Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

segunda-feira, 2 de julho de 2012

AJUDAR ALGUÉM SEM OLHAR A QUEM! ( Parte II)

Uma dívida bancária só deve ser feita em benefício próprio!
Quem quer ter amigos, creio que deve analisar corretamente essa sua amizade, nova ou não, e nunca deixar que essa ligação, passe a ser uma cruz na sua vida.
Somente assim, poderemos evitar os grandes problemas e dilemas, que com certeza, darão asas à criação de causas alheias à nossa vontade de viver.
Todo e qualquer caso novo, que venha de fora da sua visibilidade, para você ajudar a resolver, deve ser envolvido de uma profunda investigação, bem antes de ser aceito.
Eu posso afirmar que foi exatamente essa atitude de cuidado que me faltou em determinada época da minha vida, quando me propus a ajudar.
Mesmo que seja um amigo que venha seguindo ao seu lado há vários anos, trocando com você sonhos de vida, esperanças de objetivos, buscas de caminhos ou qualquer pequeno favor e mesmo que venha fazendo de você uma escola de aconselhamentos, com um parâmetro de vida que insinua que ele está coberto de verdades, ainda assim, nada afirmará diferenças com o bordão antigo: - “AMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE”.
Diante desse quadro, essa amizade que parece envolver e afirmar que é ela uma figura em que você deve e pode confiar, recomenda-se cautela, pois pode ainda não estar abrigada num fator de verdade e confiança que evidencie que está montada dentro de uma trama que poderá vir a atingir a sua estrutura de vida.
A traição na vida é sempre um instrumento maldito, ainda mais depois de indicar que o traidor foi o seu grande amigo, “pau” para toda e qualquer obra ou ato de vida ligado a uma confiança coberta de todos os bons critérios, pois todo traidor é um sábio e nós por honestidade, nunca conheceremos o dom da traição.
Esse meu longo prólogo, já me obriga a contar rapidamente que errei muito em acreditar num tipo desse de amigo, que me solicitou ser dele fiador numa operação bancária, pois ele iria sacar um “papagaio” com vencimento em noventa dias e não me deixaria a descoberto.
Haja vista que nossa amizade já existia há mais de cinco anos, eu não tinha qualquer dúvida da sua honestidade, considerando que já tínhamos tido vários assuntos conjuntos em relação à dinheiro.
Apesar de serem valores pequenos, eu afirmava que é nos pequenos atos de vida, que se conhece a honestidade das pessoas.
Nessa situação de ajuda envolvi um colega de infância, gerente de uma agência bancária, a quem eu nunca havia pedido nada na vida e me dei mal.
Fui ao banco e confirmei o valor que era correspondente a cinco salários que eu recebia naquela época e pedi a ele que fosse lá na agência do Banco para conversar com o meu amigo e deixar a conta aberta e tudo assinado, para que eu avalizasse em seguida. Ele assim fez e eu então complementei a tal operação.
Como em ocasiões anteriores eu havia apresentado colegas de trabalho, para abertura de conta com ele e levando em consideração as heranças da família e nossa antiga amizade, nem achou que eu poderia estar indicando um trambiqueiro, mas de qualquer forma me alertou que qualquer coisa que acontecesse na conta daquele sujeito me avisaria de imediato, principalmente se ele não fizesse o pagamento da nota promissória no vencimento.
Para minha surpresa, não deu outra coisa, simplesmente êle não liquidou a conta no vencimento.
Quando fui avisado, comecei a procurá-lo e depois de muita investigação, fui descobri-lo hospedado num hotel na praça da Bandeira.
Ele, encolhido num hotel de terceira, disse a mim, que realmente tinha comprado um apartamento mas o dinheiro que eu avalizei, seria para pagar as despesas de legalização do imóvel.
Disse também que o tinha ganho na mesa de jogos de azar, na companhia de empresários viciados, mas que continuando a jogar e pensando que ganharia mais fácil, acabou com todo o dinheiro que tinha e que inclusive, havia perdido o tal apartamento na mesma mesa de jogo. Naquele momento estava desempregado e sem ter o que fazer.
Jurando que um dia me pagaria, o que não fez, soube mais tarde que havia voltado para o seu Estado de origem, no Nordeste.
Mas Deus me ajudou e minha mãe, exatamente naquele momento tão difícil pra mim, acertou uma fração de bilhete de loteria e me deu o dinheiro para poder liquidar a conta do Banco.

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