Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

domingo, 3 de junho de 2012

UM TAXI EM MISSÃO ESPECIAL A CAMINHO DA UNIVERSIDADE

Vou mostrar aqui uma vontade de criar caminhos e soluções dentro de uma simplificação de passos que poderá ou não, ser verdadeira para uma idéia inteligente num novo empreendimento. Caso esse empreendimento seja aplicado com otimismo e direção, o nosso planejamento não falhará ou sequer poderá causar qualquer outro incidente, que traga tropeços e prejuízos dentro desse novo projeto.
Dentro de um programa pré-estabelecido, só pensamos em ter ganhos e jamais admitimos qualquer mínima perda.
Mas não é sempre que essas teorias mostram a verdade.
Falo aqui, do meu filho Marcio Luiz, que na época em que fazia o seu vestibular para a Faculdade, resolveu desenvolver uma tarefa individual de trabalho, transformando a sua Carteira de Habilitação de Motorista Amador na categoria de Motorista Profissional.
Convenceu-me de que poderia ter condições de trabalho e de estudos juntos e devidamente programados, propondo-se a criar o seu horário de trabalho, sem perder aulas na Faculdade.
Pediu minha ajuda financeira e eu mesmo não aceitando muito a idéia, propus-me a ajudá-lo, pois sempre que me foi possível, nunca interferi nos sonhos de meus filhos.
Sabia que ia ficar duplamente preocupado, pois ele estaria sempre em trânsito, no seu dia a dia, em horários diversos, mas resolvi entregar os cuidados a Deus, para que o protegesse e lhe desse forças, ficando então eu, encarregado de pagar as prestações do carro.
Estava assim lançada a sua sorte.
Só precisávamos ser otimistas e acreditar que tudo daria certo conforme os seus planos.
Sendo assim, ele negociou o automóvel e me informou o valor da prestação.
No entanto, o pior aconteceu no seu terceiro dia de trabalho.
Num cruzamento no sinal, antes da chegada ao Maracanã que o levaria a atravessar a Quinta da Boa Vista, no Viaduto de São Cristovão, o sol iluminou o sinal já fechado, cegando-o e fazendo com que visse como verde a luz vermelha. Certo de que o sinal estivesse aberto para ele, foi em frente e passou por cima de outro carro, causando um grande acidente.
O proprietário do outro automóvel que era um Coronel do Exército, começou uma discussão e ele jovem inexperiente, pediu licença para me telefonar para que ali eu o socorresse.
Mas exatamente naquele momento eu estava no trabalho e executando as aplicações financeiras. Totalmente impossibilitado de sair, pois já estava verificando taxas e fechando negócios, pedi que tivesse calma e procurasse se entender com o guarda de trânsito e com o Coronel que, como o taxi ainda não tinha seguro, prontificou-se a usar o próprio seguro para consertar os automóveis que ficaram em estado lamentável.
Dias depois de tudo resolvido ele retornou à atividade, embora o incidente da experiência vivida deixou nele um grande temor de dirigir.
Tentou ainda naquela mesma época trabalhar no Aeroporto Internacional, mas foi combatido pela máfia dos taxistas, que o ameaçavam por ali fazer seu ponto.
Meu filho,um extremoso e engenhoso batalhador, ainda jovem, resolveu desistir e assim concretizar a venda do carro, pois nem alugando-o a terceiros, não conseguia se fixar, como um profissional taxista, enquanto na Universidade, fazia o seu Curso de Ciências Contábeis.
Hoje acredito que devemos arriscar em coisas novas, mas sempre ter as nossas novas posições, bem defendidas, por uma boa dose de pessimismo, que por certo, nos protegerá de sermos mais realistas.
(Jorge Queiroz - setembro/2010)
Fonte da imagem:cenascoisas.blogspot.com

3 comentários:

  1. Acabei de ler o artigo e pensava com os meus botões.Aí está um bom pai...dá chances ao filho de se lançar na vida.
    As coisas correram mal e desistiu, mas poderia ser o inverso e então ficaria sempre com o desgosto de não ter ajudado.
    Procedi de igual modo com os meus filhos e sempre nos entendemos no final quando as coisas não acabam bem.
    Há sempre uma lição a tirar,,,

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  2. Bom dia Jorge.
    Primeira identidade que tive com seu texto: o nome de seu filho. Meu filho do meio (tenho três) chama-se Marco Luiz - quase xará do seu. Segundo ponto: a questão do empreendedorismo deles (nossos filhos). Para mim demonstra uma vontade de crescimento e independência que, ou muito me engano, ou deve ter sido aprendida em casa... Finalmente, minha admiração e respeito por um homem que, mesmo sabendo da dificuldade e dos riscos, apoia integralmente a iniciativa do filho.
    Grande abraço,
    Adh

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  3. Aos meus dois amigos virtuais, com letra maiuscula, LUIZ COELHO, e ao ADHEMAR, COM haga maiusculo, eu digo sempre procurei colocar o LUIS, nos nomes dos meus filhos, e já respondi ao meu amigo por este motivo, ao meu grande amigo AGUIAR, professor da ESG, NUMA pergunta recente que me fez, que eu seria um se pudesse me registrar, um a mais dos EDUARDO LUIZ, e digo que o meu filho "MARCIO LUIZ", fica exatamente, no mesmo meio entre, o "LUIZ CLAUDIO" e "MARCELO LUIZ"! chega! de0 LUIZ DE MAIS,,,, e observem se tirarmos o "I", traremos neste nome a LUZ, LUZ, luz tres vezes!!!!!

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