer com que o homem, cada vez se especialize, mais e mais, para buscar, a cura do câncer, da aids, de outros males, enfim...Pela minha visão, acredito que o advento da informática, deveria ter sido bloqueado por Deus, quando ainda estava sendo pesquisado. A Segunda geração dos computadores , a meu ver, já era alta tecnologia, não bloqueando as funções humanas. Aquela em que o homem, era obrigado a pensar para processar os dados e para instalar um programa na UCP, do antigo computador, todo idealizado por ele, o antigo programador de computador, hoje desaparecido e sepultado, pelos programas previamente criados.Estamos numa nova fase, aquela tão esperada pelo ser humano, que abusando da ciência, pedirá ao computador para resolver quase tudo da sua vida. A falta de imaginação lhe dará a ilusão, de que estará resolvendo tudo, sem sair da cama. Mas para onde estaremos caminhando? Na verdade, estaremos caminhando, para repousarmos lado a lado da dona preguiça e os homens do futuro, irão pesar no mínimo quinhentos quilos e perderão a sua individualidade e a sua mobilidade. Na sua carteira de identidade, deverá constar em qual linguagem de computador, a sua mente estará catalogada e vocês já poderão imaginar que tremenda confusão.Os jovens de hoje então, vão ficar impedidos de saborear um café da manhã, preparado com a tecnologia do sentimento e não da máquina. Teremos todos que arquivar os sentimentos em um disquete, ou anualmente teremos que adquirir um novo programa de vida.Chegaremos, então, a conclusão, de que o computador, não é tão inteligente assim, mas será, por certo, uma ferramenta muito útil, quando estiver ligado ao nosso próprio corpo, e em defesa da nossa saúde, nos oferecendo todas as vantagens, para o nosso novo desempenho de vida, seja ele físico, mental, ou emocional. Aí sim, iremos afirmar, ele será sempre uma excelente ferramenta de trabalho, e de vida, mas fiquem certos, que nunca irá substituir a nossa criatividade, nunca deveremos ser um engenheiro de obras feitas!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A falsa busca e apreensão de um automóvel já transferido !

Decorriam os anos 80 e eu atravessava um momento difícil no campo profissional e empresarial, era o governo do Presidente Sarney.Meu filho mais velho, recentemente formado em engenharia mecânica me acendia um alerta de que eu deveria ajudar no congraçamento da sua empreitada profissional.Como eu já havia participado de três anteriores projetos de vida, nunca corri da raia e disse pra ele um sim, me fazendo um pai presente e que daria tudo para formalizar esse seu novo pedido, que me mostrava ter uma base das suas idéias, pela minha participação nos outros já acontecidos, desde seu tempo de estagiário na empresa FICAP.Quando investia nele, eu aprofundava o desejo de proteção aos dois outros filhos mais novos, que poderiam participar das coisas futuras relacionadas ao sucesso de qualquer outro empreendimento que eu fizesse junto a ele.E esta seria assim a introdução, para iniciar a historia decorrida que puxou o título dessa leitura.Inicialmente, como no momento eu precisava de um carro mais barato, pois era, possuidor de uma Elba Fiat, modelo 86 que havia sido retirada num consorcio, pensei que poderia vendê-lo e passar as prestações que estão faltando para o novo dono.E assim pensando, me dirigi a uma agência de automóveis perto de minha casa, e realizei formalmente a troca do carro por uma Brasília, ano 1981, e ainda tive um pequeno troco, que por certo me ajudaria no novo empreendimento do meu filho. Tomei os devidos cuidados de fazer um instrumento de transferência em cartório para minha segurança em dias futuros e assim esqueci o assunto.Iniciei o novo negócio do meu filho, uma empresa de Usinagem para fabricação de peças e apaguei da memória que tivesse feito um negócio perigoso com o tal comerciante.Decorrem novos dias e mais adiante, eu recebo em casa um instrumento da justiça que me diz e me avisa de que o tal carro que transferi estaria na lista de busca e apreensão, e que eu deveria devolver a empresa consorciada, que constava um atraso de pagamento de mais de seis meses nas mensalidades do consórcio.Decidi ficar tranqüilo, pois tinha em mãos um instrumento de cartório, no qual a agencia, a tal da troca pela Brasília , assumia as mensalidades, e assim, mesmo que transferisse o carro a um novo comprador, deveria comunicar ao novo proprietário a tal pendência. Fiz tentativas em vão procurando para onde teria se mudado, a tal agencia de automóveis, e nesse processo de busca, aumentava a minha dor de cabeça. Num determinado dia, mesmo com todos os documentos a meu favor,após ter sido ameaçado de prisão, o nosso bondoso Deus, colocou no meu caminho a solução de todos esses problemas. Eu me dirigia para Cascadura e a viagem era feita de ônibus. Sentado próximo à na janela, observava a av. Dom Helder Câmara, e lá na altura do bairro da Abolição, me surpreendo com o que eu vejo. Estacionado numa calçada em frente a uma