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Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ganância na economia mundial

Quando trabalhei no ramo alimentício, como gerente de distribuição e análise num frigorífico, tive que fiscalizar várias formas de fornecimento para uma rede de açougues e diversas redes de pastelarias, salsicharias e restaurantes.

O maior peso da minha atuação se concentrava no controle direto da venda do boi no campo, para os outros frigoríficos, já que a carne do frigorífico onde eu exercia a função de administrador, era oriunda das fazendas da rede.

Pela minha observação, verifiquei que o boi até o seu destino, tinha uma perda em cada traseiro de dez por cento do seu peso.

Isso se dava porque os funcionários encarregados da entrega, antes de deixar o boi no local de destino, desviavam esse percentual de carne para um saco plástico, devidamente escondido no fim da carroceria dos caminhões.

Essas pontas eram cortadas de diferentes peças e objetivavam uma renda pessoal aos entregadores, pelo oferecimento nas lanchonetes e restaurantes, que as compravam por valores bem mais baratos.

Por outro lado, conversando com a equipe de criadores, nas fazendas, soube que os donos do boi já estavam defendidos daquela perda, quando o boi ainda estava sendo laçado no campo, pois eles, os donos do boi, aplicavam o preço ao boi em pé, nas balanças, após fazerem os bois ficarem bem mais pesados pela administração de  sal  na ração, o que os levava a beber muita água.

Da mesma forma, nos açougues, também havia esperteza. Para se defenderem dos prejuízos, vendiam os ossos para as fábricas de pentes, cintos e botões, além das fábricas de rações.

Pobre do povo consumidor que não tem como se defender.
(Jorge Queiroz da Silva, em ditado - 03/04/11)
Fonte de imagem:eloizanetti.com.br

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