churrascaria, estava o pivô de minhas preocupações - o danado do carro Elba! Para minha salvação, dei sinal de descida no ônibus e saltei no primeiro ponto. Aproximei-me de uma dupla de policiais militares e narrei a tal historia, a da busca e apreensão de que tinha sido ameaçado, e pela forma de atendimento atencioso dos policiais, fiz o convite para me acompanharem até a tal churrascaria.O pedido foi aceito e fomos até lá. Para minha surpresa, perguntamos na gerência quem seria o dono do carro estacionado na porta e nos foi mostrado o aniversariante do dia, que fornecia, na maior alegria o tal churrasco à família e aos amigos.Por incrível que pareça chegávamos na hora dos parabéns “pra você”.Olhei para os policiais e apontei o aniversariante. Eles olharam para mim e disseram - vamos lá, participar desta festa.Vocês já podem imaginar o que aconteceu. Fomos todos para a delegacia da Piedade, a 24ª.Pude então provar que o carro era meu, pois ainda estava em meu nome. O aniversariante chiou e não queria ir até o distrito policial, mas acabou se rendendo, ao pedido dos policiais, que verificaram que eu era inocente e estava coberto de razoes.Devidamente documentado e sendo ameaçado de busca e apreensão. Por isso digo e repito, acreditem sempre nas coisas de Deus, que diante de um problema tão grande me colocou naquela hora, naquele lugar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O nosso código de barras

Parece incrível, mas é verdade! Nós, seres humanos, teremos num futuro bem próximo, o nosso código de barras. Nele, estarão definidos todos os conceitos e características, como se fôssemos um desses produtos de 1a. linha, que existem nos mais famosos supermercados. Mas, não se assustem com isso. Não vamos virar um produto " Sendas!" Não vamos nos tornar um produto industrializado, que segue os conceitos das normas e especificações do INPI, que por imposição da lei, obriga aos seus fabricantes, a manter em suas embalagens, informações de extrema utilidade e importância, que na realidade servem para a orientação dos consumidores, pois necessitam estar seguros, no momento da sua utilização... Como seria então, configurado em nós, humanos, um código de barras? Muito simples... Exatamente, como são feitas as leituras nos produtos. Elas sempre se fazem através de uma leitura ótica. Será que nós teríamos que bordar o nosso código de barras, nos fundilhos de nossas calças? Claro que não seria necessário... Com a nova tecnologia, simplesmente iríamos convocar o famoso craque da informática, o Bill Gates, e ele bolaria para nós , um novo e revolucionário cartão de leitura magnética. Futuramente, quando chegarmos a um registro público para registrar um filho, vamos receber do escrivão, juntamente com a certidão de nascimento, um cartão magnético, que terá uma numeração especial, com adaptação e cadastramento nos principais orgãos de governo e nas principais empresas de economia mista. Assim, teríamos o nosso ingresso assegurado, desde o serviço de vacinação infantil, passando pelos registros escolares do jardim à faculdade, serviços militares, hospitais públicos e Ministério do Trabalho. Teríamos também a aposentadoria automática e o cadastramento nas casas de serviços funerários, restaurantes, casas de bingo, clubes, hotéis e motéis , etc. e etc. Assim , por conseguinte, tudo seria bem mais fácil para nós. Vocês já imaginaram? Chegarmos na portaria de um hospital público e ao passarmos o nosso cartão magnético, no visor ótico da portaria, recebermos imediatamente uma guia de consulta, nos seguintes termos:- Dirija-se ao terceiro andar, na ala B e procure na sala 308 o Dr. Cassio, que ele já está de posse da sua ficha de atendimento .Aguarde apenas 15 minutos que êle está terminando uma consulta. Ou então, fazermos uma solicitação ao Ministério do Trabalho, de uma nova via de ou de carteira profissional, ou de informações sobre nosso tempo de trabalho, tudo isso em fração de segundos. Será uma beleza! Vamos com certeza, ter uma vida bem administrada e controlada,pois este tipo de moderno e complicado cadastramento via código de barras, estará presente inclusive , no turismo, no esporte e no lazer. Com isto, será muito fácil identificarmos quantas viagens já fizemos ao exterior, quantas doses de conhaque consumimos na festa de final de ano, quanto dinheiro já perdemos nas corridas de cavalos, quantos litros de gasolina já consumimos em nosso carro ou quantas vezes saímos com a vizinha ou vizinho. Chegamos a conclusão de que será muito complicado e que será bem melhor, esquecermos toda esta tecnologia e pararmos por aquí . Essa coisa de código de barra, vai ser na realidade uma barra. Acho melhor deixarmos o Bill Gates pra lá, e continuarmos usando os nossos naturais códigos de ética, todos aqueles que nos foram ensinados pela mamãe. Valeu mamãe, o seu código sempre foi o melhor do mundo! Êle sempre nos deu as informações mais precisas. Os caminhos da vida jamais poderão se transformar em caminhos eletrônicos e informatizados.